Por Leandro do Carmo
Local: Maricá
Local: Maricá
Data: 13/11/2016
Participantes: Leandro do Carmo, Clever Félix, José Antônio, Rafael Faria e Patrícia Gregory
Participantes: Leandro do Carmo, Clever Félix, José Antônio, Rafael Faria e Patrícia Gregory
Quando conheci as cachoeiras do Espraiado, estava num
período grande de estiagem. Não chovia há muito tempo. Corria apenas um filete
de água. Fiquei imaginando como seria chegar ali depois de uns dias de chuva.
Mas para que isso fosse possível, tudo tinha que dar certo. Tinha que acertar o
dia!
Já estávamos no verão de 2016 e a previsão para o final de
semana era de chuva forte. Foi aí que tive a ideia de ir ao Espraiado. Mas não
tinha ideia de que tudo sairia perfeito: Muita chuva na noite anterior e também
no dia da atividade. E a maioria das pessoas acham que não dá para fazer nada
com chuva...
Nosso ponto de encontro foi a segunda entrada para Maricá.
Estávamos em cinco: Eu, Cléver, José Antônio, Rafael Faria e Patrícia Gregory.
Dali seguimos em direção ao Espraiado, já com o tempo bem fechado. Na madruga
choveu forte, o que aumentou a minha expectativa em ver a cachoeira pesada.
Quando chegamos na curva que antecede a descida, antes de cruzar o rio
Caragueijo pela primeira vez, ouvi o barulho do rio. Estava forte! Sinal de rio
cheio, mas não fazia noção de quanto... Assim que avistei o rio, vi que seria
impossível atravessar de carro. Nem mesmo o guerreiro jeguinho, seria capaz
transpor aquele trecho. Parei o carro e fui conferir. Não tinha jeito. Dali em
diante, só andando. Paramos os carros um pouco mais acima.
Fui o primeiro a atravessar e a medida que avançava, ia
ficando cada vez mais fundo, até que a água chegou quase na minha cintura. A
correnteza estava forte e qualquer descuido, poderia ser arrastado. Fomos
fazendo uma corrente humana para facilitar. Assim que atravessamos a chuva
apertou novamente. Continuamos e mais a frente atravessamos o rio novamente.
Esse trecho estava mais perigoso e redobramos o cuidado. Daí para cima foi um
espetáculo da natureza. Os filetes de água que cruzamos pelo caminho em dias
normais, se transformaram em grandes obstáculos para nossa caminhada, que davam
um prazer a mais em estar naquele belo local.
A força da queda d’água era tão forte que o deslocamento de
ar formava uma forte corrente de vento. Descemos e fomos até a base, onde
tiramos diversas fotos para registrar o grande momento. Avisei ao pessoal que
havia outra tão grande quanto essa, um pouco mais acima e foi para lá que
seguimos. Pegamos um caminho que eu não conhecia, mas que achava que iria até
lá, mas na pior das hipóteses, voltaríamos e seguiríamos por onde eu conhecia.
No caminho, passamos por duas pequenas pontes de madeira que estavam bem
podres. Tivemos cuidado redobrado e nem chegamos a utilizá-las, de tão ruim que
estavam.
Andamos por um longo trecho em meio a mata. Esse era um
caminho que claramente era menos frequentado. Em alguns pontos estava bem
fechado. Passamos por alguns trechos bem íngremes e escorregadios. Como tudo
estava molhado, foi inevitável os escorregões. Andamos mais alguns minutos, até
que chegamos ao nosso segundo destino. Mais uma bela cachoeira nos esperava.
Diferente da primeira, essa fica um pouco mais escondida, mas nem por isso,
menos interessante. Aproveitamos para tomar um banho, apesar da chuva. Já
estávamos molhados mesmo...
Ficamos por algum tempo até que pegamos o caminho de volta.
Porém optamos por estender a caminhada, indo até o Alto Espraiado. Devido ao
tempo bem fechado, não vimos nada, mas nem por isso ficamos tristes... Afinal
de contas, nosso objetivo foi cumprido! Tivemos o privilégio de ver dois
grandes espetáculos da natureza e bem perto de nós... A maioria das pessoas não
tem noção de que existem cachoeiras de mais de 20 metros em Maricá... Tá aí a
prova!
Na descida, já no caminho normal da Travessia Espraiado x
Tomascar, pegamos trechos muito escorregadios e mais tombos! Pelo menos tirou
gargalhadas de todos nós... Como a chuva havia diminuído as travessias dos rios
foram mais tranquilas. Ainda conhecemos um cara que nos disse haver um
cachoeira em outro ponto, tão grande quanto essas... Pegamos o contato e
marcamos de nos falar para frente... Será mais uma para o circuito das
Cachoeiras do Espraiado?
Até a próxima!
Até a próxima!
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