Título:
Sob o Mar: Extraordinária Vida dos Pioneiros do Mergulho
Autor:
Tervor Norton
Sinopse:
A história dos precursores do mergulho submarino - suas descobertas e
experiências bastante arriscadas, para não dizer um pouco suicidas. O livro
também traz a história do mergulho desde os pescadores, que atingiam
profundidades muito perigosas para o organismo humano, até os
conservacionistas.
Comentário
pessoal: Um bom livro. Para quem mergulha e gostaria de conhecer como foi os
primórdios do esporte, é uma boa pedida. É impressionante como os antigos
mergulhadores testavam os limites... Hoje seria impossível realizar alguns
mergulhos como foram feitos. Talvez tenha lido esse livro numa hora errada,
emendei depois que terminei o Annapurna, fiquei crítico demais!
Título:
Annapurna: O Primeiro Cume de Mais de 8 Mil Metros Conquistado Pelo Homem
Autor:
Maurice Herzog
Sinopse:
No dia 3 de junho de 1950 o francês Maurice Herzog e seu companheiro de equipe
Louis Lachenal alcançaram o topo do monte Annapurna, no Himalaia, tornando-se
os primeiros a conquistar uma das catorze montanhas de mais de 8 mil metros do
mundo. O feito se concretizou depois de meses de esforço para estabelecer a
rota de ataque, numa região ainda não mapeada, sob imensas dificuldades
técnicas e no limite de tempo estabelecido pela chegada da monção, prevista
para os primeiros dias de junho. Lançado em 1951, este clássico da aventura
relata uma das expedições mais dramáticas já vividas na montanha. O livro foi
escrito enquanto autor se recuperava no hospital.
Comentário pessoal: Fantástico!!! Por vezes estiquei o
braço para ajudá-los... rs A todo momento, me perguntava sobre o que leva um
homem a passar por tudo o que eles passaram? Mas no fim, consegui entender que
não adianta buscarmos uma resposta, a não ser que seja você o protagonista! Uma
leitura que preenche o tempo. Talvez uma prévia pesquisa sobre a região e as montanhas do local possa ajudar a entender melhor os detalhes.
Sinopse:
A incrível história verídica da vida entre os lobos do Ártico, que deu origem a
um filme inesquecível. O drama, o suspense e o heroísmo fiel à vida de Os lobos
não choram, transformou este livro num best-seller internacional.
Comentário
pessoal: Um excelente livro. A precisão nos detalhes e os sufocos do autor
prenderam a atenção do início ao fim. Algumas histórias engraçadas tornaram a
leitura muito mais agradável. Foi difícil se despedir do livro!!!
Dias 17, 18 e 19 de Outubro de 2014 Participantes: Leandro do Carmo, Leonardo Carmo, Denise do
Carmo, Vinícius Araújo, Andréa Vivas, Roberto Andrade, Michael Rogers, Beatriz,
Mariana, Alexandre Rockert e Bruna Novaes.
Como chegar: Seguindo pela BR 101, sentido norte, após
passar a segunda entrada para Cachoeiro do Itapemirim, uns 50 metros após, tem
um bar, do outro lado da pisa, começa a subida, uns 4 km numa estradinha de
chão.
Tempo de Viagem: Como tem muito trecho em obra na BR 101, o
tempo de viagem é de 6 a 7 horas e a distância é de 400 km.
A Escalada: Não é uma escalada técnica, mas o equipamento de
segurança é indispensável; eu não utilizei sapatilha, mas ela pode trazer uma
pouco mais de segurança nos pés em alguns lances; o lance final é uma sequência
de degraus de vergalhões fincados na rocha, com mais ou menos 20 metros.
Diversos: ideal para levar família e descansar; a
alimentação é excelente; fica bem próximo a Cachoeiro de Itapemirim.
Relato
Não foi fácil encarar o sol forte para vencer os quase 200
metros de subida até o cume da Pedra do Frade... Mas estar lá foi fantástico!!!
O espírito de equipe prevaleceu e conseguimos vencer mais esse grande desafio.
Vamos ver desde o início como foi chegar ali.
Em uma viagem que fiz para Guarapari, vi aquela
impressionante formação rochosa. Na hora já bateu a vontade de subi-la. Tinha
certeza de que um dia estaria lá em cima. Assim que cheguei em casa, fui
pesquisar para saber o nome e ter mais informações. Já que a logística para
chegar lá não era das mais fáceis, acabei deixando como um projeto guardado.
Passado mais de um ano que conheci a pedra, resolvi que essa
seria a oportunidade. Antes de entrar de férias, já tinha decidido que a
subiria. Resolvi abrir esse passeio para os amigos do Clube Niteroiense de Montanhismo. Rapidamente foi aparecendo gente interessada. E não demorou muito
para que tivéssemos formado um grupo de 14 pessoas.
Logística preparada, deixamos tudo certo durante a semana
para que nada pudesse dar errado. Como eu estava de férias, resolvi sair na
sexta de manhã, enquanto o resto do pessoal foi indo durante o dia e até a
noite também. A viagem foi um pouco cansativa... Rodar quase 400 km não é uma
tarefa das mais fáceis... Quando passei da entrada para
Cachoeiro de Itapemirim, já começava a ver o nosso destino e a sentir o que
iríamos encontrar pela frente.
Da BR 101 até a pousada, foram cerca de 4 km de estrada de
chão. Um subida, que para quem não conhece, parecia que não chegaria a lugar
nenhum. Andávamos e nada... Nenhuma casa para pedirmos informação... Mas sabia
que estava no caminho certo... E mais alguns minutos havíamos chegado no Chalé do Frade. Fomos super bem recebidos pelo Henner e pela Valquíria, donos da
pousada. Nada melhor que ser bem acolhido, principalmente num local onde não
conhecemos.
Havíamos entrado num lugar fantástico. Difícil até de
descrever... A vista para a Pedra do Frade era impressionante a Freira ficava
escondida, mas nem por isso tirava o brilho do local. O som da natureza, aliado
à beleza do local, traziam uma sensação ímpar. Como fui o primeiro a chegar,
tratei logo de arrumar a casa e organizar onde nos acomodaríamos. Fiz contato
com o Alexandre que chegou logo em seguida, junto com sua esposa e filha.
Estávamos tão encantado com o local, que eu e o Alexandre
não conseguimos esperar o dia seguinte, já fomos até a pedra! Colhemos algumas
informações sobre a trilha de acesso e seguimos pela estrada de chão. Foram uns
25 minutos de caminhada, mais uns 5 de trilha até que chegamos a uma laje de
pedra, que lembra o Escalavrado. A vista daquele ponto surpreendia. Ainda não
havíamos visto a Pedra da Freira, devido a posição que estávamos na pousada,
mas ali ela se mostrava imponente, como se olhasse para o Frade. Subimos mais
um pouco pelo costão até que paramos e ficamos apreciando a vista e batendo um
papo.
Já com o sol se pondo, descemos de volta até a pousada, onde
tomamos um caldo verde para fechar o dia. Faltavam ainda chegar dois carros,
com oito pessoas, que sairiam no final do dia. Como a noite ficava mais difícil
chegar ao local, fiquei acordado passando algumas coordenados por telefone. Por
volta das 2 da madrugada, meu irmão chegou com a Mariana, Beatriz e o
Michael.O Vinícius, chegou somente às 4
h, com a Andréa, Bruna e o Roberto. Pronto agora estávamos completos!
Combinamos o horário de saída do dia seguinte fomos descansar, afinal de
contas, merecíamos!
No sábado de manhã acordei cedo, apesar da preguiça e já
deixei tudo preparado. Aos poucos a galera foi acordando e logo estávamos
prontos para começar a subida. Um grupo grande chegou e começou a se preparar
para a caminhada, o que nos fez seguir rápido, pois não queríamos ficar
esperando. Começamos a caminhada e esperamos o resto do pessoal na laje de
pedra, bem antes da subida. Por nossa sorte o grande grupo foi só até a base de
pedra, não seguindo até ao cume.
Com todo mundo reunido, nos equipamos ali mesmo, apesar de
nos primeiros lances não ser preciso uso de equipamento, mas achamos melhor
ficar na sombra a ter que nos equipar de baixo do sol forte. Começamos a subida
e seguimos pelo costão até um lance mais inclinado onde o Leonardo subiu e
fixou uma corda, assim, com um prussik, os outros participantes subiriam mais
rápido.
Passado esse ponto, ele subiu mais pouco e fixou uma outra
corda, agora com um lance um pouco mais delicado, comparado com o que já
havíamos passado. Montamos um verdadeiro trabalho em equipe. Enquanto um subia,
já havia outro se preparando, assim não perderíamos tempo, além de não ficarmos
literalmente fritando de baixo do sol.
Nesse ritmo de revezamento, chegamos abaixo da cabeça, num
local bem agradável e abrigado do sol. Ali, dava para descansar e recarregar as
baterias. A pousada estava lá em baixo, parecia casinha de bonecas. Optamos por
subir por uns degraus fixados na rocha, tipo o lance do elevador assim
ganharíamos tempo. Estávamos em um grupo de 9 pessoas e essa, com certeza, foi
a melhor escolha. Decidimos por fazer segurança de cima para todos os
participantes, assim todos poderiam subir sem nenhum problema.
O primeiro a subir foi o Leonardo. Ele começou os primeiros
degraus e foi costurando alguns para melhorar segurança, afinal de contas não
sabíamos o estado deles. Alguns degraus estavam bem espaçados, o que nos fez
colocar algumas fitas para facilitar a subida dos mais baixinhos. No cume, ele
montou a parada e começamos a subida. Aos poucos todos subiram e eu fechei,
retirando todo o equipamento deixados nos degraus.
A vista dali era fantástica. O Frade é bem mais alto que a
Freira e de lá se tem uma vista perfeita da escalada dessa outra pedra. Dali,
dava para ver do litoral ao interior. Um 360° de pura beleza. Cada um
registrando o momento a sua maneira. Posamos para uma foto e já começamos os
preparativos para a descida. Optamos por montar um rapel no mesmo lado que
subimos.
Fiquei por último novamente e liberei uma corda para que já
fosse montado o segundo rapel da descida. Ali, no cume, sozinho, contemplei os
últimos momentos de completo silêncio... Que foram quebrados por um “CORDA
LIIIIIIVREEEEEEEE”. Desci e fui direto ao ponto do segundo rapel. O Vinícius já
tinha iniciado e alguns utilizaram a corda somente para o equilíbrio.
Fixamos mais uma corda e novamente o trabalho em equipe foi
perfeito. Com um em cima orientando a montagem, um no meio e um no final, já
montando o próximo. Nesse ritmo, rapidamente chegamos a base. Com o calor que
fazia, só pensávamos na piscina da pousada. Talvez isso nos tenha feito descer
a trilha em tempo recorde!!!!
Quando chegamos, foi só o tempo de jogar a mochila para o
lado e dar um mergulho. Afinal de contas, não é todo o dia que se escala e se
tem uma piscina no final!!! Mas nem tudo é perfeito!!! Algumas coisas são mais
que perfeitas!!! 20 minutos depois, um excelente almoço já nos esperava. Com
galinha da roça, polenta com milho da fazenda, feijão colhido no local e muitas
outras delícias foram servidas... Sem contar o doce de banana com creme de
leite... Foi comer e dar um grande descanso, afinal de contas ninguém é de
ferro!!!!
Ao final da tarde, resolvemos volta lá em cima, até um platô,
para contemplar o pôr do sol e esperar a noite chegar. Por um instante só
ouvíamos o som da natureza. Nem carro, nem música, nada que atrapalhasse aquele
momento. Havia levado fogareiro e como a Mariana nunca havia tomado um café na
montanha, fiz esse grande esforço. Preparei um quentinho e ficamos ali rindo e
contado histórias num começar de noite super agradável.
Descemos e para fechar a noite: panquecas, caldo verde e
vinho, esse último levado pelo Vinícius. Combinamos de acordar cedo no dia
seguinte e dar uma explorada numa via que tem ali perto, assim daria para
aproveitar alguma coisa antes de ir embora.
No domingo, acordamos e depois do excelente café da manhã, seguimos
para a base da via. O Leonardo e a Bruna, resolveram voltar no cume do Frade
junto com a Mariana e a Beatriz, pois elas ainda não haviam subido. Na base da
via, nos equipamos e nossa ideia era montar um top rope e ficar dando uns
treinos, mas via era muito mais forte do que pensávamos. Comecei guiando e a
saída já foi sinistra. Até chegar a uma grande laca, meio oca, foi preciso
artificializar o lance. Mas dali para cima, deu para passar em livre.
Após o bonito lance em oposição nessa laca, dei uma parada
para procurar os próximos grampos. Passei por um buraco e quando pisei em
algumas folhas secas, saiu uma lacraia, de quase um palmo. Foi subindo a pedra
na minha direção e só deu temo de torcer para ela não chegar até onde estava minha
mão, por sorte, ela caiu novamente no buraco e se escondeu! Se a adrenalina
estava forte... Agora então...
Segui mais acima num lance bem delicado e devido ao calor,
resolvi montar o top rope ali e desci para que outros tentassem. Cada um fez o
lance uma vez e o Michael fechou e recolheu costuras e fitas. Dali seguimos até
a toca da Onça para explorarmos um possível caminho até a base da via de
escalada da Freira. Mas essa ficaria para uma próxima...
Voltamos de nosso passeio e caímos direto na piscina.
Comemos a excelente comida da pousada e descansamos até o final da tarde, quando
nos arrumamos e seguimos viagem de volta...