27 a 29/05/2019
Leonardo Carmo e Carina Melazzi
A ideia inicial era fazer o Circuito Janela do Céu no Parque Estadual do Ibitipoca. Eu ainda não havia ido lá, mas dei uma olhada no arquivo de GPS e vi que era uma caminha mediana sem dificuldade técnica. Já prevendo que não seria nada muito exigente, dei uma estudada também no Circuito do Pião. Assim, daria pra conhecer mais coisas e não voltaria pelo mesmo caminho.
Chegamos à Vila de Conceição do Ibitipoca na segunda-feira por volta do meio-dia. O lugarejo estava tranquilo, sem aquela aglomeração de final de semana e feriado. Ficamos hospedados na Pousada Picharro, um conjunto de chalés simples, porém funcionais. Ficamos no chalé mais simples e barato, chalé Canário. Só queríamos um canto pra tomar banho e dormir.
Depois de levar as coisas pro chalé, fomos almoçar. A vila possui alguns restaurantes simples e um pouco mais sofisticados. Optamos nesse dia por almoçar no restaurante Sabor Mineiro. Um self-service simples e gostoso que custou R$ 16,00 por pessoa no sistema coma à vontade e com direto à sobremesa. À noite eles servem caldos no valor de R$ 16,00.
Depois de almoçar, partimos pra parte baixa da Janela do Céu. A estrada até lá é de terra. Com tempo seco, carro normal consegue ir, desde que o motorista possua certa experiência em estrada desse tipo. Se tiver chovido dias antes ou se estiver chovendo no dia, não recomendo, somente 4x4 ou “Fusca”, “Brasília”... a gente foi de 4x4.
Após passar a Vila dos Moreiras, nos deparamos com o responsável pelas terras que dão acesso à parte baixa da Janela do Céu. O mesmo nos disse que teríamos que pagar R$ 25,00 por pessoa. Achamos um absurdo e resolvemos procurar outra cachoeira, a Água Limpa, que a entrada era de graça. A estradinha até lá é difícil. Muito estreita e beirando uma ribanceira. Passamos ali um pouco apreensivos. De carro sem tração é muito arriscado. Não recomendo seguir esse trecho. Melhor deixar o carro e seguir a pé.
De lá, decidimos voltar e tentar a parte baixa. Não encontramos mais o responsável e decidimos entrar assim mesmo pra procurar ele. Ao parar pra abrir uma das porteiras, encontramos um sujeito a cavalo que disse pra gente continuar o nosso passeio. Se ele mandava em alguma coisa ou não, a gente não sabia. Partimos pra dentro e achamos o início da trilha. A trilha até a última queda, parte baixa, é curtinha. Aproximadamente 1,4 km. O caminho tá bem marcado e com algumas placas. Em alguns pontos é preciso atravessar por algumas pinguelas e um trecho do riozinho. Nada de mais.
Na volta, conseguimos pegar um belo pôr do sol. Um momento inesquecível. Sem palavras.
De volta à Vila de Conceição do Ibitipoca, foi só tomar um banho e sair pra beber uma cachacinha e saborear um caldo no restaurante Sabor Mineiro.
Na terça-feira subimos para o parque e fizemos a Janela do Céu e circuito do Pião. Uma caminhada boa de aproximadamente 15,5 km. A trilha é tranquila, sem dificuldades técnicas, pois a maior parte do terreno é bem regular e larga. É como se fosse uma estradinha. O ponto alto do dia foi a “Cachoeirinha”, um local bem bonito e tranquilo. Na minha opinião, mais interessante do que a Janela do Céu. Nessa cachoeira, em época de pouca chuva, forma uma prainha de areia branca. A água estava gelada, mas não dava pra deixar de tomar um banho. Depois de curtir um banho, ficamos pegando um sol nessa prainha pra poder secar e dar aquela esquentada.
Dali em diante, foi descer pelo outro lado e contemplar a paisagem passando pelo belíssimo Circuito das Águas.
No final, paramos no restaurante do parque e fechamos com uma boa cerveja gelada.
De noite, saímos pra jantar e resolvemos comer num restaurante um pouco mais refinado pra saber como era. Escolhemos o Flor de Léllis. Fomos super bem recepcionados. O som ambiente era da melhor qualidade. Estava rolando Zé Ramalho. Assim fechamos a terça-feira.
Na quarta-feira, último dia, resolvemos pegar o carro e fazer parte do Circuito Serras do Ibitipoca. Parte desse caminho a gente tinha feito na segunda-feira indo pra parte baixa da Janela do Céu. Seguindo pela estradinha de terra, paramos na Vila dos Moreiras pra procurar o alambique da região. Uma cachaça boa. Eles só produzem da branca em tonel de aço. Pra quem gosta, é um prato cheio, ou melhor, um copo cheio rsrs. Depois de beber umas doses e comprar uns litros, partimos em direção à Santa Rita de Ibitipoca, uma cidadezinha bem pequena e bacaninha, mas sem muitas opções. Tiramos algumas fotos, pegamos informações e continuamos viagem.
Depois de levantar um pouco de poeira, chegamos até um lugarejo chamado Paraíso. Depois, chegamos até uma cidade chamada Bias Fortes, onde almoçamos. Era um esquema de comida à vontade por R$ 13,00. O restaurante fica junto de um simples hotel. Acho que o único da cidadezinha. Tudo lá é muito simples, porém muito gostoso. Depois de bucho cheio, continuamos viagem por uma longa estrada de terra. A poeira subia, mas era exatamente o que a gente buscava. Depois de percorrer 88,8 km de estrada de terra, finalizamos num outro lugar chamado Valadares. A partir daí pegamos a MG 267 e posteriormente a BR 040, em Juiz de fora.
Não existe posto de combustível nessas cidadezinhas. Quem for pra Conceição do Ibitipoca e quiser fazer esse circuito, é fundamental encher o tanque.
https://www.chalespicharro.com/
http://www.ibitipoca.tur.br/parque/
https://pt.wikiloc.com/wikiloc/user.do?id=1945151