quinta-feira, 11 de julho de 2024

Remada no Rio Paraíba do Sul: De Itaocara à São Fidelis

Por Leandro do Carmo

Remada Itaocara x São Fidelis


Remada no Rio Paraíba do Sul: De Itaocara à São Fidelis

Dia: 11/05/2024
Local: Itaocara
Participantes: Leandro do Carmo, Jefferson Figueiredo, Markley Santos e Mateus Leite

Trecho total remado: 52 km
Tempo: 9h 30min

Veja também:


Dicas para remar na região


Trecho feito



Vídeo da Remada Itaocara x São Fidelis


Relato da Remada Itaocara x São Fidelis

Foi em Junho de 2022 que remamos o trecho de "PortoVelho do Cunha x Itaocara", totalizando 56 km. Nossa idéia era fazer um trecho por ano até chegar à barra do Rio Paraíba do Sul, em Atafona. Porém, em 2023, não conseguimos pôr em prática nosso objetivo, mas esse ano saiu. Até que foi meio no susto, cosa do tipo: “Pode na outra semana?”, mas se não for assim, acaba não saindo. Confirmando a data, compramos logo a passagem de ônibus para Itaocara. Agora sim estava marcado!

Aproveitamos que estava uma janela de tempo extremamente favorável, com tempo firme. Fazia calor e o único problema seria o sol forte por volta das 12 horas. Mas dentro d’água podemos nos refrescar a qualquer momento. Na noite de sexta feira, fizemos as compras para o lanche e preparamos todo o equipamento. A logística foi diferente: sairíamos de Itaocara e dessa vez não teria muita correria e nem ter que acordar na madrugada. Marcamos de nos encontrar às 6 horas 30 minutos na sede do Kayak & Sup Club, em Itaocara.

Chegamos lá e na hora de pegar os caiaques, o que iria usar não estava no clube. A solução foi utilizar outro do Markley, não tão apropriado para remadas longas. Mas era isso ou desistir. Como Desistir não estava nos nossos planos, preparamos tudo e colocamos os caiaques na água, já fazendo a foto de partida. Era uma manhã bonita e a Serra da Bolívia nos da um excelente bom dia. A água do rio Paraíba estava exuberante e numa temperatura extremamente agradável, difícil ter condições melhores.

Remada Itaocara x São Fidelis


Era 7 horas e 30 minutos quando iniciamos nossa remada. Aos poucos fomos deslizando pelas águas do Rio Paraíba do Sul rumo ao nosso destino... As águas que no extremo sul do país estão causando tanto desastre, aqui nos proporcionam tanto prazer. É o contraste que a vida nos dá. Seguimos descendo e logo estávamos cruzando a Ponte Ary Parreiras, que liga Itaocara à Aperibé. Seguimos passando por pequenas corredeiras num bom ritmo. Já sentia bastante o caiaque. Mantê-lo no rumo me obrigava a fazer um esforço extra e lá na frente isso cobrou seu preço. Remava sempre um pouco mais atrás, isso para mim até facilita, pois vejo sempre o caminho que eles fazem e sigo com mais calma.

Logo deixamos o centro da cidade e voltamos a remar com poucas construções nas margens, trazendo aquela sensação de estarmos literalmente fora da civilização. Fizemos uma parada rápida e logo voltamos para a água. Mais à frente, entramos num trecho bem fechado com pequenos canais. Difícil para quem nunca passou ali identificar qual seria o melhor caminho. Mesmo já conhecendo, o Markley errou o caminho e tivemos que voltar e pegar um canal mais estreito, passando por diversos galhos que dificultavam um pouco a progressão.

Remada Itaocara x São Fidelis


Seguimos descendo o rio por entre pequenas corredeiras num silencia total, até que ele foi quebrado pelo som de alguns carros, cruzando as estradas que seguem paralelas ao rio. Logo chegamos à Portela, Distrito de Itaocara. As pessoas ainda dormiam e havia pouco movimento. Passamos rapidamente pelo distrito de Portela e começamos a pegar muita água parada. Não estava fácil remar naquele caiaque, mas fui seguindo. De um ponto, o Markley falou: “Olha lá a ponte de Cambuci!”. Juro que fiquei procurando, mas como não via nada, fiquei na minha. Só depois que ele disse que era brincadeira, fazendo isso só para motivar. No alto de um morro, na margem esquerda, dava para ver uma casinha e o Jefferson me disse que era a referência da ponte de Cambuci. Agora sim estava perto.

Ia sempre remando num ritmo mais lento que os outros, mas sempre antes de alguma corredeira alguém me esperava para dar um auxílio, caso necessário, afinal de contas era o menos experiente do grupo. Passamos pela ponte de Cambuci e remamos por trechos com bastante água parada. O calor foi aumentando e a todo momento tinha que jogar uma água na cabeça. Passamos o centro de Cambuci e já estava bem cansado quando fizemos uma parada rápida. O local era bem bonito, assim como inúmeros pelo qual passamos. Aproveitamos para comer algo rápido, nossa parada para almoço seria mais a frente. Aproveitei para trocar caiaque com o Markley. Como o caiaque era dele, talvez ele estivesse mais acostumado. Para mim ficou mais fácil, o caiaque era parecido com o TS, na qual havia remado no trecho Porto Velho do Cunha x Itaocara.

Voltamos para a água e já nas primeiras remadas senti bastante diferença.  Foi um alívio. Mais à frente, comecei a ouvir um barulho forte de água, chegávamos à Cachoeira do Romão. Uma corredeira forte, com grandes ondas que segue numa curva. Jefferson e o Mateus desceram algumas vezes, eu e o Markley optamos por fazer a portagem sobre as pedras e voltar a remar uma pouco mais abaixo. Descemos o final da corredeira e num remanso fizemos nossa parada para o almoço. O local era bem bonito e agradável. Demos uma boa descansada, mas já era hora de voltar a remar. Estávamos mais ou menos na metade do caminho, havíamos remado cerca de 28 km. Lá fundo conseguia ver uma formação rochosa bem bonita. Não sabia exatamente se era naquela direção que iríamos, mas minha intuição dizia que sim e acabei tomando-a como referência.

Remada Itaocara x São Fidelis


Depois de um bom lanche, voltamos para água, ainda tinha muito rio para remar. Continuamos passando por lugares fantásticos. As corredeiras diminuíram de intensidade. Para mim foi até melhor, visto que precisava remar com mais força durante a descida e já estava cansado. Pegamos um braço auxiliar e fizemos uma parada em Pureza, 3º Distrito do município de São Fidelis. Fomos muito bem recebidos por um senhor que morava na beira do rio. Quando perguntamos onde tinha um bar para comprarmos água, ele nos ofereceu várias garrafas de água gelada. Sempre com aquela excelente hospitalidade de cidade do interior. Aproveitei para descansar e confesso que fiquei desanimado quando fiz as contas, pois ainda faltavam cerca de 20 km para o nosso destino.

Continuamos nossa jornada e depois de um longo trecho de água parada, num local paradisíaco, chamei o pessoal para darmos uma parada. Aproveitamos para descansar e rir um pouco. O bom astral dava forças para continuar. Dei uma caminhada até uma laje e fiz um lanche bem próximo água, só sentindo a água bater nos meus pés. O sol estava forte e já estava incomodando. Senti alguns calos na mão esquerda, mas não quis tirar a luva. Estava com medo de que tivesse dado bolhas. Agora era recarregar as baterias e seguir até o final.

Remada Itaocara x São Fidelis


Passamos por diversos pontos de água parada. Para mim era bom, remava tranquilo sem ter que forçar muito nas corredeiras. Já estava bem cansado quando numa corredeira sem grandes dificuldades, o caiaque foi virando e não tive forças para me equilibrar e tombei. Fui para a margem um pouco mais a frente e com ajuda do Mateus, tiramos a água e voltamos para a água. Voltei a remar um pouco desanimado, mas tinha que continuar, estávamos no trecho final. Aquela formação rochosa que havia tomado como referência já estava ficando para trás.

Fomos acompanhando uma linha de trem desativada e isso ajudou a fazer o tempo passar. De longe já era possível ver uma ponte, pelo formato, provavelmente era da estrada de ferro na qual vinha acompanhando. Sinal de que estávamos chegando. Isso me deu forças. Estávamos num trecho bem largo do rio, na qual parecia uma lagoa. Fui remando e percebi que o barulho das águas estava aumentando, sinal de estávamos próximos de uma corredeira. Segui o Jefferson, que foi em direção à margem esquerda. Como sempre, esperei todos descerem e fui em seguida. Fui com bastante cuidado, não podia dar errado. Passamos a última corredeira da remada, conhecida como “Salto”. Passada mais essa, o Markley seguiu com o Mateus para a esquerda e eu fui seguindo o Jefferson que ainda aproveitou uma boa onda e ficou surfando por alguns minutos. Nos reencontramos num areal, logo após a ponte, onde paramos pela última vez. Já estávamos bem próximos. Já estávamos no final do dia e o sol começou a se por. Estava bem bonito. Fizemos uma foto para e seguimos para o ponto onde havíamos combinado o resgate.


Remada Itaocara x São Fidelis

Foram mais uns 2 km até chegar à CEDAE, onde arrumamos um local para subir. Conseguimos colocar os para cima e levamos até o carro, onde amarramos tudo e seguimos de volta à Itaocara.

No total, foram cerca de 52 km, em aproximadamente 10 horas de remada num dia fantástico.


Remada Itaocara x São Fidelis

Remada Itaocara x São Fidelis

Remada Itaocara x São Fidelis

Remada Itaocara x São Fidelis

Remada Itaocara x São Fidelis

Remada Itaocara x São Fidelis

Remada Itaocara x São Fidelis

Remada Itaocara x São Fidelis

Remada Itaocara x São Fidelis

Remada Itaocara x São Fidelis

Remada Itaocara x São Fidelis

Remada Itaocara x São Fidelis

Remada Itaocara x São Fidelis

Remada Itaocara x São Fidelis

Remada Itaocara x São Fidelis

Remada Itaocara x São Fidelis

Remada Itaocara x São Fidelis

Remada Itaocara x São Fidelis

Remada Itaocara x São Fidelis



terça-feira, 9 de julho de 2024

Via Jorge de Castro – Agulhinha da Gávea

Por Leandro do Carmo

Via Jorge de Castro – Agulhinha da Gávea

Via Jorge de Castro


Dia: 13/04/2024
Local: São Conrado – Rio de Janeiro - RJ
Participantes: Leandro do Carmo e Camila Chaves

Vídeo da Via Jorge de Castro


Relato da Via Jorge de Castro

Já fazia um tempo que eu gostaria de conhecer alguma via na Agulhinha da Gávea. Aproveitando o Curso Básico de Escalada do Clube Niteroiense de Montanhismo, havia sugerido de fazer uma aula por lá. Com a ideia aceita, organizamos para que ela fosse a última escalada do curso.

Com o tempo quente, optamos por sair bem cedo de Niterói e assim terminar num horário confortável. Chegamos cedo em São Conrado e de lá subimos a Estrada das Canoas, estacionando próximo ao Mirante das Canoas. Com uma ótima área para estacionamento, esta era a melhor opção, visto que para subir em direção ao estacionamento da Pedra Bonita, era preciso esperar as 8h.

Com todos juntos, seguimos subindo para pegar a trilha. Não é muito óbvio, mas é fácil identificar a entrada. Após passar um trecho da estrada com um elevado, tendo uma mureta à esquerda, segue subindo, acompanhando um muro de pedra à direita. Numa curva para direita, a entrada fica na calçada da esquerda, de quem sobe.

Entramos na trilha e chegamos rápidos até a base. Já tinham algumas cordadas e dava para ver alguns escaladores de longe. Nos preparamos e as cordadas foram dividias. Eu fiz cordada com a Camila. Acabou que todos começaram pela Jorge de Castro. Ricardo emendaria na XV de Novembro, fazendo algumas variantes.

Todos subiram e fomos a última cordada. A primeira cordada segue bem fácil, subindo reto da base e entrando numas fendas, no estilo trepa pedra. A via vai seguindo numa diagonal para direita, até chegar a um platô. Montei a parada e dei segurança para a Camila que chegou rápido. Conseguia ver uma sequência de grampos de uma variante, uma opção interessante. Mas como estava ali pela primeira vez, optei por fazer a via completa.

Descemos andando até a base da segunda enfiada. O Ricardo e o Michel seguiram por uma variante para emendar na XV de Novembro. O Daniel seguiu pela via e fui logo em seguida. Comecei a subir, saindo para direita, entrando no lance do “Rebola”. Já havia ouvido falar do lance, mas passei bem, fazendo um contorno e entrando numa canaleta, fazendo uma diagonal longa para cima. Deu um pouco de arrasto, apesar da costura longo que havia colocado. Achei o trecho bem exposto e quando costurei, percebi que havia pulado um grampo. Continuei subindo até parar num platô bem confortável. Até agora tudo bem e pelo que já havia visto, não teríamos problemas para cima também.

A vista era fantástica. O sol estava ali, mas ainda não incomodava. Percebi que estava com várias picadas de mosquito. Havia várias marquinhas de sangue. O pouco tempo que ficamos lá na base, foi suficiente para o estrago. Saí a terceira enfiada, fazendo uma caminhada com trepa pedras, até parar num platô. A Camila chegou em seguida e me preparei para entrar no crux da via.

Me preparei e avisei para ficar ligada na segurança. Protegi a entrada com um camalot que o Michel havia emprestado. Levei, mas acabei nem usando em lance nenhum para baixo. Posicionei bem o pé e entrei na fenda, num lance de oposição e logo venci o lance, passando bem rápido. Mas acima, montei a parada num grampo acima de um platô bem desconfortável. A Camila chegou em seguida e de lá subiu andando pela trilha. Puxei a corda e enrolei como deu.

O trecho de caminhada começa bem íngreme e escorregadio, por conta da terra solta. Porém foi curto e logo estávamos no cume. Não tínhamos vista. O cume é bem fechado. Aos poucos, todos foram chegando e calmamente fui arrumando o material para a descida. Aproveitei para fazer um lanche e beber uma água.

Já pegando o caminho de volta, pude, enfim, apreciar uma vista fantástica. Agora sim, tinha a sensação de fazer cume. Começamos a descer e ainda paramos para uma bela foto do grupo, com uma visão para a Pedra da Gávea. Seguimos o caminho de volta, chegando ao estacionamento antes da rampa de Vôo da Pedra Bonita. Paramos num local bem agradável e aproveitamos para comprar um lanche e um café. Dali seguimos descendo até o carro, onde comemoramos a grande escalada que fizemos. Um dia bem bonito.

Via Jorge de Castro

Via Jorge de Castro

Via Jorge de Castro

Via Jorge de Castro

Via Jorge de Castro

Via Jorge de Castro

Via Jorge de Castro

Via Jorge de Castro

Via Jorge de Castro

Via Jorge de Castro

Via Jorge de Castro

Via Jorge de Castro

Via Jorge de Castro

Via Jorge de Castro

Via Jorge de Castro




quinta-feira, 4 de julho de 2024

Via Bohemia Gelada/Chaminé Pão-de-Açúcar – CBE 2024

Por Leandro do Carmo

Via Bohemia Gelada/Chaminé Pão-de-Açúcar – CBE 2024

Via Bohemia Gelada/Chaminé Pão-de-Açúcar – CBE 2024


Dia: 07/04/2024
Local: Urca – Rio de Janeiro - RJ
Participantes: Leandro do Carmo, Alberto Porto e Silva Ptizer

Relato

Essa foi a aula de escalada longa do Curso Básico de Escalada do CNM. Optamos por voltar a escalar no Pão-de-Açúcar por representar um ícone da escalada brasileira e além de poder fazer cume numa via bem bonita, uma grande aventura. Saímos cedo de Niterói com o intuito de aliviar o calor que vinha fazendo e conseguir estacionar com tranquilidade na Urca. Já no início da Pista Cláudio Coutinho, nos reunimos e de lá seguimos andando até entrar na trilha. Dali, subimos até a base da Escadinha de Jacó, pois a trilha principal está interditada, devido a um desmoronamento.

Nos equipamos e subimos, seguindo até a base das vias. Repassamos alguns procedimentos e subi para a primeira enfiada. Fui subindo em direção a uma cristaleira em lances bem fáceis até chegar a um ponto onde resolvi montar a parada. Tive que ir sincronizando com a outra cordada para conseguirmos parar em locais confortáveis e um não atrapalhar o outro.

Da nossa primeira parada, subimos até a próxima, passando pelo grande buraco. Há tempos que prefiro passar pela lateral direita dele, evitando passar por dentro. Passei rápido e logo estávamos na segunda parada. A vista impressionava, estava quente, mas pela hora ainda estava tranquilo. Vários barcos cruzando a entrada da Baía de Guanabara. Conseguíamos acompanhar as cordadas que estavam na Heniken.

Já estava há um tempo sem escalar, mas subi bem tranquilo. A via ajudava também. Fazer uma via fácil depois de um tempo sem escalar, dá um pouco mais de segurança. Saí para a terceira enfiada e passei por um trecho bem bonito, várias linhas, como se fossem rasgos na rocha. Montei a parada um pouco para a direita, em um dos grampos da Chaminé Pão-de-Açúcar. A Silvana e o Alberto chegaram logo em seguida.

Era hora de sair para enfiada mais bonita da via. Nesse ponto emendamos na Chaminé Pão-de-Açúcar, até pegar a trilha do Costão. Assim que estava saindo para a quarta enfiada, ouvi um barulho de alguém caindo, com certeza teve uma queda. Parecia em alguma cordada da Heniken. Fiquei olhando, mas como ninguém disse nada, segui escalando. Desviei para a esquerda e longo entrei no trecho vertical. Optei por não costurar uma proteção que fica mais a direita, tendo que dominar uma fenda. Dá um arrasto grande. Porém, o lance fica mais exposto. Mas a quantidade e qualidade de agarras compensa.

Subi com cuidado. Com mãos e pés sempre bem posicionados, fui ganhando altura, até conseguir costurar um grampo, dando mais segurança. Havia passado o pior. Dali para cima, era mais fácil. Entrei na grande canaleta, subindo um pouco mais e resolvi montar a parada onde fosse melhor acompanhar os participante. Não tinha contato visual, mas foi possível gritar para a Silvana e o Alberto, que responderam em seguida, subindo rápidos até a parada.

Dali, já dava para ver o final da via. Faltavam poucos metros para o platô. Na hora que o sol apertou, já estávamos nos aproximando do fim da escalada. Escalei metros finais, dando segurança no platô. Trecho curto onde as vias se encontram, sendo também final para Heniken. Logo em seguida, as outras cordadas começaram a chegar e foi que descobri que o barulho havia sido uma queda do Daniel, mas foi tudo bem, só um pequeno ralado.

Faltava apenas uma cordada, que demorou um pouco devido ao calor. Esperamos no final do trecho de escalada da Trilha do Costão, onde estava uma sombra agradável. Com todos reunidos, seguimos subindo até pararmos para uma foto do grupo na Pedra Filosofal. Mais um pouco de caminhada, estávamos no cume do Pão-de-Açúcar. Agora podia de dizer que a escalada havia acabado. Uma grande escalada num dia maravilhoso.



Via Bohemia Gelada/Chaminé Pão-de-Açúcar – CBE 2024

Via Bohemia Gelada/Chaminé Pão-de-Açúcar – CBE 2024

Via Bohemia Gelada/Chaminé Pão-de-Açúcar – CBE 2024

Via Bohemia Gelada/Chaminé Pão-de-Açúcar – CBE 2024

Via Bohemia Gelada/Chaminé Pão-de-Açúcar – CBE 2024


terça-feira, 2 de julho de 2024

Via Golpe do Cartão

Por Leandro do Carmo

Via Golpe do Cartão – CBE 2024

Via Golpe do Cartão


Dia: 16/03/2024
Local: Itacoatiara – Niterói - RJ
Participantes: Leandro do Carmo, Débora e Vítor

Relato

Fomos para mais uma aula de Curso Básico de Escalada. A aula de hoje era via com rapel e optamos por fazer no Campo Escola Ary Carlos. Marcamos cedo no posto da subida da Serrinha, eram 6h 30min. Ninguém se atrasou e isso foi uma constante para essa turma. Chegando cedo, tudo fica mais fácil. Estávamos numa onda de calor muito forte, estar na parede as 11 horas não seria uma boa ideia. Dali, seguimos de carro até estacionarmos e caminhar até à base das vias.

As cordadas foram divididas para que ninguém repetisse guia e os alunos tivessem a possibilidade de escalar com diversos guias diferentes. Depois da divisão, a minha cordada ficou com a Débora e o Vítor e faríamos a Golpe do Cartão. Já na base, algum inseto picou a Débora, que desenvolveu uma alergia. Arrumamos um anti alérgico e fui buscar próximo a base da via CNM 15. Com tudo arrumado, iniciamos a escalada.

Segui à frente, já passando algumas dicas e rapidamente passei do crux e mais acima, montei a primeira parada. A Débora veio em seguida, escalando bem, chegando à parada sem problemas. Nossa preocupação era ela não se sentir bem, mas foi tranquila. O Vítor também chegou rápido. Repassamos alguns procedimentos e seguimos para a segunda enviada.

Saí guiando e já comecei a sentir o sol esquentando. Aproveitei para acelerar no trecho fácil e rapidamente cheguei ao final da via. Montei a parada e dessa vez, o Vítor veio em segundo. Subiu sem problemas e logo estava na parada. A Débora também subiu rápido. Já na parada, descansamos um pouco e preparamos tudo para os rapéis. Dali, conseguíamos ver duas cordadas na Via Recuperação. Acenamos de longe, fazendo algumas fotos.

O sol estava esquentando, era hora de descer. Utilizamos apenas uma corda para fazer os rapéis, assim teríamos como treinar os procedimentos, rapelando de 30 em 30 metros, aproximadamente. Descemos sem problemas e logo estávamos na base da via. Arrumamos tudo e ficamos aguardando as outras cordadas. O calor foi apertando, mas já estávamos na sombra.

Foi uma manhã quente, mas tranquila. Uma manhã de grandes aprendizados!


Via Golpe do Cartão

Via Golpe do Cartão

Via Golpe do Cartão