Travessia Silvado x Tomascar x Espraiado
Local: Maricá
Dia: 12/05/2018
Paticipantes: Leandro do Carmo, Ary Carlos, Cris Anderson e Felipe Ayres
Paticipantes: Leandro do Carmo, Ary Carlos, Cris Anderson e Felipe Ayres
Relato
A partir desse ponto, a subida fica mais íngreme e vamos ganhando altitude com mais rapidez. Mas isso tem um custo! Logo estava mais ofegante... Agora, as pausas eram mais constantes, mas mesmo assim, progredimos rápido. Demos uma parada uma pouco mais longa, bem abaixo de uma grande jaqueira, após um cercado desativado, que servia de curral. Um descanso merecido, pois a subida a partir dali seria a mais forte e sem abrigo das árvores.
Depois que terminei o Guia de Trilhas de Niterói e
Maricá, ainda não havia voltado ao Silvado, mas a vontade era grande. Assim
como a vontade de andar pelo Espraiado, Restinga, Cassorotiba, etc... Maricá,
sem dúvidas, é um local fantástico! O Ary havia ido lá e
mostrado algumas fotos de uma cachoeira. Falei para ele que havia uma outra que
uma pessoa que conheci no Espraiado havia dito que existia. Mas como não sabia
exatamente o local, falei para o Ary se ele gostaria de fazer uma exploração
pelo local. O Ary topou a empreitada!
Convidei alguns amigos do Clube Niteroiense de
Montanhismo, mas no final, além de mim e do Ary, somente o Cris Anderson e Felipe Ayres
também foram. Nossa ideia era sair do Silvado, ir até Tomascar e depois para o
Espraiado. Mas a logística não é das mais fáceis. Fizemos assim: Eu, Cris e o
Felipe, fomos de carro e o Ary de moto. Deixamos a moto do Ary numa padaria, na
esquina da estrada que leva até Itaboraí e de lá seguimos para o Silvado, onde
deixamos o carro do Cris. A ideia, na volta, era pegar o ônibus que sai do
Espraiado e ir até a padaria, pegar a moto do Ary e ir até o Silvado novamente,
onde pegaríamos o carro e poderíamos, assim, ir na de volta pra casa.
Fechamos a logística e assim seguimos até o
Silvado, onde iniciamos a caminhada. O dia estava agradável e o bar do Sr.
Célio ainda estava fechado. Seguimos andando pela agradável estradinha de
terra, onde cruzamos o córrego por algumas vezes. Passamos por algumas casas e
seguimos andando. A medida que andávamos a estradinha ia diminuindo até se
transformar num caminho bem ruim. Mais acima, pegamos uma saída à esquerda e
fomos até a Cachoeira do Segredo e subindo alguns metros o córrego, chegamos a
uma bela gruta. Uma novidade que muitos não conhecem. É uma gruta em que o
córrego desce por dentro dela, fazendo uma cachoeira bem ao fundo. Depois do
banho, voltamos para a trilha e seguimos subindo.
Olhando para trás podíamos ver a Pedra do Silvado
ao fundo. Um espetáculo. Andando por esse lugar, com paisagens bucólicas, tinha
a impressão de não estar à poucos quilômetros de uma metrópole. O barulho das
águas, o som dos pássaros e vento cortando as folhas das árvores, corroboravam
o meu sentimento. Continuamos a subida e passamos por uma casinha, onde havia
uma cerca. O caminho continuava bem definido e alguns minutos após a casa, a
Cachoeirinha do Silvado. A entrada fica numa discreta picada à direita. Haviam
muitos galhos, que escondia a trilha. Mas como já sabíamos onde ficava, foi
fácil identificar. Ali demos uma parada rápida, antes de começar a subir.
A partir desse ponto, a subida fica mais íngreme e vamos ganhando altitude com mais rapidez. Mas isso tem um custo! Logo estava mais ofegante... Agora, as pausas eram mais constantes, mas mesmo assim, progredimos rápido. Demos uma parada uma pouco mais longa, bem abaixo de uma grande jaqueira, após um cercado desativado, que servia de curral. Um descanso merecido, pois a subida a partir dali seria a mais forte e sem abrigo das árvores.
Na subida, o capim estava muito alto. Em vários
pontos cobria as voçorocas deixadas pelas motos. Em alguns pontos estava até
perigoso cair em uma delas, torcer o pé ali, não seria muito bom. A subida foi
dura, mas rapidamente chegamos na cerca, onde atravessamos e subimos mais um
pouco, também com capim alto, até chegar a um ponto bem aberto. Ali fizemos uma
pausa para o lanche e descanso.
Após a pausa, continuamos a subida. Cruzamos a
cerca, bem ao lado de uma porteira e seguimos em frente. Após saírmos do trecho
com mato mais alto, começamos a caminhar sem arranhar a perna. Assim que começamos a descer suavemente, passamos por uma porteira e mais a frente subimos em
direção à cerca, passando para o outro lado. De lá andamos com o capim quase na
cintura. Foi duro, mas vencemos esse trecho. Mais a frente, paramos para um
lanche. Uma pausa merecida! Aproveitamos para analisar o local e ver onde
poderia estar a grande cachoeira que estávamos procurando. Com as poucas informações
que tinha, seguimos caminho.
Descemos e entramos novamente na mata fechada. O
caminho estava bem definido e ouvíamos o barulho da água. Poderia ser por
ali... Cruzamos um córrego e fui seguindo-o para ver se achávamos algo. Andei
bastante e nem sinal da cachoeira. Resolvi voltar e continuar a caminhada. A
partir desse ponto, havia algumas fitas vermelhas penduradas em algumas árvores
na borda da trilha. Fomos seguindo-as. Nunca havíamos passado por ali. Veio uma
bifurcação e resolvemos seguir as fitas. Mas o caminho afastava-se muito da
direção de onde deveríamos seguir. Voltamos e seguimos para a direita. Como
tínhamos que contornar um morro, parecia que estávamos indo no caminho certo
novamente.
Depois de caminhar alguns minutos, encontramos uma
bela cachoeira que passava ao lado de uma grande raíz. Demos uma pausa e
continuamos andando. Mais a frente, havia um caminho menor que descia e depois
começava a subir. Como o que estávamos era mais definido, resolvemos continuar
nele. Depois de muito andar, já no alto de um morro, percebemos que estávamos
errado novamente. Só que dessa vez, já havíamos andado uns 30 minutos... Não
teve jeito. Demos meia volta e entramos no caminho visto antes. Subimos forte
num trecho sem sombra. No alto do morro, podíamos ver Tomascar bem ao
fundo. Havia ainda um longo caminho à
percorrer.
Enfim começamos a descer. O caminho estava bem
erodido em alguns trechos. Descemos e depois de cruzar uma cerca, estávamos no
caminho da Travessia Espraiado x Tomascar. Já estávamos atrasados com relação
ao horário que havíamos programado. Tínhamos que pegar o ônibus do Espraiado
para Maricá. Ainda tínhamos uns 40 minutos para chegar até Tomascar, o que
resultaria em mais 40 minutos para voltar... O tempo que perdemos procurando o
caminho foi o que causou Paramos, conversamos e resolvemos dar meia volta.
Voltamos caminhando num ritmo mais forte, apesar do
cansaço. Paramos num córrego para encher tomar uma água, encher as garrafas e
nos preparar para a última subida. O calor estava forte e aquela água gelada
veio numa excelente hora! Dali seguimos até o Espraiado. Chegamos por volta das
17:00 numa venda, onde fizemos um lanche rápido. Pedimos informação sobre o
horário do último ônibus. Estávamos cansados e o tempo foi passando, quando nos
demos conta, já era 17:30, só aí lembramos de perguntar sobre o ônibus... A
resposta não foi nada animadora... O ônibus saía as 17:30. Como estávamos longe
do ponto final, não tinha mais jeito. A esperança era que ele atrasasse.
Andamos mais alguns minutos e quando chegamos, confirmamos: já tinha ido... O
próximo, somente as 19:00h. Não teve jeito, tivemos que esperar.
Depois de muito esperar, embarcamos no ônibus
gratuito da Prefeitura de Maricá e seguimos até onde havíamos deixado a moto do
Ary. Dali, fomos buscar o carro do Cris e de lá, seguimos para casa. Um longo e
maravilhoso dia!