terça-feira, 8 de março de 2022

Escalada na via Ezequiel Gongora

Por Leandro do Carmo

Escalada na Via Ezequiel Gongora - 4º V E2/E3 D1 160m

Data: 15/02/2022 
Local: Morro do Ubá - Itaipú
Participantes: Leandro do Carmo e Marcos Lima

Via Ezequiel Gongora






Relato

Toda vez que falava com o Velhinho sobre escalar, ele falava: Vamos lá fazer a Ezequiel Gongora... E isso foi ficando. Eu ainda não havia ido nesse setor. Além da Ezequiel Gongora, a maior via, existem outras mais curtas, mas pouca informação de repetições. Mas a via saiu sem programação...

Já era quase oito da noite, quando passei uma mensagem para o Velhinho perguntando se ele queria escalar no dia seguinte. Ele disse que havia marcado com o Arthur para ir na Serrinha. Eu me convidei e marcamos as 7h30min no posto da subida da estrada para Itaipuaçu. Por volta das 7 horas da manhã, ele me enviou uma mensagem avisando que o Arthur não iria mais. Tranquilo, iríamos só eu e ele. Cheguei à casa dele as 7h 30min e antes de entrar no carro ele já disse: Ezequiel Gongora. Excelente ideia!

Seguimos em direção a entrada da pequena trilha. Estacionamos o carro. A entrada da trilha não está marcada e não tão óbvia. Inclusive, marquei no Wikiloc para facilitar. Já na trilha, após nos aproximarmos do muro de uma casa, ouvimos alguém gritando: “Não pode fazer essa trilha não”. De vez em quando ouvimos relatos de que moradores reclamam. Da próxima vez, vamos sem fazer barulho.

Fomos caminhando e identificando a base das outras vias, com a ideia de repeti-las em outra oportunidade. Como havia dito, a trilha é bem curta e logo estávamos na base, que por sinal é bem fácil de identificar. Ali, nos arrumamos e eu saí para guiar a primeira enfiada. Estava nublado e uma temperatura bem agradável. A saída foi bem delicada com pequenas agarras. Fui subindo até vencer uma barriga numa sequência de 5 grampos até começar a ir uma pouco para a direita. Os lances são bem técnicos. Com mais uma subida, estava na primeira parada.

Via Ezequiel Gongora

O Velhinho veio logo em seguida. Na parada, ainda comentamos o quanto o dia estava agradável. Pela posição do sol, se o céu estivesse aberto, já estaríamos querendo ir embora. Mas a brisa estava ótima e logo saí para a segunda enfiada. Saí num lance bem longo e logo estava próximo a uma canaleta. Subi pela borda da esquerda, onde tem mais agarras, mas algumas com risco de quebra. Fui bem devagar e escolhendo bem onde por as mãos e os pés. Subi até um grampo, mas resolvi descer e parar no de baixo.  O velhinho chegou logo depois.

Na parada, pedi para o Velhinho guiar a próxima enfiada. Ele prontamente aceitou e saiu. Foi subindo e costurou um grampo que estava meio escondido e mais acima, perdemos contato visual. Já na parada, foi minha vez de subir. Saí para escalar e logo venci os primeiros lances. Com corda de cima, não precisa escolher tanto as agarras. Acredita e vai. Mais alguns metros e estava na parada, bem antes do crux.

Dali, já podíamos ver o trecho vertical onde está o crux. Descansei um pouco, me preparei e saí para guiar a última enfiada. A saída foi tranquila, até chegar a um grampo. O trecho fica bem vertical, mas agarras são bem sólidas, diferente da enfiada anterior. Isso deu um pouco mais de confiança. Fiz uma passada reta e logo costurei o grampo de meio. Não dava para ver o próximo, mas era só subir. Não hesitei. Me reposicionei e toquei pra cima. Coloquei um pé mais alto e procurei uma boa mão e fiz o lance, saindo um pouco mais para a direita. Depois de dominado o degrau, passei a solteira no grampo de inox. Respirei fundo e aí, tudo ficou mais tranquilo.

Via Ezequiel Gongora

O Velhinho veio em seguida. Na parada, pedi para o velhinho descer de baldinho até um grampo de baixo, para evitarmos fazer o rapel dali. E assim começamos a descida até a base da via. Já na base, nos arrumamos e seguimos para tomar um Assaí em Itacoatiara. Ainda bem que o Arthur furou... Tive a oportunidade de escalar uma via que ainda não havia feito em Niterói.



Via Ezequiel Gongora

Via Ezequiel Gongora

Via Ezequiel Gongora

Via Ezequiel Gongora

Via Ezequiel Gongora

Via Ezequiel Gongora

Via Ezequiel Gongora

Via Ezequiel Gongora

Via Ezequiel Gongora



quinta-feira, 3 de março de 2022

Stand Up - Remada: Naval x Icaraí x Boa Viagem x Adão e Eva x Naval

Por Leandro do Carmo

Remada: Naval x Icaraí x Boa Viagem x Adão e Eva x Naval

Data: 13/02/2022 
Local: Niterói 
Participantes:
Leandro do Carmo

Acordei cedo e decidi ir remar. Não tinha programado nada, mas estava com vontade de remar mais do que já havia feito. Peguei a prancha e estacionei o carro ao lado do Clube Naval, em Charitas. O dia estava meio nublado, mas estava firme. Tomei minha segunda parte do café da manhã e botei a prancha na água.

Comecei a remar e rumei em direção a Icaraí. Estava bem calmo, mar liso. Já via algumas canoas e caiaques bem longe. Segui remando tranquilo. Na altura da Marina Center, da Estrada Fróes, decidi ir direto para o Itapuca. Um pouco mais atrás de mim, tinha uma outra pessoa remando. A medida que fui me distanciando, ela foi remando bem próximo a praia. Cruzei toda a praia de Icaraí e passei pela pedra do Itapuca. Dali, fui em direção ao MAC. Já bem embaixo dele, parei para fazer algumas fotos e continuei até a praia da Boa Viagem.

Tinha bastante gente na praia, principalmente, perto da ponte. Várias pessoas fazendo rapel e outras praticando acrobacia nos tecidos.  Dei uma parada para descansar e beber uma água. Nessa hora chegou o rapaz que havia visto um pouco antes em outra prancha. Ficamos conversando durante alguns minutos e resolvi voltar a remar. Cruzei a praia e comecei pelo outro lado, em direção ao Gragoatá.

Nesse momento, cruzei com duas canoas havaianas e fui em direção a uma boia, contornando-a e seguindo rumo à Fortaleza de Santa Cruz. Fui remando sozinho, a única companhia eram os peixes que de vez em quando pulavam e as tartarugas que apareciam. A medida que fui me aproximando da Fortaleza, começaram a passar alguns barcos de pesca. Nesse ponto, aumentam também, a quantidade de canoas. Poucas atravessam da Boa Viagem nessa direção.

O vento começou a aumentar e preferi mudar os planos iniciais. Segui em direção a praia de Adão e Eva, mas o vento aumentou e retornei costeando o Morro do Morcego, onde fiquei um pouco mais abrigado. Passaram por mim algumas canoas e dois caiaques. Mais a frente, próximo a praia do Morcego, mais remadores.  Esse é um ponto bem frequentado e destino dos remadores. O vento aumentou e seria mais difícil voltar. Por isso, optei por parar na prainha ao lado para descansar, a remada de volta seria dura. A água estava impressionante, nem parecia a Baía de Guanabara.



Depois de alguns minutos descansando, coloquei a prancha na água e comecei a remar com um vento contra bem forte. Fui procurando alguma maneira de minimizar o vento, mas não tinha jeito, era colocar o remo na água e remar. Passei pela fazenda de marisco em Jurujuba. Numa rajada mais forte, perdi o equilíbrio e fui para a água. Subi e voltei a remar. Passou um veleiro grande e só ouvi alguém chamar: Leandrinho! Quando olhei, era meu xará, Leandro Pessoa, da Corsário Divers. Estavam ele e Fernanda. Muito bom revê-los ali. Parei de remar um pouco para falar com ele e foi o suficiente para voltar alguns metros.

Ele seguiu e eu voltei a remar. Já em frente ao Clube Naval, remei entre vários pequenos barcos a vela que estavam em aula. O vento que estava forte, aumentou. Pensei que fosse melhorar quando eu contornasse o clube Naval, mas não. Continuou forte. Fui remando com mais força e aos poucos fui me aproximando. Já conseguia ver meu carro. Aí, foi questão de tempo chegar à praia.

Foram 12,3 km de remada hoje. E esse vento no final foi um desafio extra. Missão cumprida!