segunda-feira, 29 de novembro de 2021

Escalada na Via Dois Dias de Sol - Vale da Serrinha

Por Leandro do Carmo

Escalada na Via Dois Dias de Sol 

Data: 03/10/2020 

Local: Vale da Serrinha – PESET 

Participantes: Leandro do Carmo e Luis Augusto




Mais uma conquista que eu ainda faltava repetir toda. Havia feito alguns trechos, pois não pude ir à todos os dias das investidas. Depois de ter feito a via CNM 15, mandei outro convite no grupo de CNM perguntando se alguém gostaria de escalar a via Dois Dias de Sol. O Luis e o Velhinho aceitaram o convite. De última hora, o Blanco também resolveu ir e acabou fazendo cordada com o Velhinho. 


Havia previsão de mudança de tempo no sábado de manhã, entraria um vento mais forte. Mesmo assim, marcamos cedo e seguimos para a base da via. Encontramos a Andressa e a Márcia também indo pra lá. Elas iriam fazer a Golpe do Cartão. Como para fazer a Dois Dias de Sol, também é preciso fazer a primeira enfiada da Golpe do Cartão, acabaria que todos começariam na mesma via. 


Chegando à base, encontramos o Thiago Lima numa cordada. Já estava terminando a primeira enfiada. Via lotada! Para ganhar tempo, o Velhinho e o Blanco foram escalando a francesa. E logo saíram, passando a cordada do Thiago. Eu comecei a escalar, assim que o Blanco subiu.  Subi rápido e logo cheguei o Thiago. Eu e o Luis também escalamos a francesa nesse trecho. O trecho da diagonal para a esquerda, que geralmente fica molhado depois das chuvas, estava completamente seco. Passei do trecho tranquilo e fiz a parada um grampo após a primeira parada da via, assim não atrapalharia a cordada do Thiago. 


A ideia era seguir a francesa, mas o arrasto da corda estava grande e resolvi para ali mesmo. O Luis veio logo em seguida e saiu para guiar o a próxima enfiada. Assim que ele chegou à parada, comecei a escalar, chegando rapidamente até ele. Aproveitei para fazer a variante “O Medroso Mais Corajoso”, indo até o primeiro grampo após a trilha da via “De Olho Nas Vizinhas” e voltei, saindo para guiar a terceira enfiada da via, a melhor da via. O dia estava bem agradável e o vento forte que entrava na manhã foi um espetáculo.




Saí para a esquerda, subindo um pouco e fiz a leve diagonal para a esquerda. Entrei no primeiro crux, costurando e subindo até uma proteção mais alta. Coloquei uma fita longa para diminuir o arrasto da corda e segui para os grandes degraus. Subi o primeiro e entrei na canaleta, fazendo mais por dentro. A rocha nesse ponto tem uma excelente aderência e é bem diferente dos trechos anteriores. Um lance bem bonito. Mais alguns metros e estava na última parada. O Luis veio rápido e fomos para o mirante do Carmo, onde nos preparamos para o rapel.


O vento estava bem forte, espantou o calor. Ainda ficamos ali um tempo. Como a trilha do Alto Mourão ainda está fechada por conta da pandemia, optamos por rapelar pela via Didática. Pensamos até em descer pela via Bruno Silva, mas teríamos que descer pelo outro lado.  Descemos rápido e ainda pudemos ver a Andressa e a Márcia rapelando a via Golpe do Cartão. Na base, o Velhinho precisou ir embora e eu, Luis e o Blanco fomos num projeto que estamos conquistando, uns 50 metros antes da via CNM 15. Ficamos lá por um tempo dando um treino na via, até que todos cansaram.  Uma boa manhã de escalada. 

 

 








quinta-feira, 25 de novembro de 2021

Escalada na Via CNM 15 - Vale da Serrinha

Por Leandro do Carmo

Data: 27/09/2020

Local: Vale da Serrinha – PESET 

Participantes: Leandro do Carmo, Marcos Lima e Sandro Monteiro



Desde que havia conquistado a via CNM 15 junto com o Marcelo e o Luis, não 
havia escalado-a toda. A via foi uma homenagem aos 15 anos do Clube Niteroiense de Montanhismo. A escalada havia sido liberada no PESET e fiz o convite no grupo do CNM para saber se alguém gostaria de participar. O Sandro e o Marcos toparam. 

Marcamos cedo no Posto que fica na subida da Serrinha para Itaipuaçú, com o calor que vinha fazendo, ninguém queria fritar na pedra... Seguimos direto para a base da Via e lá nos organizamos para ver quem guiaria. 3 pessoas, via curta, não tinha muita opção. Comecei guiando a primeira enfiada. Subi rápido até a primeira chapeleta e dali fui subindo até passar para a direita na primeira barriga. Fui seguindo numa diagonal para a direita e cheguei à primeira dupla, onde montei a parada com aproximadamente 30 metros. O Marcos e o Sandro vieram logo em seguida. Nesse ponto a vista fica fantástica. Já podemos ver um ângulo bem diferente. 


A segunda enfiada ficou por conta do Velhinho. Ele saiu, entrou na canaleta e passou do crux bem rápido. Dali para cima, seguiu bem rápido até a segunda parada. Eu fui logo em seguida, com corda de cima fica bem mais tranquilo e logo estava no crux. Passei rápido, entrando na diagonal para a esquerda até subir e chegar à parada onde o Velhinho estava. O Sandro também feio logo em seguida. 


A terceira enfiada ficou por conta do Sandro que subiu tranquilo. Essa foi mais longa, cerca de 60 metros. O Velhinho subiu logo em seguida. Eu fui fechando. Esse trecho perde inclinação e a escalada vira um passeio. Na terceira parada a vista se supera. Neste ponto, dá até para ver um pedaço da praia de Itacoatiara. O Morro das Andorinhas aparece de um ângulo bem diferente. 


A quarta enfiada eu guiei, mas foi só para chegar ao final da via, pois são lances bem fáceis, dá para ir praticamente caminhando. Foi conquistado somente para terminar e sair pela trilha do Alto Mourão, evitando assim os rapéis. Mas como a trilha ainda encontra-se fechada por conta da pandemia, teríamos que rapelar de qualquer forma. Fui lá apenas conferir.


Emendamos as duas cordas e fomos rapelando de 60 em 60 metros. O segundo rapel foi engraçado, o Velhinho desceu primeiro e quando a corda esticou toda, ficou procurando a parada dupla. Lá de cima eu via ainda a marca do pó que ficou ao fazermos os furos para colocar as chapeletas. Eu gritava: “Olha pra baixo”. E o Velhinho olhava pra baixo e dizia: “Não  vendo nada”. Até que eu gritei: “Olha para o seu pé”. Foi aí que ele viu as chapeletas quase furando a sapatilha dele!


Continuamos os rapeis e na hora que o sol apertou de vez, já estávamos na base da via, nos arrumando para ir embora. Um alívio. Descemos e fomos para o último grampo no Goela Seca. Eram 11:50, pedimos uma cerveja, mas o cara mau humorado disse que só abriria as 12h... Falamos que ficaríamos na calçada mesmo. Nem nos respondeu... Seguimos até o Posto Ypiranga, onde pudemos comemorar o último grampo!


Pra quem não sabe, o último grampo é a parada estratégica que geralmente fazemos após a escalada para nos hidratarmos! Até a próxima pessoal! 








segunda-feira, 22 de novembro de 2021

APA da Massambaba

Por Leandro do Carmo

APA da Massambaba

Data: 19/09/2020

Local: Figueira - Arraial do Cabo

Participantes: Leandro do Carmo


APA DA MASSAMBABA


Tenho frequentado a Restinga da Massambaba ultimamente. Meu primeiro contato com o local foi há uns 20 anos quando fui à Arraial do Cabo e voltei pela RJ 102. Fiquei impressionado com o local é sempre que tinha que ir por aquela região , optava em passar por ali, apesar das péssimas condições da estrada. O tempo foi passando e por coincidência, minha vó comprou um terreno e construiu uma casa no bairro de Figueira. Aproveitando as idas e vindas, tenho frequentado mais esse pedacinho do paraíso... 


Esse foi terceiro dia de exploração pela região. As outras duas foram mais para conhecer as entradas e pontos de saída. Minha ideia inicial era entrar numa estradinha em Caiçara, caminhar pela praia e terminar em outra estradinha, algo em torno de 5km. 


Saí de casa por volta das 6h30min e cheguei cedo na casa da minha avó. Tomei um café da manhã e pedi para meu pai me dar uma carona até Caiçara. Dali comecei a caminhada. O dia estava um pouco nublado e não tinha nenhum vento, que é forte é constante na região. A estradinha de chão é bem estreita, mas está em boas condições. Ela corta toda a extensão da restinga da estrada até a praia. A caminhada de aquecimento foi rápida e logo passei pela Lagoa. Mais a frente passou um morador local é ofereceu carona, mas eu queria era caminhar! Já quase chegando à praia, ainda ajudei a desatolar um carro que ficou agarrado numa parte de areia da estrada. 


Em pouco tempo estava na praia. Estava deserta como sempre! Como estava sem vento, o mar estava tranquilo. As ondas quebravam antes do banco de areia. A cor da água era um espetáculo. Comecei a caminhada na areia branca e fofa. Só ouvia o barulho das ondas e alguns pássaros. Nem na metade do caminho, passei por uma curiosa construção, tipo uma torre de concreto. Faltava pouco para o destino que havia programado.


APA DA MASSAMBABA

Mais ao fundo, já conseguia ver um pescador. Passei por ele é para a minha surpresa já estava no ponto onde existe uma outra estradinha que dá acesso à RJ 102. COMO havia chegado bem rápido, decidi continuar e caminhar até uma torre via bem longe de onde estava. Conseguia ver bastante casas também. Desse ponto para a frente não sabia o quanto iria caminhar, mas não tinha problema, o dia estava bem agradável e  e caminhar não seria o problema. 


Continuei andando e a paisagem continuava fantástica. Imaginei uma caminhada desse embaixo de um sol forte... Acho que não seria nada agradável. As vezes caminhava próximo à água, as vezes no alto, mais próximo às dunas. Bem ao fundo, a torre de telefonia na qual eu havia tirado como referência, parecia que não se aproximava.


APA DA MASSAMBABA

Passei por um dos trechos mais bonitos do caminho, onde algumas dunas ficavam mais expostas. Mais a frente já conseguia ver algumas casas e bastante gente na praia. Continuei andando e logo cheguei ao ponto e vi que a torre de telefonia continuava bem longe. Pela quantidade de gente que tinha na praia, optei por entrar na primeira rua retornar. De volta a civilização, cruzei o centro de Figueira, e entrei numa rua, indo em direção à Lagoa. Minha ideia era seguir pela margem, em vez de caminhar na beira da Rodovia.


Não tinha certeza se daria para passar. Arrisquei e segui. Passei por algumas casas, mas logo estava em frente a uma salina desativada. Estava sozinho e sem civilização novamente. A água estava numa temperatura ótima e estava tão clara que podia ver os peixes nadando.


APA DA MASSAMBABA

Faltava pouco para chegar... Já estava com 8 quilômetros de caminhada. Por sorte, foi possível, caminhar por toda margem e logo cheguei ao meu destino. Havia caminhado cerca de 10km. Na da mal para uma manhã de sábado nublado... Caminhar na areia fofa fez a panturrilha reclamar um pouco, mas deixa que com ela eu me entendo! Valeu pessoal, até a próxima. 


APA DA MASSAMBABA

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