quarta-feira, 3 de fevereiro de 2021

Escalada Noturna na Via Bruno Silva

Por Leandro do Carmo

Escalada Noturna na Via Bruno Silva



Dia: 03/02/2021
Local: Itacoatiara – Parque Estadual da Serra da Tiririca
Participantes: Leandro do Carmo, Flávia Figueiredo, Marcos Lima e Leandro Pestana

Relato

Saímos para mais uma noturna. Agora com o dente já consertado! Hoje, fomos para a via Bruno Silva. A Bruno Silva foi a primeira via que conquistei, junto com o Ary ali na Serrinha (Clique aqui para saber mais). A Flávia me encontrou perto de casa e de lá seguimos para Itacoatiara. Encontramos o Velhinho e o Leandro no posto da subida. Estacionamos os carros no mirante e fomos para a base da via. Chegamos bem rápido, apesar de já estar bastante escuro e não haver trilha marcada. A sorte é que a vegetação é bem espaçada no local.

Já na base, nos arrumamos e saí para a primeira enfiada, a mais difícil da via. Cheguei ao primeiro grampo e fui contornando até a parte mais baixa da esquerda, para subir e voltar para a direção do grampo. Um jeito de fazer o lance em livre. Ainda não consegui livrar. Fui ganhando altura até que costurei o segundo grampo. Dali, fui subindo até que cheguei à parada. Quando coloquei a lanterna para o alto, vi duas bolas refletindo um vermelho forte. Num primeiro momento achei que fosse um pássaro que por vezes encontramos durante a noite.

A Flávia veio subindo. Toda hora que eu olhava para cima, via o reflexo dos olhos. Como ele não vou, vi logo que não era o pássaro. Ele ficou ali me olhando e se moveu indo em direção a uma vegetação mais para a direita. Nesse momento, percebi que era um cachorro do mato. Ele ficou um tempo me vigiando. A Flávia chegou à parada e o Leandro Pestana veio logo em seguida. Comecei a subir e passei por um trecho bem positivo da parede, o ponto onde vi o cachorro do mato. Ele sumia e aparecia a todo momento, como se estivesse me acompanhando. Já próximo à segunda parada, ele chegou bem perto. Comecei a fazer barulho e jogar algumas pedras no mato para tentar assustá-lo. Nesse momento ele se afastou e eu o perdi de vista.

Já na parada, me preparei continuar. Comecei a subir e lembrei do trecho acima que passava por entre uma linha de vegetação. Fui subindo e passei rápido por lá. Mais acima, vi o cachorro do mato pela última vez. Ele veio nos seguindo desde a parte de baixo. Aos poucos, todos foram chegando e já no Mirante do Carmo, colocamos o livro de cume. A vista estava bem bonita e de lá seguimos descendo pela trilha.

Alguns dias depois, o Velhinho havia feito uma via e não achou o livro de cume. Será que alguém seria capaz de roubar? Achei estranho e fazendo uma via uns dias depois, fui dar uma olhada em volta e acabei achando o pacote amarelo com marcas de arranhado. Com certeza o cachorro do mato sentiu o cheiro e foi lá. Ele estava um pouco mais abaixo do mirante, atrás de uma grande bromélia. Isso aconteceu ainda mais uma vez. Na última vez que ele sumiu, o achei novamente em outro local. Aí, eu catei mais algumas pedras e o deixei bem acondicionado. Resolvido o problema. O cachorro do mato nunca mais tirou o livro de cume de lugar.




terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

Cachoeiras de Macacu e seus encantos

Cachoeiras de Macacu e seus encantos

Por Leonardo Carmo

30/01/2021

Local: Santa Fé, Cachoeiras de Macacu, RJ

Desde muito tempo que frequento a região de Cachoeiras de Macacu. Conheço vários poços e cachoeiras, além das trilhas e montanhas e sempre que posso, estou por lá.

Com uma semana batendo recorde de calor aqui em Niterói, resolvemos fugir das altas temperaturas e da aglomeração. Afinal, estamos em época de pandemia.

Depois de tudo combinado, pegamos a estrada.  

Nosso destino foi Santa Fé, um lugarejo em Cachoeiras de Macacu. Na verdade nem chega a ser um lugarejo, apenas alguns sítios na região.

Pra chegar em Santa Fé, tem que seguir o caminho pra Pedra do Colégio e seguir até o final da estrada. Dependendo da época, não da pra ir com carro normal.

Pra evitar a ida de curiosos nessa região, decidi não detalhar o caminho. Quem tiver interesse, é só entrar em contato que passo as orientações. Vou deixar os contatos no final da postagem.

Como eu já tinha ido lá uma semana antes, já sabia que a estrada estava complicada, mas como Leandro (meu irmão) foi com o 4x4, deixei o meu carro lá no início e seguimos no dele. Andamos aproximadamente 16 km na caçamba comendo poeira.

A estrada acabada numa ponte onde só passa à pé. De lá fomos direto pro poço da Captação ou poço do Mapa do Brasil. Andamos aproximadamente 2 km até esse poço. A trilha é tranquila, porém em dias chuvosos fica um pouco escorregadia. O poço tem dois nomes. Poço da captação, pois lá é feita a captação de água pra região de Boa Vista e arredores e poço Mapa do Brasil, pois o fundo em pedra faz o formato do mapa do Brasil. Lá ainda tem uma queda que da pra descer escorregando.

A água estava numa temperatura excelente e foi só curtir o dia. João e Alice (meus sobrinhos) se esbaldaram naquela água transparente e refrescante. Foi difícil na hora de ir embora, pois eles não queriam sair de lá rsrs.

Depois de curtir o lugar descendo várias vezes no tobogã natural, fomos para outro poço e lá fizemos um lanche e demos mais alguns mergulhos.

De lá, ainda seguimos para outra cachoeira. 






A região é rica em poços, cachoeiras e trilhas.

Fique atento à condição climática para evitar acidentes em cachoeiras

Não alimente animais silvestres nem os capture

Procure andar em silêncio para não espantar a fauna local

Traga sempre o seu lixo de volta

Vamos cuidar da natureza, pois fazemos parte dela!








Contatos: 

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