A seca se faz presente, forte, castigando a região
historicamente conhecida como sertão. Os rios estão secos e os
açudes/reservatórios bem baixos. Normalmente cantamos durante a pilotagem para
espantar o sono e a trilha sonora que não saia do meu playlist mental era a
bela canção de Humberto Teixeira, imortalizada pela voz do rei do baião Luiz
Gonzaga "... por falta d'água, perdi meu gado, morreu de sede meu alazão".
Vimos
grandes barragens implantadas pelo Departamento Nacional de Obras Contra a Seca
- DNOCS, construídas para amenizar o problema da seca na região. Esse é um povo
forjado no fogo, no braseiro do sertão. Um povo que não reclama, que sabe o que
é dificuldade, que luta a cada dia. Povo nordestino, povo guerreiro, muito
respeito. Adentramos a cidade, praticamente cortando-a de ponta à ponta,
passando junto ao campus da Universidade Federal da Paraíba.
Encontramos a família e descansamos. É muito bom rever os
primos que há muito não víamos. As motos estão dando conta do recado, mas o
desempenho tem diminuído bastante, a velocidade final caiu e o consumo aumentou.
A Falcão Azul está na revisão, ficará pronta à tarde. A Garça vai seguir
caminho. Trocamos o óleo dos motores em Pombal - PB. Hoje não rodaremos. O dia
vai ser de manutenção nas estradeiras e descanso com a família.
Com isso, concluímos
o décimo sétimo dia do projeto, completando 6.698 km no total (516 km no
dia). Um belo dia de estrada e Brasil, estamos na Paraíba.
Km 6.698.
É isso.
Vamos fazer vento?
Altas fotos!
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