terça-feira, 9 de julho de 2024

Via Jorge de Castro – Agulhinha da Gávea

Por Leandro do Carmo

Via Jorge de Castro – Agulhinha da Gávea

Via Jorge de Castro


Dia: 13/04/2024
Local: São Conrado – Rio de Janeiro - RJ
Participantes: Leandro do Carmo e Camila Chaves

Vídeo da Via Jorge de Castro


Relato da Via Jorge de Castro

Já fazia um tempo que eu gostaria de conhecer alguma via na Agulhinha da Gávea. Aproveitando o Curso Básico de Escalada do Clube Niteroiense de Montanhismo, havia sugerido de fazer uma aula por lá. Com a ideia aceita, organizamos para que ela fosse a última escalada do curso.

Com o tempo quente, optamos por sair bem cedo de Niterói e assim terminar num horário confortável. Chegamos cedo em São Conrado e de lá subimos a Estrada das Canoas, estacionando próximo ao Mirante das Canoas. Com uma ótima área para estacionamento, esta era a melhor opção, visto que para subir em direção ao estacionamento da Pedra Bonita, era preciso esperar as 8h.

Com todos juntos, seguimos subindo para pegar a trilha. Não é muito óbvio, mas é fácil identificar a entrada. Após passar um trecho da estrada com um elevado, tendo uma mureta à esquerda, segue subindo, acompanhando um muro de pedra à direita. Numa curva para direita, a entrada fica na calçada da esquerda, de quem sobe.

Entramos na trilha e chegamos rápidos até a base. Já tinham algumas cordadas e dava para ver alguns escaladores de longe. Nos preparamos e as cordadas foram dividias. Eu fiz cordada com a Camila. Acabou que todos começaram pela Jorge de Castro. Ricardo emendaria na XV de Novembro, fazendo algumas variantes.

Todos subiram e fomos a última cordada. A primeira cordada segue bem fácil, subindo reto da base e entrando numas fendas, no estilo trepa pedra. A via vai seguindo numa diagonal para direita, até chegar a um platô. Montei a parada e dei segurança para a Camila que chegou rápido. Conseguia ver uma sequência de grampos de uma variante, uma opção interessante. Mas como estava ali pela primeira vez, optei por fazer a via completa.

Descemos andando até a base da segunda enfiada. O Ricardo e o Michel seguiram por uma variante para emendar na XV de Novembro. O Daniel seguiu pela via e fui logo em seguida. Comecei a subir, saindo para direita, entrando no lance do “Rebola”. Já havia ouvido falar do lance, mas passei bem, fazendo um contorno e entrando numa canaleta, fazendo uma diagonal longa para cima. Deu um pouco de arrasto, apesar da costura longo que havia colocado. Achei o trecho bem exposto e quando costurei, percebi que havia pulado um grampo. Continuei subindo até parar num platô bem confortável. Até agora tudo bem e pelo que já havia visto, não teríamos problemas para cima também.

A vista era fantástica. O sol estava ali, mas ainda não incomodava. Percebi que estava com várias picadas de mosquito. Havia várias marquinhas de sangue. O pouco tempo que ficamos lá na base, foi suficiente para o estrago. Saí a terceira enfiada, fazendo uma caminhada com trepa pedras, até parar num platô. A Camila chegou em seguida e me preparei para entrar no crux da via.

Me preparei e avisei para ficar ligada na segurança. Protegi a entrada com um camalot que o Michel havia emprestado. Levei, mas acabei nem usando em lance nenhum para baixo. Posicionei bem o pé e entrei na fenda, num lance de oposição e logo venci o lance, passando bem rápido. Mas acima, montei a parada num grampo acima de um platô bem desconfortável. A Camila chegou em seguida e de lá subiu andando pela trilha. Puxei a corda e enrolei como deu.

O trecho de caminhada começa bem íngreme e escorregadio, por conta da terra solta. Porém foi curto e logo estávamos no cume. Não tínhamos vista. O cume é bem fechado. Aos poucos, todos foram chegando e calmamente fui arrumando o material para a descida. Aproveitei para fazer um lanche e beber uma água.

Já pegando o caminho de volta, pude, enfim, apreciar uma vista fantástica. Agora sim, tinha a sensação de fazer cume. Começamos a descer e ainda paramos para uma bela foto do grupo, com uma visão para a Pedra da Gávea. Seguimos o caminho de volta, chegando ao estacionamento antes da rampa de Vôo da Pedra Bonita. Paramos num local bem agradável e aproveitamos para comprar um lanche e um café. Dali seguimos descendo até o carro, onde comemoramos a grande escalada que fizemos. Um dia bem bonito.

Via Jorge de Castro

Via Jorge de Castro

Via Jorge de Castro

Via Jorge de Castro

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