terça-feira, 25 de setembro de 2012

Vídeo da Invasão ao Costão de Itacoatiara

 
Fala galera!!!


Ficou pronto o vídeo da Invasão ao Morro do Tucum (Costão de Itacoatiara). Sem dúvidas um dos maiores eventos de escaladas já realizados em Niterói. Disponivel em HD. Aumente o som e confira!!!




Confira também:

Matéria da Invasão no jornal "O Fluminense"

Invasão ao Morro do Tucum (Costão de Itacoatiara)


sábado, 22 de setembro de 2012

Escalada no Morro do Morcego pela Via Paredão Sangue Bão

Por Leandro do Carmo

Escalada no Morro do Morcego pela Via Paredão Sangue Bão

Local: Morro do Morcego - Jurujuba - Niterói RJ
Data: 01/09/2012
Participantes: Leandro do Carmo, Ary Carlos, Leonardo Carmo e Guilherme Belém






Croqui:

DICAS: Pedir autorização para entrada no local; a trilha está um pouco fechada; assim que chegar a base, virar a direita, passando por uma grande laca, formando uma chaminé, a base da sangue bão fica depois de uma base de tijolo; o crux está entre o 2º e o 4º grampo; às vezes parece que o grampo está alto; 3 enfiadas curtas, em média 25 metros; parede muito suja no começo, em dias de chuva, pode ficar muito difícil a escalada; a saída da segunda parada é um pouco difícil, para evitar um fator 2, pode-se costurar o grampo de cima antes de montar a parada.

Em breve disponibilizarei o tracklog da trilha.






Relato

Será que dá para ver Niterói por um outro ângulo? Sempre há uma maneira... Soube da existência de vias no Morro do Morcego e a primeira coisa que me disseram foi que ele possuía uma vista fantástica. E estavam certos!!!!! Realmente a vista é maravilhosa. Ver Icaraí, Jurujuba, Charitas, Rio de Janeiro e a Baía de Guanabara por outro ângulo, não tem preço!!!

Na sexta-feira combinei com o Ary de escalar o Morcego, a final de contas ele já conhecia o local. Marcamos no sábado, as oito horas no Select, em frente ao Campo de São Bento. Nessa escalada, também participaram Guilherme Belém e meu irmão, o Leonardo. Pontualmente chegamos ao local e fomos direto para Jurujuba, onde paramos o carro no ponto final do ônibus 33. Dali seguimos até a segunda e última casa a direita da rua que segue para as praias de Adão e Eva.

A trilha

Pedimos autorização ao morador para podermos entrar na propriedade e ele nos alertou sobre algumas vespas. Contou que um grupo desceu correndo de lá há algum tempo atrás, devido à várias picadas. O Ary também já havia passado por elas em outra ocasião. Há época, o vespeiro parecia uma bola de futebol. Além também de uma Jararaca que estava enrolada abaixo do coqueiro, no início da via Visão Oposta, anterior a Sanque Bão. Mas deixado os perigos de lado... rs. Seguimos a estradinha.

No começo, tudo limpinho. Nada de mato. Pensei: “essa vai ser moleza”. A medida que íamos subindo, o mato foi aumentando e quando eu percebi já estávamos no meio de um matagal. O caminho não é frequentado há bastante tempo, não havia nenhum sinal de que havia passado alguém nas últimas semanas. Mas seguimos em frente. Chegando ao final da estrada, que por vezes não identicávamos o meio-fio, seguimos em diagonal à direita e passamos no meio de alguns eucaliptos. Nesse local , se subirmos reto à dereita, daremos nas ruínas de um antigo muro, não deve-se ultrapassá-lo. Mais a frente, avista-se um eucalipto sozinho. Subimos a direita dele até chegar numa mangueira, praticamente deitada. Viramos à esquerda. Dali é só seguir as ruínas do muro. Mais a frente, verá uma caixa d’água a sua esquerda e mais adiante uma grande pedra a direita e uma a esquerda. Pronto! Nesse ponto já estará de frente a parede.

Para a esquerda, tem uma calha de captação de água da chuva feita na beirada da pedra, de onde podemos seguí-la até o final. De lá se tem uma vista muito bonita e também é o ponto de onde chegamos do rapel, feito com duas cordas de 60m. Seguindo à direita da parede, passamos por uma chaminé e vemos uma palmeira cima de uma fenda em horizontal, caminho de onde inicia a via visão oposta. Mais adiante, descemos um degrau de tijolo e já chegamos na base da Sangue Bão. Decidimos entrar na via Sangue Bão, assim todos conheceriam a via e teríamos motivo para voltar e fazer a visão oposta.

A escalada

O Ary iniciou a escalada e guiou o Leonardo. Quando o Ary chegou na primeira parada, ele ainda perguntou se queríamos que a corda ficasse no lugar para um possível auxílio na subida. Achei que não era necessário. Então o Leonardo começou a subir e quando ele já estava no terceiro grampo, comecei a escalar. O primeiro lance é bem tranquilo, costurei o primeiro grampo e passe uma grande laca, costurando o segundo, onde tem uma parada dupla. Dali o negócio fica sinistro, o crux da via, um 5º para tirar o fôlego. O grampo fica à esquerda, onde tem que sair já para o lado, o que facilitará mais a subida. São três passadas rápidas, pois as agarras não são tão boas assim. Costurei o grampo e toquei para cima. Daí, vai seguindo para a direita, onde a parede está bem suja. Talvez em dias de chuva, fique difícil fazer o lance.

Costurei o quarto grampo e o quinto, antes de chegar a um platô onde fizemos a primeira parada. Enquanto o Ary guiava a segunda enfiada, o Guilherme veio subindo. A saída da primeira parada também é chata. Uma  passada em aderência, talvez um 4ºsup, onde a queda do guia, faz com que ele vá para cima do participante. Foi nessa hora que pedi para o Leonardo se posicionar com a mão acima, tipo em lance de boulder, para segurá-lo numa possível queda. Nem foi preciso, o Ary manda bem!!!! Logo passou e costurou o grampo. Dali foi subindo até a segunda parada.

O Guilherme guiou a segunda enfiada. Subi logo depois do Leonardo e os lance da saída da primeira parada é bem complicado mesmo. Vale até a pena subir e costurar o grampo antes de montar a parada, a fim de evitar um fator 2.  Do segundo grampo até a parada, o lance é bem bonito. Um vertical com grandes agarras, algumas de cristal. Os grampos não são tão próximos, mas as agarras dão mais segurança. Assim que cheguei na segunda parada, o Leonardo já estava guiando a última enfiada. Nem parei, subi direto. Dali para cima é bem tranquilo, vai quase que caminhando. Foram mais dois grampos até a última parada dupla, que nem precisamos costurar. Fomos direto até o cume, onde fizemos segurança de corpo.

A vista é fantástica. Ter uma visão 360º não tem preço. Dava para ver Jurujuba, Charitas, São Francisco, Icaraí, Ponte, Rio de Janeiro, Pão de Acúcar e Fortaleza de Santa Cruz... O dia estava perfeito. Por sinal, tem sido assim na maioria dos dias nesse inverno. Batemos várias fotos para registrar o momento e seguimos até o outro lado, onde faríamos o rapel com duas cordas de 60m.

Os grampos estão um pouco para fora, mas nada de assustar. Emendamos a corda e eu comecei o rapel. Descida bem bonita, com uma vista fantástica. Passei por um grampo muito mal batido, onde daria para fazer uma parada caso rapelássemos como uma corda só. Mas não aconselho. Como falei, ele está muito mal batido. Pensamos até descobrir quem o colocou e pedir autorização para trocá-lo e aproveitar e duplicá-lo também.

Chegamos até a base e nos preparamos para voltar. Aí, foi só enfrentar o capim...

Até a próxima!

Vista do final da calha de capatação de agua


















Vista de Jurujuba da primeira parada

Leonardo Guiando



Fortaleza de Santa Cruz e Pão-de-Açucar


Analisando o rapel

Preparando o rapel


Na trilha

Vista da trilha


Na calha



Boa Viagem e MAC

Adicionar legenda


Entrada da Baia de Guanabara e Fortaleza de Santa Cruz


Galera no cume

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Invasão ao Morro do Tucum (Costão de Itacoatiara)

Por Leandro do Carmo

Invasão ao Costão de Itacoatiara

Local: Itacoatiara
Data: 16/09/2012



Dia perfeito: sol, nenhuma nuvem no céu. Praia com água transparente! Itacoatiara nos seus melhores dias. Há tempo que queria por esta idéia em prática: uma invasão de escalada no ponto que considero um dos melhores do Rio de Janeiro, o Parque Estadual da Serra da Tiririca. O local escolhido foi o Costão, pois possui a maior quantidade de vias.

Divulguei na lista da Companhia da Escalada e logo lista foi crescendo. Convidei, também, a galera do Clube Niteroiense de Montanhismo e a lista já tinha mais de 30 pessoas...

Nem a chuva de quinta-feira, foi capaz de desanimar a pessoal. Consegui contato com o jornal O Fluminense, que marcou presença na cobertura do evento.

Marcamos às oito horas no gramado em frente ao Costão. Cheguei cedo e já tinha gente esperando. Aos poucos a galera foi chegando. Começou a encher... Tinha gente que não acabava mais. Enquanto o pessoal organizava as cordadas, tive que dar uma entrevista ao jornal, para falar um pouco sobre o evento e o nosso esporte.

Aos poucos as cordadas foram formadas e o pessoal começou a subir. Do Clube Niteroiense de Montanhismo foram três cordadas: uma cordada de três foi na Paredão Itacoatiara, guiada pelo Ary; outra cordada de três foi para a Alan Marra, guiada pelo Leandro Pestana; e  mais cinco pessoas, fizeram um treinamento na horizontal da Entre 4 Paredes, guiada pela Eny.

Na Face Oeste do Costão, foi concentrada a maior parte dos escaladores. Ao total, foram 18. A vista da praia deve ter sido fantástica. Não lembro de ter visto tanta gente escalando o Costão ao mesmo tempo. Com certeza via ficar na história.

Para darmos oportunidade à todos, escalaria a via que sobrasse ou que tivesse menos gente fiquei, então com a Luiz Arnaud. Entrei participando na cordada do Guilherme e aproveitei para ir fotografando. É a via mais tranquila dessa face. Fomos em três cordadas. Subimos o costão e começamos a escalada.

O Emersom, já estava rapelando, ele bateria as fotos lá de cima. Foi descendo até o crux da via, onde se posicionou para dar alguns cliks. O sol apareceu sem piedade. Mas subimos sem problemas.

Fomos os primeiros a chegar ao cume. De lá, fotografei as outras cordadas da Luiz Arnaud. O tempo foi passando e não aparecia ninguém que vinha da Paredão Itacoatiara e Uma Mão Lava a Outra. Resolvi descer um pouco, para ver se via alguém. Parei no platô onde tem o último grampo da Via uma Mão Lava a Outra. De lá já via todas as cordadas. A cordada do Ary estava mais adiantada, ele já tinha começado a última enfiada. A cordada do Sandro estava chegando ao segundo ponto onde as vias se cruzam, na diagonal para a direita.

Vi que a cordada do Vítor Pimenta estava com uma corda só, ele veio subindo e faltou pouco para chegar ao grampo. Pensou em desescalar, mas dei a idéia de descer minha corda e ele usar as duas, assim ganharia mais tempo. E assim eles fizeram. Subi e esperei o Ary chegar. Quando o Sandro chegou, resolvemos descer e esperá-los lá na praia.

Quando chegamos no quiosque, a última cordada estava chegando ao cume. Missão cumprida!!!! Foi um sucesso!!! Todo mundo se amarrou na escalada, no visual, na praia, etc... O gostinho de quero mais ficou no ar... Qual será a próxima????

Estatísticas da invasão:

26 escaladores, distribuídos em 5 vias e 10 cordadas
Acompanhantes???? Perdi as contas
Nenhum incidente

Agradecimentos:

Primeiro agradecer ao Emerson que rapelou do cume só para fotografar, ao jornal “O Fluminense”, único que se propôs a cobrir o evento, aos guias, aos participantes, aos caminhantes, aos acompanhantes, ao Clube Niteroiense de Montanhismo, enfim... todos!!!!!

Nem quis citar os nomes para não correr o risco de esquecer de alguém!!!

Obrigado a todos!!!


Clique nas fotos para ampliar.

Jornal "O Fluminense"
Galera subindo o Costão
 


Suzana no Costão

Vista da Praia de Itacoatiara

Mais subida

Ary na Paredão Itacoatiara

Base da via Luiz Arnaud

Mardem guiando

Guilherme guiando


Na primeira parada

Segunda cordada na 1ª parada




Mardem guiando



Dia abençoado

Escalando...

Vista sensacional

O grande fotógrafo Emerson

Maurício escalando


Bruno no fim da diagonal

Mais visual

Parte da galera no cume

Aguentaram um sol quente!


Preparando para descer

Itacoatiara

Bruno chegando

Suzana chegando

Mais uma da Suzana


Ary, Andréia e Luiz na Paredão Itacoatiara

Ary guiando

Vitor Pimenta, Sandro, Paulo e o outro participante

Vitor na última enfiada da Uma Mão Lava a Outra



Luiz, Andrea e Ary mais embaixo

Mais visual

Outra parte da galera

Apreciando o Mourão

Mourão e um pedaço de Itaipuaçu

Agulha Guarischi

A cordada da Eny

Hora do descanso