segunda-feira, 11 de dezembro de 2023

Garrafão

Por Leandro do Carmo

Garrafão - PARNASO

Dia: 12/08/2023
Local: Parque Nacional da Serra dos Órgãos
Participantes: Leandro do Carmo, Michel Cipolatti, Luís Avelar, Nicolas Loukides, Ezequiel Gongora, Leonardo Farias, Higor Souza, Leonardo Carmo e Marina Fernandes

 
Trilha do Garrafão

Histórico da Conquista do Garrafão  

O Garrafão, à época conhecido como Fagundes, foi conquistado em 28/10/1934 por Émérico Hungar, Gilberto Ferrez, Geoffrey Edwards e W. George Andrews, todos eles membros do Centro Excursionista Brasileiro. Foi um período de grandes conquistas no montanhismo brasileiro e sua dificuldade técnica, bem como a distância, o tornam menos frequentado, se comparado a outros cumes da região.  

Horários e pontos de referência da Trilha do Garrafão  

5h – Saída de Niterói; 6h 30 min – Entrada do Parque; 7h 49 min – Início da trilha (Barragem); 8h 40 min – Abrigo 2; 9h 30 min – Bifurcação Paredão Paraguaio (Pausa 10 min); 9h 55 min – Trilha da Pedra da Cruz; 10h 02 min – Trilha do Sino; 10h 38 min – Abrigo 4 (Pausa 20 min); 11h 10 min – Início da subida da Pedra do Sino; 11h 20 min – Cume da Pedra do Sino (Pausa 10 min); 12h 10 min – Buraco; 12h 24 min – Cabo de Aço; 13h 15 min – Cume do Garrafão; 13h 45 min – Saída do Cume do Garrafão; 15h 30 min – Saída do Buraco; 16h 18 min – Cume do Sino; 16h 40 min – Abrigo 4; 17h 17min – Bifurcação Morro da Cruz; 17h 38 min – Abrigo 3; 17h 45 min – Bifurcação Paredão Paraguaio/Trilha do Sino; 19h 05 min – Véu da Noiva; 19h 55 min – Barragem; 20h 20 min – Carro.  

Dicas para chegar ao cume do Garrafão  

Para chegar ao Garrafão, primeiro é necessário chegar à Pedra do Sino. Do cume da Pedra do Sino, já é possível ver o Garrafão. Devemos ir em direção a ele num misto de laje e pequenos trechos de vegetação. Desce até um vale e depois sobe novamente até chegar à borda de frente ao Garrafão. Nesse ponto, vem o primeiro trecho técnico, onde deve-se procurar um buraco, dentro dele podemos descer desescalando um lance em chaminé ou fazendo um pequeno rapel, numa proteção que fica no alto. Convém deixar uma corda curta (10 metros) fixa no local para auxiliar a volta. Depois desse trecho, segue até o cabo de aço. Existe uma parada dupla onde dá para fazer um rapel. Com uma corda de 60 m meada, não dá para chegar ao final. Um pouco mais abaixo, há um grampo onde dá para rapelar com uma corda meada de 60 metros. A mesma pode ser usada para segurança na volta. Optamos por dar segurança de baixo, fazendo com que subíssemos de top rope, progredindo pelo cabo de aço. Facilitou e agilizou bastante. Após esse trecho, pega-se uma trilha subindo, até chegar a uma canaleta exposta. Há uma proteção no início e uma bem mais acima, onde é possível montar um corrimão para dar mais segurança. O trecho está bem erodido e está bem exposto. Há uma corda fixa numa raiz. Muito cuidado ao utilizá-la. Acima, pega-se um trecho exposto com lance fácil de escalada, onde tem um grampo para proteção. Dali para o cume são mais alguns metros.

Vídeo de toda subida ao Garrafão

Vídeo de drone no cume Garrafão

Wikiloc - Garrafão

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Relato da Trilha do Garrafão  

Três semanas depois de ter feito a Agulha do Diabo, estava de volta ao Parque Nacional da Serra dos Órgãos. Agora para fazer o Garrafão. Mas a ideia surgiu na semana seguinte a Agulha do Diabo, quando perguntaram qual seria a próxima escalada? Como eu ainda não havia feito, sugeri o Garrafão. Todos aceitaram. Aproveitei para abrir a atividade no Clube Niteroiense de Montanhismo, dando oportunidade para outros amigos também conhecerem a montanha. Convidei, também o Ezequiel (Ziki), depois de o ter encontrado no CEB. Meu irmão e a Marina se juntaram a nós, confirmando somente na sexta-feira, véspera da escalada. Ao todo, éramos 9 montanhistas. Grupo relativamente grande, principalmente se levarmos em conta os trechos técnicos na qual passaríamos, sendo o principal, os 30 metros de ascensão obrigatórios, no colo entre o Garrafão e o Sino, no retorno do cume. Mas como todos eram escaladores experientes, com exceção da Marina, acho que não teríamos problema. E não tivemos!

Trilha do Garrafão


Saímos pontualmente as 5h da manhã de Niterói e chegamos ao PARNASO um pouco mais cedo do que a última vez, sendo o segundo carro da fila. Ficamos ali conversando até dar 7 horas e o parque abrir. Fomos direto para o Centro de Visitantes preencher os termos e de lá seguimos para a área de estacionamento, onde deixamos os carros e seguimos até a barragem, local de início da caminhada, propriamente dita. Estava uma manhã agradável e não fazia tanto frio, comecei a andar apenas com a segunda pele. Havia um grupo grande que também faria o Garrafão. Eles tinham programado de pernoitar no Sino e atacar o cume no dia seguinte, mas como a previsão do tempo era mudança para o dia seguinte, resolveram que iriam hoje mesmo. Mas como estavam com bastante peso para o pernoite, com certeza seriam mais lentos e chegaríamos bem à frente. Ainda encontramos mais um grupo de CNM, guiados pela Ana, que iriam para a Travessia da Neblina. Bom, era hora de começar a andar.

Entramos na trilha do Sino por volta das 7h 50 min. Foi uma subida tranquila. Passamos por alguns grupos que haviam subido primeiro e também encontramos com outros que já estavam descendo do Sino. Fomos num bom bate papo e logo passamos pela Cachoeira do Véu da Noiva. Continuamos a subida, já chegando aos pontos onde era possível ver a cidade de Teresópolis ao fundo. O dia estava firme, prenúncio de uma excelente caminhada. Paramos na entrada da trilha do Paredão Paraguaio, onde fizemos um rápido descanso. Dali seguimos subindo e as 10 horas entramos novamente na Trilha da Pedra do Sino. Até ali, nenhuma novidade. Já havia percorrido esse caminho inúmera vezes. No ritmo que estávamos, nem tinha muito tempo de aproveitar o caminho. Nosso objetivo era chegar logo ao Abrigo 4. A partir dali sim, poderíamos curtir o caminho. Passamos pela entrada da Trilha do Papudo e mais a frente, depois de nos afastarmos um pouco dessa vertente, conseguíamos ver o cume do Papudo ao fundo. Cruzamos um trecho bastante molhado e com 40 minutos de caminhada havíamos chegado ao Abrigo 4, eram 10 h 40 min da manhã. Fizemos o trecho em 2h e 50 minutos, um excelente ritmo. Só tinha uma barraca montada. Aproveitamos para fazer uma parada mais longa. Fiz um lanche reforçado e deixei uma garrafa de isotônico guardada num buraco próximo ao abrigo para a volta, não queria levar peso extra.

Trilha do Garrafão

Abasteci minha garrafa de água e fomos em direção ao cume da Pedra do Sino. Nem percebi a discreta saída e quase perdi a entrada da subida. Rapidamente estávamos aos pés do totem de cimento, que fora reconstruído após ser atingido por um raio alguns anos atrás. Aproveitei para fazer algumas imagens com o drone, o que nos fez ter que fazer mais uma parada rápida. Já podíamos ver o Garrafão ao fundo. Fomos descendo em sua direção e o caminho não muito bem definido. Andar em laje de pedra é muito complicado, mas o dia estava bem aberto e foi mais fácil ver os totens e algumas fitas amarradas nos arbustos. E assim, seguimos serpenteando. Passamos por alguns trechos mais fechados, porém, no geral foi tranquilo essa primeira parte. De longe não dá para perceber, mas assim que fomos nos aproximando do Garrafão, tivemos que atravessar um vale. Do outro lado desse vale, podia ver um grande totem. Deveríamos seguir em sua direção, mas alguns totens e fitas nos distanciavam, forçando-nos a contornar esse vale bem mais para a esquerda. Descemos um longo trecho e passamos por um trecho bem fechado e confuso. A sorte é que era curto. Assim que voltamos a subir, já próximos do totem que havia visto lá de cima, é que pude perceber o motivo de termos que nos distanciar tanto: um trecho bem íngreme e intransponível. Descer em linha reta era impossível. Continuamos a caminhada por esse labirinto, sempre guiados pelos totens.  

Estávamos cada vez mais próximos do Garrafão. A vista impressionava. Daquele ponto, parecia ser impossível alcançar o cume. Nosso objetivo agora era chegar a um buraco, onde desceríamos até chegar ao cabo de aço. Fomos procurando, sempre seguindo pelo caminho mais óbvio até que conseguimos achá-lo. E olha que não muito óbvio assim. Fica meio escondido, numa passagem entre a vegetação. Dali, descemos e entramos numa gruta. Fixamos uma corda e fomos descendo um a um, usando a técnica de chaminé. Rapidamente descemos e começamos a montar o rapel para iniciarmos nossa descida para o colo entre essa vertente do Sino e o Garrafão. Optamos por montar o rapel num grampo mais abaixo, dali conseguimos dobrar a corda e deixá-la meiada, dando exatos trinta metros. Se fossemos usar as chapeletas de cima, talvez precisássemos de uma corda de 70 metros, mas mesmo assim, não posso afirmar que chegaria. Fomos descendo um a um. O trecho estava bem molhado e a rocha é bem lisa. O cabo de aço está em boas condições. O rapel foi bem tranquilo, o maior problema seria para subir. Optamos por deixar duas cordas, assim poderíamos dar segurança de baixo para que pudéssemos subir pelo cabo mais rapidamente.  

Fui um pouco mais para cima, para poder ver de longe a descida. Era um trecho bem bonito. Comentamos sobre a audácia da conquista, pois ali era o caminho mais óbvio para essa descida, sem contar que achar aquele buraco não deve ter sido uma tarefa fácil. Era uma galera a frente do seu tempo. Uma conquista de 1934, que hoje em dia, mesmo com todo equipamento que temos disponível, ainda é um marco para os montanhistas. Assim que todos passaram, iniciamos a subida e o ataque final ao cume. Faltava pouco. Seguimos em direção a uma canaleta bem íngreme. Subimos um trepa pedra e na base desse trecho, uma corda meio velha amarada num arbusto serviria para nosso apoio. Ali era um trecho que merecia uma segurança melhor, mas começamos a subir usando a corda só como um apoio moral. Tem algumas agarras boas na lateral direita na qual davam um bom suporte. Fui subindo, sempre procurando os trechos mais sólidos, até que passei pelo arbusto onde a corda estava amarrada. Dali pra cima, fui caminhando e procurando o acesso ao cume. Vi uma laca apoiada e não tive dúvida de era por ali, era o único caminho possível. Segui subindo e o trecho foi tranquilo, apesar da exposição. Mais alguns metros e estava no cume.

A vista dali era algo impressionante. Como o dia estava aberto e firme, conseguíamos ver boa parte da Baía de Guanabara. Por todos os lados as montanhas despontavam de forma magnífica. De um lado era possível ver o São Pedro, Agulha do Diabo, São João, Santo Antônio, Três Marias, Dedo de Deus, Dedo de Nossa Senhora, Escalavrado, entre muitas outras. Para o outro lado, conseguíamos ver boa parte do caminho da Travessia Petrópolis x Teresópolis. Geralmente estamos lá e a vista que temos para o Garrafão, chama a atenção e vira referência. Há uns meses atrás, tive o prazer de ver o Garrafão por esse ângulo e lembro que na época, a vontade de estar nesse cume fantástico foi grande. Pensei: “Vou subir nessa temporada.” E hoje estava ali vendo e relembrando o caminho que havia feito há uns dois meses atrás. Aproveitei para filmar com o drone e fazer algumas fotos. Assinei o livro de cume e descansei um pouco, o suficiente para o retorno. Dentro da nossa programação, ficaríamos no cume por 30 minutos. E assim que bateu o tempo, iniciamos nosso retorno.

Trilha do Garrafão


Iniciei a descida e cheguei naquele ponto do arbusto onde a corda está amarrada. Desci com bastante cuidado e logo estava na base, auxiliando a descida dos demais. Lentamente, passamos o trecho e seguimos descendo até a base do cabo de aço. Encordoei-me numa ponta de corda e subi utilizando os cabos, sob segurança do meu irmão. Estava bem molhado e o que eu pressenti na descida, se confirmou na subida. Como estava molhado, alguns trechos escorregavam bastante. Tinha que tentar me manter perpendicularmente a rocha, mas isso demandava um esforço maior nos braços. Até que subi bem rápido, pois quanto mais parado ficasse, mais esforço faria. Ao longo da subida, percebi que a corda da segurança estava com um arrasto grande e só fui ver o motivo quando cheguei à parada. As cordas haviam sido passadas em mosquetões que estavam paralelos e um acabava fazendo uma força sobre o outro, gerando um atrito extra e, além disso, a fita na qual esses mosquetões estavam presos ao grampo era curta. Assim que o Luis subiu, pedi para aguardarem e precisei de uns 5 minutos para reorganizar o nosso sistema e otimizar a subida. Com tudo certo, joguei a outra ponta de corda para baixo e aos poucos todos foram subindo. Faltando três subirem, chegou um grupo de Nova Friburgo. Eles aguardaram um pouco até que todos subiram. Dali, seguimos para a gruta, onde tínhamos que voltar por uma corda fixa que havíamos deixado. Fizemos o lance de chaminé e nos reunimos na laje ao lado do buraco. Ali, tiramos o equipamento e organizamos todo o material que não seria mais usado. Aproveitei para comer algo rápido, era 15 h 30 min. O astral do grupo era excelente, faz a diferença a boa companhia. Dali, pudemos acompanhar a entrada de nuvens pesadas. Parecia que a virada do tempo prevista para a noite havia se antecipado. Estava convicto de que choveria em pouco tempo. Com isso, iniciamos rapidamente nosso retorno, ainda passaríamos por alguns trechos de difícil orientação. Em pouco tempo o Garrafão foi tomado por nuvens que se movimentavam numa velocidade absurda.  

E seguimos caminhando. Senti alguns pingos, mas não quis colocar o anorak, na esperança de que não aumentasse. Cruzamos o capinzal e começamos a subir. Nos trechos mais íngremes estava escorregadio, mas ainda conseguíamos progredir com segurança. Se aumentasse a chuva, acho que ficaria mais complicado. Da mesma forma que as nuvens chegaram, elas se dissiparam e em pouco tempo, mais nenhum sinal de chuva e seguindo os totens, atingimos novamente o cume da Pedra do Sino. Eram 16h 18 min, havíamos completado cerca de 75% da nossa atividade. Apesar desse trecho final ser longo, a divisão leva em conta, também o grau de dificuldade. Agora era só descer. Ficamos pouco tempo no cume e seguimos direto para o Abrigo 4. Alguns decidiram descer direto. Eu aproveitei para lanchar e descansar um pouco mais para a descida. Num ritmo constante e automático, segui descendo, dando apenas duas paradas rápidas na bifurcação para entrada da trilha do Paredão Paraguaio e no Véu da Noiva. Assim que a noite caiu, peguei a lanterna e ela não funcionou. Ainda bem que o Ziki me emprestou uma reserva. Cheguei à barragem por volta das 19h 45min e dali, fui direto ao carro. Aos poucos todos foram chegando e aproveitei para pegar o carro e voltar até a Barragem para dar uma carona aos que chegaram por último. Pegamos os carros e seguimos, parando no primeiro Posto, para fazermos um lanche e seguir viagem. Missão cumprida!  

Trilha do Garrafão

Trilha do Garrafão

Trilha do Garrafão

Trilha do Garrafão

Trilha do Garrafão


Trilha do Garrafão

Trilha do Garrafão

Trilha do Garrafão

Trilha do Garrafão

Trilha do Garrafão


Trilha do Garrafão

Trilha do Garrafão

Trilha do Garrafão

Trilha do Garrafão

Trilha do Garrafão

Trilha do Garrafão

Trilha do Garrafão

Trilha do Garrafão

Trilha do Garrafão

Trilha do Garrafão





























terça-feira, 7 de novembro de 2023

Via Aurora Boreal - Costão de Itacoatiara

Por Leandro do Carmo

Via Aurora Boreal

Dia: 18/08/2023
Local: Itacoatiara - PESET
Participantes: Leandro do Carmo, Marcos Lima Velhinho e Sandro Monteiro



Relato



A Aurora Boreal é uma via nova no Costão de Itacoatiara, fica ao lado direito da Luiz Arnaud. Na verdade, ela era a via solo Soluços e Tremedeiras, que agora foi protegida. Resolvi entrar na via e aproveitei que o Velhinho estava indo com o Sandro e perguntei se poderia ir também. Havia marcado uma remada cedo com um amigo em Itaipu, mas acabou furando. Ainda bem que a escalada estava confirmada, senão teria que voltar para casa na saudade...  

Depois de ficar esperando um pouco em Itaipu, pois havia chegado as 5h 30 min, passei na casa do Velhinho e de lá, seguimos para Itacoatiara. Deixamos o termo de risco na portaria e seguimos para a praia, onde iniciamos a subida. Para muitos, a parte mais difícil das escaladas na região. Como já estou acostumado, não tenho mais problemas. Já na base da via, nos arrumamos e repassei as cordas.  

Comecei guiando essa primeira enfiada. Optei por subir puxando as duas cordas, um erro. Os trechos da primeira enfiada foram tranquilos. Ouvi alguns relatos de que havia muita coisa quebrando, mas nem achei tão ruim assim. A via segue com paradas duplas de 30 em 30 metros, mas optei por seguir direto para a próxima dupla, segundo erro. O arrasto estava grande e tive que dar uma esticada a mais na corda para poder chegar à parada. A enfiada foi bem bacana, com lances mais verticais e um grau constante.  

O Velhinho e o Sandro vieram em seguida. Na parada, mudamos a cordada e seguimos em “i”, assim levaria apenas uma corda. Comecei subindo. A via seguia com lances bem variados e constantes, diferentemente da Luiz Arnaud que segue bem fácil na maioria dos lances. Mas segui subindo, parando mais acima. O Velhinho tocou a última enfiada, seguindo até uma parada antes do cume. Subi em seguida e fui direto ao cume, onde puxei os dois.  

Uma ótima escalada!






quinta-feira, 2 de novembro de 2023

Regata de Aniversário do Praia Clube São Francisco

Regata Aniversário do Praia Clube São Francisco

Dia: 05/08/2023
Local: Charitas - Niterói
Participantes: Leandro do Carmo, Alice do Carmo e Lucas Costa

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Arquivos da Regata


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Vídeo

Relato

O mês passou rápido e já estávamos na semana de mais uma regata. Para mim sempre tem alguma coisa nova e dessa vez não seria diferente. A novidade era que nessa regata teria a participação de várias classes, cada uma largando num horário. Como sempre, chegamos cedo ao PREVELA para arrumar os barcos. Na semana anterior, já havia separado todo o material, ficando mais fácil dessa vez. O dia estava meio nublado fazia um pouco de frio. A previsão era um vento mais forte para o horário da Regata. Ajustamos tudo tivemos que fazer alguns ajustes na distribuição das tripulações dos barcos. Com isso, o João acabou indo com o Pepe e a Alice e o Lucas foram comigo. Programamos nossa saída para as 11 horas e muito antes disso já estava com tudo pronto. Aproveitei para fazer um lanche junto com as crianças.



Foi dando a hora e começamos a colocar os barcos na água. O ventou entrou e conseguimos ir velejando até ao Praia Clube. Foi um velejo gostoso. Alice foi timoneando até bem próximo. Como não iríamos atracar no Praia Clube, ficamos dando uns bordos. Foi um espetáculo ver os grandes veleiros em volta. Uma atmosfera diferente. Fiquei um pouco afastado, mas aos poucos fui tomando coragem e me aproximei mais. Aos poucos, as largadas das diferentes classes foram iniciadas. A classe dingue seria a última. O percurso divulgado para essa regata foi o barla-sota, que consite de duas boias alinhadas na direção do vento, além de uma boia de largada. A largada ocorre em uma linha imaginária situada entre a boia de largada e o barco da comissão de regatas. Cada trecho a ser percorrido entre duas boias é chamado de perna. O barla-sota possui apenas pernas de contra-vento e de empopado. Eu não entendi muito bem, então a minha estratégia foi acompanhar os barcos da frente, simples assim.  

Continuei dando uns bordos já perto da linha de largada e assim que tocou o sinal, a bandeira foi levantada, dando o sinal de 1 minuto. Foi hora de me preparar. Largamos um pouco atrás e na empopada seguimos. O vento estava bom e seguimos em direção à primeira boia. Fui pedindo ao Lucas e a Alice para irem ajudando nas tarefas e na organização do barco. As vezes sentavam atrás, as vezes um pouco mais a frente, tudo isso para equilibrar o peso do barco. A primeira boia foi montada e seguimos em direção a próxima. Seguimos velejando com um vento um pouco mais forte até montar novamente a boia perto do barco da Comissão de Regata. Dali, voltamos na empopada. Seguimos bem, até que chegamos a boia e o barco do Pepe ficou atravessado, tive que desviar um pouco para fora. Fazendo o contorno da boia, um outro barco me atrapalhou e tive que manobrar para não ser atingido. Isso me fez perder 3 posições na manobra. O vento havia aumentado e já estava numa direção um pouco diferente. Cacei bem a retranca e a Alice e o Lucas começaram a ajudar a escorar o barco. Foi muito bacana a agilidade dos dois.  

Num determinado momento, o moitão da escota soltou, pois, a argola que prendia o pino havia esgarçado. Fui perdendo velocidade e não tinha muito o que fazer. O Lucas e  Alice procuraram a peça no fundo do barco e não acharam. Enrolei o cabo da escota nos pés e pedi para a Alice ir timoneando. Finalmente consegui achar a peça e recoloquei o moitão no lugar. Perdemos mais duas posições. Voltamos a velejar com uma velocidade considerável e logo cruzamos a linha de chegada. As crianças adoraram a aventura. Dali, seguimos direto para o PREVELA. Mas não foi fácil voltar. Fomos num contravento até conseguir chegar à praia. Missão cumprida!












terça-feira, 31 de outubro de 2023

Escalada na Agulha do Diabo

Por Leandro do Carmo 

A Escalada na Agulha do Diabo

Dia: 22/07/2023
Local: Parque Nacional da Serra dos Órgãos
Participantes: Leandro do Carmo, Michel Cipolatti, Luís Avelar, João Pedro e Thiago Hentzl

Escalada na Agulha do Diabo


Dicas para escalar a Agulha do Diabo  

É uma atividade pesada. Só de caminhada de aproximação, leva-se, em torno de 4 a 5 horas. A caminhada após o Mirante do Inferno é a mais crítica e costuma ficar bem úmida, dificultando bastante, por isso, avalie caso esteja em período chuvoso. Muita gente opta por acampar no Paquequer, numa pequena área antes do Mirante do Inferno (mas deve-se pedir autorização com o Parque), para sair bem cedo no dia seguinte. A escalada em si consiste em lances de entalamento e chaminés. O lance final é feito em cabo de aço. No cume, o espaço é limitado e cabem poucas pessoas. Não é muito comum encontrar grandes grupos escalando, mas há possibilidade. Se for fazer em um dia, comece bem cedo e tenha certeza de que voltará parte do caminho durante a noite.  



Como chegar à Agulha do Diabo  

Na trilha para a Pedra do Sino, logo após a Cota 2000, há uma saída para a esquerda. Essa trilha é conhecida como “Caminho das Orquídeas”. Siga descendo e vire à direita na bifurcação. Seguirá por um longo caminho até chegar ao acampamento Paquequer, um pequeno descampado, onde cabem poucas barracas. Dali, cruzará o rio Paquequer e subirá em direção ao Mirante do Inferno. Pegar uma saída à esquerda, que te levará ao colo entre o Mirante do Inferno e o São João. Descerá à direita, até a base da Agulha e subirá um trecho bem úmido.  

Relato da Escalada à Agulha do Diabo

Quase seis anos se passaram desde a minha primeira ida à Agulha do Diabo. Já estava na hora de voltar nessa espetacular escalada. Assim como os antigos ensinamentos, algumas escaladas seguem a mesma dinâmica: um vai com um que já foi e leva outro que ainda não foi... E assim, a experiência vai se perpetuando. Nos clubes de montanhismo isso ainda é bem forte. E foi desse jeito que essa escalada foi marcada. Conversando com amigos, um sugeriu fazer a Agulha do Diabo e como na roda de conversa, eu era o único que já tinha ido, coube a eu organizar a empreitada. E com o maior prazer. Logo criamos um grupo no WhatsApp e começamos a organizar os detalhes. Primeiro foi decidir o dia. Nem todos puderam ir. No final, formamos um grupo de cinco: eu, Michel, Luís, João e o Thiago. Combinamos de sair às 5h, visto que o horário de abertura do parque é somente às 7h, mas vale a pena chegar um pouco mais cedo e aguardar na fila. Seguimos direto e já tinham alguns carros na fila. Assim que deu 7h, começamos a subir e estacionamos ao lado do Centro de Visitantes para assinar os termos. Já tinha duas cordadas para subir a Agulha, todas comerciais, algo que aumentou consideravelmente nos últimos anos. Depois dos trâmites burocráticos, seguimos para o estacionamento, onde nos preparamos e começamos a caminhar.  

A caminhada

Escalada na Agulha do Diabo
Eram 7 horas e 40 minutos quando iniciamos a caminhada. Fomos direto até a Barragem e entramos na trilha do Sino. Seguimos subindo num bom ritmo. Fomos revezando as cordas, assim não ficaria pesado para ninguém. Demos uma boa esticada, parando somente na entrada da trilha do Paredão Paraguaio, onde aproveitamos para comer algo rápido. Assim que algumas pessoas se aproximaram, iniciamos a caminhada para não atrasar. O caminho que era uma trilha bem discreta, já está bem aberto. Com certeza o volume de pessoas ali aumentou nos últimos tempos. Apesar de mais íngreme e técnico, corta um caminho considerável, principalmente para quem vai em direção à Pedra da Cruz e Mirante do Inferno. Esse é o motivo do aumento do fluxo. Mais acima, passamos pela entrada para a Pedra da Cruz e continuamos subindo até pegar uma saída à esquerda, estávamos entrando no “Caminho das Orquídeas”. O nome foi dado por Salomyth, Minchetti e Thiers, todos montanhistas do CEB, que ao procurarem um novo e mais fácil acesso à Agulha do Diabo, se depararam com uma pedra de bom tamanho coberta de musgo, batizada com nome de "Pedra do Tapete", na qual pendia uma imensidão de orquídeas em flor, daí, resolveram dar o nome do caminho de “Caminho das Orquídeas”.  

Assim que começamos a descer, chegamos a um lajeado e foi possível se deparar com uma vista fantástica. Estávamos de frente para o Mirante do Inferno. Ao lado esquerdo, víamos o São João e parte da cidade de Guapimirim, do lado direito, o São Pedro. Bem mais ao fundo, a ponta da Agulha do Diabo. Esse seria o nosso primeiro contato com ela. O dia aberto e firme dava a certeza de que teríamos uma grande escalada. Fizemos algumas fotos e iniciamos a descida. Era um caminho bem delicado e fiquei impressionado com a degradação nas bordas do caminho. Alguns trechos ficaram bem escorregadios por conta da lama formada, mas com cuidado continuamos descendo. Cruzamos um córrego com bastante lama e foi difícil passar sem molhar o pé. Mas seguimos firmes até chegarmos ao acampamento Paquequer. Ali, encontramos uma das cordadas que estavam à nossa frente e aproveitamos para fazer um lanche reforçado, visto que é um ponto de coleta de água. Descansamos bem e continuamos nossa caminhada. Voltamos a subir e logo pegamos uma discreta saída à esquerda e seguimos em direção ao colo entre o Mirante do Inferno e São João. Foi um trecho na qual não lembrava muito bem, mas segui à frente sem problemas. Já no colo, ponto que antecede a descida para o “Vale da Geladeira”, tivemos o segundo contato coma Agulha, esse sim completo. É uma vista de arrepiar. Difícil de acreditar que em pouco tempo estaríamos naquele cume. Ventava forte, talvez potencializado pelo canal formado entre as montanhas, com isso não foi possível ficar muito tempo ali. Tínhamos que voltar a caminhar. O trecho a seguir era bem delicado, com muita pedra solta.  

Assim que todos chegaram, começamos a descer. Em pouco tempo já estávamos bem abaixo. Num lance o bastão de caminhada do Luís caiu e o peguei. Fui caminhar com ele e depois de uns três passos, escorreguei e minha mão esquerda bateu com força no chão, diretamente nos dedos. Foi uma for forte, mas mexi os dedos e não senti nada fora do lugar, tinha sido só a pancada mesmo. Na hora, com o sangue quente, não foi um problema, mas no dia seguinte que o inchaço foi forte. Acho que o bastão me fez ter a falsa sensação de que estava mais tranquilo e acabei me desconcentrando. Entreguei logo o bastão e voltei a caminhar mais concentrado. Mais abaixo, voltamos a subir num trecho bem molhado. Escorria água por todos os lados e não foi fácil, mais uma vez, percorrer o caminho. Só que agora estávamos subindo. Lembrei que teríamos volta e subida seria descida, assim como a descida, subida. Mas para que sofrer por antecipação? De volta à subida, seguimos passando pelos trechos difíceis até chegar à grutinha, onde tínhamos um lance de chaminé, tendo que passar por um buraco bem apertado, já um aquecimento para os trechos da escalada. Fomos passando um por um e dali até a base, foram poucos metros. Lá, a primeira cordada já estava na via e a segunda, se preparando para subir. Não tinha espaço para todos no pequeno platô, com isso alguns ficaram mais embaixo.  

A escalada  

No platô, nos arrumamos e a segunda cordada que estava na nossa frente ainda demorou um pouco em sair. Estávamos perdendo um tempo precioso. Assim que eles subiram, nos preparamos seguir. Dividimos nossas cordadas assim: Eu, Thiago e Luiz e outra era o João Pedro e o Michel. O João seguiu escalando e o Luís, logo em seguida. A primeira enfiada segue num trecho usando uma canaleta bem à esquerda, ganhando um bloco. Após o João subir, o Michel sentiu um puxão forte na corda e ouvimos um barulho. Na hora, nem percebemos, mas o João tomou uma queda, devido à quebra de um arbusto. O Luís subiu em seguida, dando segurança para mim e o Thiago. Assim que passamos pelo João, vimos que ele tinha machucado o dedo. Ele fez o curativo e seguimos na escalada. Fizemos nossa parada logo após a diagonal. Subi e parei mais acima, antes de um trecho meio de entalamento. O Luís chegou e tocou essa próxima. Subiu e ganhou o friso, fazendo um lance até chegar ao platô, onde subimos eu e o Thiago. Dali seguiu por mais uma horizontal, num trecho exposto até chegar a um platô, onde seguiu andando até a parada que usamos para o rapel na volta. Dali para cima, seguimos andando numa trilha, passando por baixo de alguns blocos, até a base onde fazemos as chaminés.  

Organizamos as cordas e voltamos para a escalada. Cada um foi subindo da sua forma. Dá para ver claramente para onde devemos seguir. Fomos até ao final do corredor, subindo uma chaminé, passando por um buraco e ganhando um bloco. O Luís estava à frente e segui por uma horizontal, dando uma parada num grande bloco entalado, que antecede um lance que dá para artificializar para chegar ao platô. O Michel passou por mim e foi para junto do Luís que subiu e montou uma parada bem na borda do platô. Subi em seguida, indo direto ao platô. Ali organizei novamente a corda para deixar tudo pronto para o “cavalinho”. Fiz um lanche rápido para entrar no trecho final da escalada. Ainda aguardamos a cordada da frente por um tempo considerável. A menina que estava meio travada no lance do cavalinho, quase desistindo por algumas vezes. Depois de bastante tempo, conseguiu passar. O Luís foi em seguida. Entrou no cavalinho e seguiu para dentro da chaminé. O Thiago foi o próximo. Entrou com um pouco de dificuldade, mas passou. Fui o terceiro. Posicionei bem a perna esquerda dentro da fenda e fui passando rapidamente, sem dar muito tempo. Quanto mais demoramos, mais vai cansando. Para entrar na chaminé, ganhei um bico de pedra, mas tive que voltar e mudar a minha mochila de posição. Posicionei-me novamente no bico de pedra e consegui entrar na base da Chaminé da Unha. É bem apertado, não dava nem para movimentar os pés. Na posição que eu estava, fiquei. Só dava para mexer a cabeça lá dentro. O Michel chegou em seguida e se posicionou mais na entrada da chaminé.


Estava frio, mas pelo menos demos sorte de não estar ventando lá dentro. Era hora de subir a Chaminé da Unha. Ela começa bem estreita, mas melhora depois que chegamos num pequeno friso, onde existe uma segunda laca, simplesmente apoiada nessa maior. Como o Luís havia subido primeiro, montou a segurança e nós aguardamos até a cordada de cima ir ao cume. Fui subindo lentamente para dar tempo da cordada subir. Dei uma parada nesse pequeno platô que divide as lacas que formam a unha. O Michel chegou logo em seguida. Ficamos ali durante um tempo, pois não tinha espaço para todos no topo da unha. O Thiago já estava lá e assim que liberou, também subi. Sentei ao lado do Luiz, enquanto e ainda aguardamos um pouco enquanto o pessoal já terminava o rapel. Assim que o caminho foi liberado, pudemos começar a entrar no cabo de aço e começar a fazer cume. O Luís seguiu primeiro. Fui dando segurança e logo ele chegou. O Michel já estava no topo da Unha conosco, enquanto o João subia. O sol já havia ido embora e o vento deixa o fim de tarde bem frio. Minha mão doía e ficar com ela exposta foi duro. Era ficar movimentando, pois ainda tinha o trecho do cabo de aço para passar e fazer força no cabo com mão gelada, gera um certo incômodo, mas era subir ou subir. Era aproximadamente de 16 horas e trinta minutos quando o Luís chegou ao cume. Fui logo em seguida. Já no cume, pude contemplar toda aquela imensidão. Só de pensar que há pouco tempo atrás estava olhando lá de baixo. Aproveitei para fazer algumas fotos e assinar o livro de cume. Aos poucos todos subiram e nos reunimos para a tradicional foto de cume.  

Iniciamos o rapel. Fizemos o primeiro até o topo da Unha e mais um até o platô do Cavalinho. Com muito cuidado descemos até os grampos para o terceiro rapel. O chão estava bem escorregadio. Do platô fizemos um até a base da chaminé e descemos andando até o último rapel. Dali, emendamos duas cordas e fizemos um até a base. O Michel foi o último e optou por parar e fazer mais um rapel, visto que como estávamos com duas cordas, elas poderiam agarrar quando fosse recolhida. Eram 18 horas e 10 minutos quando todos chegaram à base, a escuridão tomou conta. Foi preciso acender as lanternas. Ali, arrumamos tudo e aproveitei para comer algo bem rápido. Começamos a descida e fizemos um rapel curto acima da grutinha, evitando ter que passar por dentro dela. Se já foi difícil na ida, imagina agora? Já estava bem cansado e com tudo molhado e escorregadio, descer parece ser pior. Fomos lentamente e logo começamos a subir em direção ao colo entre o Mirante do Inferno e São João. A subida foi delicada, havia muita pedra solta e sem visibilidade, todo cuidado era pouco. Às 19 horas e 20 minutos já estávamos na trilha do Mirante do Inferno e 25 minutos depois, estávamos descansando no Paquequer. Ali pudemos relaxar um pouco. Foi hora de fazer um lanche reforçado e descansar para o trecho final. Falava uma subida até a bifurcação da Pedra da Cruz e depois só descida. Havia duas pessoas que estavam dormindo no Paquequer, iriam fazer a Agulha no dia seguinte. Uma estratégia diferente. Era hora de voltar a caminhar.  

De volta à trilha, subimos o Caminho das Orquídeas e entramos na trilha que passa na base do Paredão Paraguaio. Agora era só descida. Era só ligar o piloto automático e deixar levar. O bate papo da ida deu espaço ao silêncio total, quebrado somente pelo som da natureza. Não enxergava nada além de uns dois metros a minha frente, bastava apagar a lanterna que a escuridão era total. Caminhamos relativamente próximos, mesmo distantes, conseguíamos ver a luz da lanterna do outro. Sempre com sensação de que o próximo ponto de referência nunca chegava, seguimos descendo e foi um alívio chegar à Cachoeira do Véu da Noiva. Fiz uma parada rápida, hora de recuperar um pouco de energia para o trecho final. Era 22 horas e 17 minutos quando chegamos à Barragem. Dali até o carro foi mais uns 15 minutos. Foi um alívio chegar. Iniciamos a caminhada às 7 horas e 33 minutos e terminamos 15 horas depois. Um belo teste de resistência. Mas ainda não havia acabado, faltava a volta. E voltar dirigindo não foi uma tarefa das mais fáceis. Descemos a serra de Teresópolis e tudo fechado, nem loja de conveniência de Posto de Gasolina funcionando. Por sorte, achamos um posto perto da entrada de Magé. E foi um milagre! Foi só entrarmos que a loja fechou a porta. Mas pelo menos fomos muito bem atendidos, mesmo com os funcionários já querendo ir embora. Foi comer um lanche e beber o um energético para o ânimo e humor voltarem com força, ficando bem mais tranquilo chegar em casa. Deu até para separarmos os equipamentos. Um dia cansativo, mas escalar a Agulha do Diabo é literalmente assim: do inferno ao céu em pouco tempo!

Escalada na Agulha do Diabo

Escalada na Agulha do Diabo

Escalada na Agulha do Diabo

Escalada na Agulha do Diabo

Escalada na Agulha do Diabo

Escalada na Agulha do Diabo

Escalada na Agulha do Diabo

Escalada na Agulha do Diabo

Escalada na Agulha do Diabo

Escalada na Agulha do Diabo

Escalada na Agulha do Diabo

Escalada na Agulha do Diabo

Escalada na Agulha do Diabo

Escalada na Agulha do Diabo

Escalada na Agulha do Diabo

Escalada na Agulha do Diabo

Escalada na Agulha do Diabo

Escalada na Agulha do Diabo

Escalada na Agulha do Diabo

Escalada na Agulha do Diabo

Escalada na Agulha do Diabo

Escalada na Agulha do Diabo

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