Por Leonardo Carmo
Data: 25/06/2015
Participante: Leonardo Carmo, Marcos Lima, Tauan Nunes e Roberto Andrade
Data: 25/06/2015
Participante: Leonardo Carmo, Marcos Lima, Tauan Nunes e Roberto Andrade
O Garrafão sempre foi um dos meus
objetivos e acredito que seja o de muita gente também.
Marcos Lima, parceirão de escalada e perrengue rsrs, também tinha esse objetivo. E aí sabe né... rola uma mensagem... um pergunta pro outro se ta de bobeira no outro dia... e aí... prenuncio de aventura. PitBull na montanha!!!
O Tauan Nunes e o Roberto Andrade
também embarcaram nessa com a gente.
Bom, o grupo estava formado.
Saímos de Niterói por volta das 4:30. Queríamos entrar no parque às 6 da manhã,
pois a previsão do tempo era de calor escaldante.
Começamos a subida pela
tradicional trilha da Pedra do Sino. Começamos num ritmo alucinante. Só paramos
no Abrigo Três para comer alguma coisa. Fizemos Barragem x Sino em 2:40 hs.
Ainda estava cedo mais o sol já
sapecava. Uma breve parada no cume para fazer a leitura do caminho e pé na
estrada, ou melhor, pé na laje de pedra rsrs.
Começamos a descer. Laje de pedra
e vegetação rasteira em meio a um zig zag. Mais a frente o capim de anta junto
com uma planta com folhas que mais parecem espinhos tomam conta do caminho.
Essa vegetação é tão densa e alta que é impossível ver quem passa por ali.
Nesse trecho tem que tomar muito
cuidado, pois forma um labirinto de vegetação e tem vários
buracos. Alguns
fundos e outros mais rasos. Tomar muito cuidado.
Uma dessas folhas que parecem espinhos furou o
braço do Marcos Lima e curiosamente não saiu sangue. O sangue ficou preso. O
braço começou a inchar. Cogitei em abortar a missão, mas voltar dali seria
frustrante. O Marcos Lima então resolveu fazer um furo na pele para o sangue
poder sair.
Ele fez um corte no local, mas não conseguiu fazer com que o sangue
saísse. O cara não arregou. Juro que lembrei dos filmes do Rambo rsrs.
Depois da gente avaliar a situação e já pressionando o Marcos rsrs pra ele seguir rsrsrs, resolvemos continuar.
Seguimos por mais uma laje de
pedra. Muitos totens e setas riscadas na pedra indicando o caminho nessa parte.
Entramos novamente em uma vegetação densa e espinhenta só que menos alta. No
final dessa parte tem uma descida em uma curta laje de pedra que leva pra uma
outra parte de vegetação que da na entrada do mini salão.
Atenção!!!
Dessa saída tem uma fenda dos
dois lados. A vegetação esconde a fenda. Se cair ali é a morte.
Chegando ao mini salão, vem a
parte da chaminé. Ali tem um grampo. Pode descer com o auxilio de uma corda ou
passar por um buraco bem estreito mais a esquerda e sair mais na frente, ainda
nesse mini salão.
Logo após a saída desse salão,
vem o lance de cabo de aço. Ali, mesmo com esse tempo seco, sem chuva, estava
molhado. Não aconselhável em época chuvosa.
Por segurança, montamos o rapel e
descemos. Essa descida da quase 30 metros.
Deixamos a corda lá, pois
teríamos que voltar fazendo ascensão.
Estávamos perto do cume. A
vegetação voltou a ficar fechada e cortante. Apesar disso tudo, nesse trecho, o
caminho é óbvio.
No penúltimo lance, a exposição é
grande. Pra quem escala, o fator psicológico é tranquilo. Tem uma corda fixa,
mas ela não está confiável. Passamos ali procurando umas pequenas agarras no
paredão pra não utilizar a tal corda.
Depois vem o último lance que é
pura aderência. Mais à direita tem um grampo, mas não precisamos usar. Subimos
só na aderência mesmo. No grupo, todos escalavam.
Do cume do Garrafão tem uma vista
incrível. Só indo lá pra saber do que estou falando.
Tiramos fotos, assinamos o livro
de cume... e sem ficar lá por muito tempo, começamos a fazer o caminho de
volta. O sol estava queimando o couro e o tempo também começava a mudar.
Pegar uma mudança de tempo ali
não seria nada legal.
A volta é cansativa. Subida pura
até o Sino. O lance de cabo de aço pra quem domina técnicas de ascensão é super
tranquilo.
Obs.: não recomendo levar pessoas
que não dominam técnicas de rapel e ascensão.
Chegamos novamente ao mini salão.
Fizemos a chaminé e tocamos pra cima. Passamos por toda vegetação cortante
novamente. Lajes de pedra, etc... No meio do caminho, por causa da mudança do
tempo, deu uma aliviada no calor.
Passamos pelo Sino e só demos uma
pequena parada no Abrigo 4.
Pegamos a longa trilha até a
barragem.
Mais uma missão cumprida.
Fizemos toda essa expedição em 12
horas.
Antes de terminar já estávamos
planejando a próxima rsrs.