segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Remada na Praia de Adão e Eva - Jurujuba, Niterói

Por Leandro do Carmo

Remada na Praia de Adão e Eva - Jurujuba


Local: Praia de Adão e Eva – Jurujuba, Niterói RJ
Dia: 15/11/2012
Participantes: Leandro do Carmo, Leonardo Carmo e Guilherme Belém






Relato

Tínhamos marcado uma escalada. Como choveu durante a semana, ainda não sabíamos se daria para subir. Durante a noite, choveu um pouco, mas assim que acordei, fui olhar o tempo e quase não tinha nuvens! Me empolguei e liguei para o Vítor Pimenta. Confirmei que estava tudo certo. Depois liguei para o Guilherme e o Leonardo. Tudo certo, fui tomar um banho e o café da manhã. Arrumei a mochila e quando fui guardar as coisas no carro, para minha surpresa... Uma chuva fina!!! Inacreditável!!! Em alguns minutos minha escalada tinha ido, literalmente, por água a baixo!!!! Nem acreditava!!! rs

Liguei para o Vítor e cancelei, do jeito que estava, não dava. Foi aí que tive uma idéia: “se está molhado e não dá para escalar, por que não remar?” E foi isso que fiz. Liguei para o Leonardo e ele topou. Liguei par o Guilherme, que também aceitou o convite. Pronto! Alguma coisa tínhamos que fazer... Acordar cedo a toa??? É difícil!

Depois de alguns minutos, Guilherme e Leonardo chegaram lá em casa e começamos a colocar os caiaques em cima do “Jeguinho” (para quem não conhece, esse é o carinhoso nome do fusca! rs). Amarramos dois e o outro foi em cima do carro do Leonardo. Seguimos até Jurujuba e paramos na praia de Adão e Eva. Arrumamos tudo e fomos para a água. Para remar o tempo estava ajudando, não tinha sol. O mar estava super calmo. Seria uma remada bem tranquila.

Saímos da praia e logo tomamos a direção do Morro do Morcego. Dali já dava para ver toda a Fortaleza de Santa Cruz. A água estava extremamente escura, com uma coloração marrom, horrível. Sem contar a sujeira boiando e uma grande quantidade de óleo na superfície. Porém, nada que prejudicasse o passeio.

Contornamos o Morro do Morcego e fomos em direção a uma prainha particular. Quando chegamos lá, tinha uma galera que se aproximava de Stand Up. Conversamos um pouco, deixamos o caiaque e fomos em direção à parede com a intenção de ver se achávamos alguma via naquele local.

Bem próximo a pedreira, à direita, avistamos alguns grampos, mas não dava para ver se ía até o final. Fomos mais para a direita, até que surgiu, do nada, uma velhinha de preto e com um facão na mão. Parecia que tinha surgido do nada. Ela veio em nossa direção, mas ficou bem ao lado, um pouco mais distante. Fomos mais um pouco e depois voltamos.

Quando nos aproximamos da velhinha, ela começou a balançar o facão e dizer que não podíamos andar por ali, só poderíamos ficar na água, pois ali era propriedade particular. Bem, entendemos o recado e fomos embora. Pegamos os caiaques e começamos a remar. Passaram alguns barcos e uma galera numa canoa havaiana. Mais a frente, numa pequena enseada, cercada por algumas pedras, decidi desembarcar. Tinha que ser bem rápido, pois vinham algumas ondas que se pegassem, jogaria o caiaque para cima das pedras. Vi uma pedra, onde decide que seria por ali que subiria.


Amarrei o caiaque com uma corda e avisei ao Guilherme que assim que eu subisse, ele puxaria a corda, para tirar o caiaque de perto das pedras. Me posicionei e assim que a onda diminuiu, subi na pedra e empurrei o caiaque para trás. Foi perfeito o desembarque, rs. Ali era um bom local de apoio.

Já nas pedras, subi em direção a um platô, onde achei uma via. Não sei o nome mas tinha uma linha bem interessante. Mas essa ficará para uma próxima!!!! Depois de explorar o local por alguns minutos, chegou a hora de voltar. Subir no caiaque seria um grande desafio. Na pior das hipóteses, mergulharia e iria nadando. Quando estava me posicionando, o remo caiu da minha mão e foi para o meio da arrebentação. Aí pensei: f.... A sorte foi que a mesma onda que o levou, o trouxe de volta, ficando preso entre algumas pedras. No pequeno intervalo entre uma onda e outra, desci rapidamente o recuperei. Guilherme ainda ficou me zoando... “o cara vai remar e perde o remo!!!!!!” Mas bola pra frente! rs Do mesmo modo que desembarquei, eu embarquei. Assim que as ondas deram um refresco, subi no caiaque e comecei a remar. O Guilherme e o Leonardo, se distanciaram um pouco, enquanto eu tirava algumas fotos do local.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Escalada no Bananal - Itacoatiara

Fotos que tirei de um treino que fizemos no Campo Escola Helmut Heske, no Bananal, em Itacoatiara. Estavam presentes Leandro do Carmo, Guilherme Belém e Paulo Guerra. Entramos na clássica Bromibomdo.


 



 




segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Vídeo da Trilha ao Cabeça de Peixe - Serra dos Órgãos

 
Parque Nacional da Serra dos Órgãos. Foram 3 horas de subida pesada, mas recompensada com uma vista espetacular do Dedo de Deus.

Estavam presentes: Leandro do Carmo, Leonardo Carmo, Guilherme Belém, Leandro Collares e Ary Carlos.







Para mais informações, acesse:

 


domingo, 4 de novembro de 2012

Ampliação do Parque Estadual da Serra da Tiririca

PARQUE ESTADUAL DA SERRA DA TIRIRICA GANHA MAIS 1,2 MIL HECTARES
30/ 10/ 2012


Ao atender antiga reivindicação de moradores e ambientalistas de Niterói, o Governo do Estado ampliou, por decreto, o Parque Estadual da Serra da Tiririca (Peset) em 1.241 hectares. Com a incorporação da Reserva Municipal Darcy Ribeiro, das ilhas Pai, Mãe e Menina e do Morro da Peça, o parque possui a partir de agora área total de 3.568 hectares.

Para reforçar a proteção dessa unidade de conservação, até o final deste ano, 20 guardas-parques passarão a atuar na região e uma Unidade de Policiamento Ambiental (UPAm) será instalada no local.

Com a ampliação do Peset, instituída pelo decreto
foto: Leandro do Carmo
 estadual n° 43.913, que foi publicado no Diário Oficial da segunda-feira 29 de outubro, a estimativa da Secretaria de Estado do Ambiente é que o Município de Niterói receba, em 2014, o dobro do repasse de ICMS Verde de 2013 – que deverá saltar de R$ 1,2 milhão para R$ 2,4 milhões.

Criado em 1993, pela Lei n° 1.901/91, de autoria do deputado estadual Carlos Minc, o parque ficou sem a demarcação final dos seus limites até 2007. Quando Minc assumiu a Secretaria de Estado do Ambiente (SEA), o parque finalmente teve seus limites estabelecidos por decreto. Um ano depois, em 2008, o parque ganharia sua primeira ampliação, passando de 2.076 hectares para 2.327 hectares de área.

A partir da agora, com o novo acréscimo de 1.241 hectares, o Parque Estadual da Serra da Tiririca passa a contar com um total de 3.568 hectares de área protegida (o equivalente a quase 4.000 campos de futebol).

Para que as três novas áreas fossem incorporadas ao parque, foi realizada uma grande consulta pública em Niterói. Diversas sugestões foram acolhidas, como, por exemplo, o regime de cogestão do parque da Tiririca, em parceria com a Prefeitura de Niterói, e a incorporação das ilhas,

proposta pelos pescadores que participaram da reunião.

Para o secretário do Ambiente, Carlos Minc, a ampliação do parque tem papel socioambiental: “Vamos proteger a Mata Atlântica, aumentar a reprodução do pescado e garantir aos pescadores a possiblidade de trabalhar também com turismo ambiental, promovendo visitações às ilhas que agora fazem parte da nova unidade de conservação. E a incorporação da reserva Darcy Ribeiro significa conservar a biodiversidade de uma área importante para o município, mas que foi completamente abandonada pelos governos anteriores, e estava inclusive sujeita a invasões”.

Cerca de R$ 1,5 milhão foi aprovado no Fundo Mata Atlântica para aquisição de equipamentos, como placas de sinalização, e para a reestruturação do Caminho Darwin, uma antiga estrada de ligação entre Niterói e Marica, que corta o parque por quase 2 quilômetros.
foto: Leandro do Carmo
O diretor de Biodiversidade e Áreas Protegidas do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), André Ilha, lembrou que a exuberância da flora e da fauna da região foi descrita pelo naturista inglês Charles Darwin (1809-1882), pai da Teoria da Evolução das Espécies, após visitar a região.

“Em sua passagem pelo Brasil, Darwin ficou encantado com as belezas do local. Este é mais um motivo para preservarmos esta área. Vamos implantar um complexo de uso público, como diversas atrações como escaladas, caminhadas e outros esportes de aventura”, disse Ilha.

No inicio de 2013, o Inea fará uma licitação para que o Parque da Serra da Tiririca conte com serviços concedidos, tais como restaurante panorâmico e arborismo.

fonte: http://www.inea.rj.gov.br/noticias/noticia_dinamica1.asp?id_noticia=1953

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Trilha ao Cabeça de Peixe - Parque Nacional da Serra dos Orgãos

Por Leandro do Carmo

Trilha do Cabeça de Peixe - Parque Nacional da Serra dos Orgãos

Local: Parque Nacional da Serra dos Órgãos
Data: 27/10/2012
Participantes: Leandro do Carmo, Leonardo Carmo, Guilherme Belém, Ary Carlos e Leandro Collares



DICAS:

Duração: 3 h (somente ida)
Nível: Pesada

Comunicar à Administração do Parque
http://www.icmbio.gov.br/parnaserradosorgaos/) qual trilha vai fazer; trilha muito íngreme em todo o percurso; necessidade de corda em alguns lances; exposição em alguns lances; levar corda; rapel facilita em alguns trechos; sem água no caminho; levar protetor solar; o início da trilha começa na santinha, antes do paraíso das plantas.


Histórico


Com cerca de 1680 metros, o pico Cabeça de Peixe está ao lado do Dedo de Deus. Lá do cume, tem-se a impressão de estarmos mais alto que o Dedo, podendo observar a escalada e o rapel pela via Teixeira. Sua conquista ocorreu em 1931, pelo CEB – Centro Excursionista Brasileiro, no período das grandes conquistas, amadurecimento e consolidação do montanhismo brasileiro.


Relato


Fizemos essa subida junto com o CNM – Clube Niteroiense de Montanhismo. Nossa intenção, no começo, era promover uma “invasão” aos quatro cumes do local: Escalavrado; Dedo de Nossa Senhora; Dedo de Deus; e Cabeça de Peixe. Porém, não conseguimos organizar o evento. Mas a vontade de subir qualquer um deles era grande. Conversando com o Ary, resolvemos fazer o Cabeça de Peix,e pois mais algumas pessoas também queriam fazê-lo, aí, uniríamos o útil ao agradável...
Marcamos então para o dia 27/10. Torcemos durante a semana para que o tempo permanecesse bom. O Ary teve até uma conversa com São Pedro, não sei o teor dessa conversa... rs, mas acho que foi boa!!!!

Então, sábado as 06:30, estávamos chegando no ponto de encontro, lá no posto Esso da entrada da João Brasil, onde encontramos o Collares. Algumas pessoas não foram e assim ficamos com um grupo reduzido, porém mais forte. Partimos de carro pelo Rio, pois a estrada de Magé está em péssimas condições e de acordo com o Collares, seria bem melhor. E com certeza foi!!!

Chegamos ao estacionamento no Paraíso das Plantas, por volta das 08:10h. O tempo estava meio encoberto pela neblina, mas a previsão era boa. Nos abastecemos, tiramos algumas fotos e partimos, às 08:30h. Dali até o início da trilha, andamos alguns minutinhos. Na santinha, tinham dois guardas do parque que estavam fazendo uma fiscalização, o que nos surpreendeu, positivamente, é claro. Isso dá mais força ao parque e a preservação para as próximas gerações! Dali, seguimos à esquerda, por cima paredão, viramos a direita, passando por cima do rio, viramos à direita, de novo, até a entrada por uma tela cortada. Daí, é só seguir para a esquerda, e quando encontrar o rio novamente, subir a direita.

A trilha já começa forte. É subida o tempo todo. Começamos num rítimo bom e fomos subindo, sempre conversando e contando histórias... Se foram verdade, não sei... Mas que foram boas, isso sim eu tenho certeza!!!! rs... A trilha era bem óbvia, sem bifurcações. Fomos revezando a corda, assim ninguém carregaria peso sozinho. Parávamos de tempo em tempo, uma pequena pausa para água. O tempo passou rápido e logo estávamos com uma hora de subida. Mais alguns minutos e chegamos numa parte mais aberta. Já dava para ver a beleza do Dedo de Deus. Um outro ângulo, não tão visto quanto os outros. Mais acima uma caminhadinha sobre uma rampa de pedra, e um pequeno lance de aderência, nada de difícil. Continuamos a subida e chegamos a um mirante, onde dava para ver o que faltava e qual seria o caminho a percorrer. O dia estava aberto, já não tinha mais nuvens nem neblina. O sol estava forte. Mas o vento refrescava e dava mais força para continuar a subida.

Dali para cima, começaria a parte mais pesada. A subida foi ficando mais íngreme e por vezes, utilizamos algumas cordas fixadas. Subimos a canaleta até duas pequenas árvores à esquerda, onde viramos, num lance meio exposto e usamos uma fita para ajudar. Tem que ficar atento, pois pode parecer que tem que subir direto até a ponta da pedra bem no alto. Daí, seguimos trilha acima, encostada na pedra.

Mais acima, uma nova fenda, mais corda e continuamos a subida. Em algumas partes, usamos muito o braço nas cordas, alguém sem preparo e experiência, ficaria meio enrolado, talvez nem subisse...

Mais subida e chegamos à primeira parte da “boca do peixe”, contornando-a pela direita e chegamos a uma parte onde precisamos de mais força e técnica. Passamos tranquilos, aí veio mais um lance de corda numa grande fenda. Era uma corda bem fina, não muito confiável. Mais umas pedras e estávamos no cume. Foram 2:56h de exaustiva subida, porém bem recompensada!

A vista é fantástica!!!! Frade, Garrafão, Açú, Dedo de Deus, Dedinhos, Escalavrado, Três Picos, etc. Fotos, fotos e mais fotos... O tempo estava ajudando... Dava para ver tudo. Ficamos lá durante quase uma hora. Lanchamos, descansamos e conversamos muito. Dali, conseguíamos ver um pessoal descendo do Dedo de Deus e um outro grupo no artificial do Dedo de Nossa Senhora. Foi espetacular.  Assinamos o livro de cume e nos preparamos para descer, era 12:20. Geralmente a descida é mais fácil, mas lá é diferente. É muito íngreme e isso dificulta muito, todo cuidado é pouco, para torcer o pé, não custa nada... Mas seguimos tranquilos. Todas aquelas passagens difíceis da subida, repetiríamos na descida, não tinha jeito. No ponto onde termina a calha, e que quebramos para a esquerda na árvore, fizemos um rapel, o que facilitou um pouco. Daí foi só descer...

No caminho escutávamos uns barulhos estranhos, achávamos que eram alguns macacos, mas estavam longe. Quase não encontramos animais durante a trilha, com exceção de uma cobra cipó que cruzou a trilha na minha frente e uma espécie de lagartixa que ficou vigiando a nossa descida, nem se importando com flashes... rs

Já chegando, uma pausa no pequeno rio refrescou o final da trilha. A água estava gelada, mas aliviou bem os pés e o calor. Já na santinha, um banho completo para a volta até o carro. Chegamos no Paraíso das Plantas às 14:50. Até que fomos rápidos... mas para que a pressa... Guardamos as mochilas e fomos até a lanchonete, onde comi o bolinho de aipim com carne seca mais gostoso da minha vida!!!!!


Fotos