sábado, 3 de julho de 2021

Serra da Canastra

Serra da Canastra, MG.

Por Leonardo Carmo

23 a 30/05/2021

Leonardo Carmo e Carina Melazzi


Cortar a Serra da Canastra sempre foi um desejo nosso. Em 2018 a gente foi pra lá no carnaval, porém na época a gente tinha um Pálio Weekend Adventure. Era uma carro valente, mas não conseguiu transpor o lamaçal na subida pro parque entrando por São Roque. Conseguimos fazer algumas coisas, mas o fato da gente não ter conseguido subir ficou entalado e aí veio a promessa de que quando a gente tivesse um 4x4 iria voltar.

Bom, compramos um 4x4 e a primeira viagem seria justamente pra lá e numa data legal: meu aniversário. Eu queria me dar esse presente e consegui.

Ficamos planejando a viagem durante um mês. Dias antes de zarpar entrei em contato com o parque para saber se não fecharia de novo por conta da pandemia e tive uma surpresa: o parque estaria fechado na segunda e terça e só abriria a partir de quarta. Tivemos que mudar rapidamente o nosso roteiro e decidimos então "turistar" em Tiradentes antes de partir para a Canastra.

Fizemos o seguinte:

Saímos de Niterói no dia 23/05. Passamos em Juíz de Fora, pois estava em busca de uma capota de fibra e vi um anúncio de lá.  Depois continuamos e chegamos em Tiradentes na parte da tarde. 
Lá fizemos o primeiro pernoite na Pousada João Mineiro @pousadajoaomineiro

No dia 24/05, curtimos a cidade e fizemos outro pernoite.


No dia 25/05, partimos pra São Roque de Minas, onde pernoitamos na Pousada Casca D'Anta. Nesse dia tivemos um problema com o carro. Arrebentou a correia do alternador que pega na polia da direção. A direção ficou dura e a bateria não carregava. Conseguimos andar até um posto e lá nos indicaram uma oficina numa cidade chamada Carmo da Mata. As coincidências da vida são interessantes. 

Paramos na "Oficina do Rafa", onde o dono era de Niterói e estava morando lá há 18 anos. Depois de uma boa conversa e correia trocada, continuamos a viagem. 


No dia 26/05, meu aniversário, acordamos cedo e passamos no mercado pra comprar gelo. Por volta das 7h20, chegamos na portaria do parque. O parque só abre às 8h, mas a ideia era mesmo chegar antes pra poder tomar um café da manhã bem na portaria e curtir o visual.


Entramos no parque e fizemos a nossa primeira parada na nascente do Rio São Francisco. Esse era um ponto que eu queria muito conhecer. Depois seguimos para o Curral de Pedras. Fomos no Alto Rolinho e também na cachoeira Rasga Canga. Depois fomos até a parte Alta da cachoeira Casca D'Anta até que paramos para lanchar na Garagem de Pedra.

A parte baixa da Casca D'Anta a gente já tinha ido na nossa primeira expedição pra Serra da Canastra.

Depois de curtir um lanche e o visual da Garagem de Pedra, continuamos a nossa travessia para a portaria de Sacramento. Depois de uns bons km, chegamos na portaria. De lá, ainda tínhamos mais 34 km até o Rancho do Ivair, onde alugamos para fazer dois pernoites.

Esse rancho @ranchorecantodaserra_ fica na parte rural de Tapira, a 15 km da cidade. Eu encontrei esse rancho depois de muita busca e ligações aleatórias. Valeu a insistência, pois o lugar era tudo que a gente buscava. Uma casa simples, bem localizada e tranquila. Estávamos literalmente isolados. Mal dava pra ver as luzes da casa do vizinho. Lá passamos a noite do meu aniversário e pra completar, pegamos uma linda noite de lua cheia. Enquanto a gente bebia uma cerveja e fazia a janta, a lua cheia surgia e da cozinha vimos a lua nascer. Inesquecível.

No dia 27/05, nossa missão era conhecer a cachoeira Parida, que fica dentro do Parque, mas o acesso se dá por uma propriedade particular. Tivemos que pagar 25 pilas por pessoa.

De volta ao rancho, foi só dar uma geral no carro, beber uma gelada, fazer o jantar e ver o jogo do Mengão. Não tínhamos TV, mas no rancho tem internet (Wi-Fi) e aí puder ver o jogo on-line. Em alguns pontos do rancho têm sinal da Vivo.

No dia 28/05, partimos para o Recanto da Paz, em Delfinópolis. A poeira comia solta. Foram mais de
100 km nas estradas de terra levantando poeira. A ideia nesse dia era passar na cachoeira do Zé Carlinhos, mas por conta da pandemia, ele disse que não receberia ninguém. Então fomos direto para o Recanto da Paz, só que antes, no caminho, passamos no alambique Funil. Depois de beber várias doses gratuitas rsrsrs, continuamos levantando poeira.

Chegando no Recanto da Paz, fomos recebidos pelo Chicão, responsável pelo lugar. O cara é gente boa demais. Montamos nosso acampamento, e fui mais uma vez limpar a caçamba do carro. Mesmo com a capota marítima a poeirada entrou. A sorte foi que a gente levou as coisas em caixas de plástico com tampa. Aí a limpeza ficou menos dolorosa. 

Fizemos o nosso jantar curtindo uma cachacinha pegando um lindo pôr do sol. Outro momento único.

Essa noite foi a mais difícil porque dias antes eu havia sofrido um ataque de pulgas. A gente suspeita que tenha sido lá em Tiradentes. Meus pés estavam cheios de picadas e coçava feito louco. 
A única forma de dar uma aliviada era deixar a água gelada caindo em cima para dar aquela anestesiada.

Nessa noite pegamos uma tempestade de areia. O terreno lá é meio arenoso e ventou muito de noite. Dava pra sentir a areia batendo na barraca. Pernoitamos lá sozinhos. Tínhamos toda aquele paraíso só pra gente, quer dizer, pra gente e pro lobo que costuma andar por lá.

Aproveitando para agradecer ao Ritielle. Ele cuida do Instagram do Recanto @recantodapaz. Trocamos altas ideias na programação dos pernoites em Delfinópolis.


No dia 29/05 as picadas das pulgas já estavam me consumindo, mas a gente 
tinha todo aquele paraíso chamado Recanto da Paz (Complexo de cachoeiras Santa Maria) pra conhecer. Decidimos então ir nas cachoeiras e poços e na parte da tarde descer pra cidade pra procurar uma farmácia.

Enquanto eu estava dentro da água, a coceira dava uma aliviada. Fiquei na cachoeira do Poço Encantado por um bom tempo aproveitando o lugar e a água gelada. Esse poço foi o meu preferido.

Depois de conhecer os 7 atrativos (cachoeiras e poços), levantamos acampamento e partimos para São João Batista do Glória em busca de uma farmácia. Só que no meio daquela BR ainda de terra, tinha um Fusca, mas não era qualquer Fusca. Era um Fusca que saía cerveja. Isso mesmo, um Fusca chamado Well's Beer Canastreiro @wells_beer_canastreiro. Quando eu vi isso, nem me lembrei da coceira. Só queria beber aquela cerveja extraída do Fusca.

Depois de aproveitar esse outro momento inesquecível, continuamos para São João. Chegando lá, fomos para Hospedaria Casa dos Arcos @hospedariacasadosarcos, onde pernoitamos. A partir daí, encontramos uma farmácia e comprei um sabonete para coceira, que não adiantou muito.

No final do dia, andamos pela simpática e aconchegante cidade. Passamos na loja Venda da Canastra @vendacanastra, onde compramos queijos e o tão procurado adesivo da Serra da Canastra. Valeu pela atenção, João.

No dia 30/05 pegamos estrada de volta pra casa.

Links úteis:

Wikiloc leo.carmo1

Pousada João Mineiro @pousadajoaomineiro

Rancho do Ivair @ranchorecantodaserra_

Recanto da Paz @recantodapaz

Fusca cervejeiro @wells_beer_canastreiro

Hospedaria Casa dos Arcos @hospedariacasadosarcos

Venda da Canastra @vendacanastra

Parque Nacional Serra da Canastra 

Tiradentes












Oficina em Carmo da Mata, MG

Serra da Canastra



















Rancho Recanto da Serra





Serra da Canastra - Cânion Cachoeira Parida




Recanto da Paz - Complexo de Cachoeiras Santa Maria





































Mais fotos...