Por Leandro do Carmo
Trilha do Seio da Mulher de Pedra
Dia: 07/07/2019
Local: Parque Estadual dos Três Picos
Participantes: Leandro do Carmo, Marcelo Lopes, Renato Teixeira, João do Carmo, Maria Fernanda May e Rafael Damiati
Dicas da Trilha do Seio da Mulher de Pedra
A trilha pode estar bem fechada no início, ela fica tomada por uma espécie de samambaia. Possui alguns pontos de água no início. Levar uma corda de uns 10 metros para auxiliar a subida. Existem três trechos mais técnicos.
Vídeo da Trilha do Seio da Mulher de Pedra
Como Chegar ao Início da Trilha do Seio da Mulher de Pedra
Relato da Trilha do Seio da Mulher de Pedra
Era para estarmos na Travessia Petrópolis x Teresópolis, mas
o dia de sábado amanheceu ruim e a previsão não era das melhores. Para não
ficar sem fazer nada, optamos por fazer o Seio da Mulher de Pedra. O local conhecido
como Mulher de Pedra fica na região de Vargem Grande, dentro dos limites do
Parque Estadual dos Três Picos, município de Teresópolis.
Saímos de Niterói pontualmente as 5:20, hora marcada na
noite anterior. A madrugada estava fria, mas sem sinais da chuva do dia
anterior. Seguimos na estrada e na altura de Margé, já dava para ver como o dia
estava limpo... Nem parecia aquele sábado fechado! Chegamos ao ponto de
encontro, Padaria Mini Max (https://goo.gl/maps/TJbW5wXTyAg12BZm6), às 7 horas,
tomamos um café da manhã reforçado e ali, aguardamos o resto do pessoal chegar.
Com todos juntos, seguimos viagem. Saímos da estrada e
entramos na região chamada Vargem Grande. Andamos por mais alguns quilômetros
até chegarmos ao local de início da trilha. Estacionamos os carros de modo a
não atrapalhar a passagem e começarmos a caminhar. Entramos por uma cerca de
arame e passamos por um casebre. Num largo, seguimos para a direita até chegar
bem próximo a uma cerca e de lá seguimos subindo. O caminho estava batido, haviam
feito recentemente. Esse início é tomado por uma espécie de samambaia.
Continuamos a subia zig zag até entrarmos de vez na mata. Passamos por alguns
pontos de água até pegarmos uma subida forte.
Depois de vencido esse trecho, chegamos a um largo. Nesse
ponto, pegamos à esquerda e seguimos por um bambuzal. Mais um pouco de subida e estávamos de frente
a um enorme paredão. Dali, seguimos para direita com alguns trepa pedras até
chegarmos ao primeiro ponto mais técnico. Uma subida numa fenda bem suja. Estava
molhado. A atenção precisava ser redobrada. Mais acima, uma corda de nylon azul
bem nova dava uma ajuda em mais um trecho técnico. A subida a partir daí fica bem íngreme e
perigosa. Um pouco acima, mais um trecho exposto. Dá pra usar um grande tronco
para auxílio na subida. Vencido o lance, toquei pra cima até um local mais
confortável e com sol. Ali fui avisado que o Renato havia sentido a perna e
decido abortar a subida.
Olhando o vale lá embaixo, dava pra o quanto havíamos
subido. Mas o quanto faltava, não conseguíamos ver. O tempo estava bem fechado
e as nuvens baixas encobriam o cume. Mais no alto, depois de todos reunidos,
paramos para um lanche e um descanso antes do ataque ao cume. Depois de tomar
uma água e comer algo, continuamos nossa subida. Depois de passarmos por um
trecho com bastante bambuzinhos, começamos a caminhar numa área com vegetação
rasteira, típica dos cumes da região. A subida era forte e pegamos algumas
lajes pelo caminho.
Depois de alguns minutos, chegamos ao cume. Uma área bem
aberta. Uma vista de 360°. Preparei um café e fizemos um bom lanche. O tempo
continuava fechado e ventava bastante. Procurei um local mais abrigado do
vento. Fiquei ainda na esperança de que abrisse um pouco. O tempo foi passando
e nada. Na hora que começamos a descer, as nuvens dissiparam um pouco, o
suficiente para vermos os Dois Bicos e o Vale dos Frades. Mas poucos minutos
depois, já fechou novamente. Seguimos descendo por entre as lajes e caminhos
até estarmos no ponto onde fizemos o lanche antes do ataque ao cume.
Ali resolvi descer mais rápido para ver se encontrava o
Renato que havia sentido a perna e ficara no caminho. Com tudo combinado, segui
descendo mais rápido, sendo acompanhado pelo Marcelo. Passamos pelos trechos
mais delicados e não encontramos o Renato no local onde havia resolvido parar.
Provavelmente já havia começado a descida.
Seguimos descendo num ritmo bem forte. O Marcelo viu uma mensagem de que
o Renato havia chegado no carro. Bom, agora era só descer.
Descemos bem rápido, como diz o ditado “pra baixo todo santo
ajuda”... Já no carro, encontramos o Renato descansando. O tempo fechou com
força e comecei a sentir alguns pingos de chuva. Olhei em direção ao cume e via
que ficou completamente tomado pelas nuvens. Só que agora, eram nuvens de
chuva. Depois que todos chegaram, nos apressamos e iniciamos o caminho de
volta. Ainda paramos no Paraíso da Serra para um bolinho de aipim e caldo de
cana, antes de descer a serra... Missão cumprida!!!!!