Por Leandro do Carmo
Regata Escola de Vela Praiana - Praia Clube São Francisco
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Relato
Essa seria a terceira regata do Ranking . Já estava bem mais a vontade e aquela sensação de “O que eu faço agora?” foi deixada pra trás. Até o Lucas e o João já estavam entendendo melhor o funcionamento das coisas. O João me disse: “Papai, presta atenção na hora da largada”. Até um relógio eu estava usando dessa vez, pois quando o sinal de 1 minuto para a largada fosse dado, eu teria mais noção de quanto tempo eu levaria para cruzar a linha de largada bem posicionado.
Não havia velejado na semana anterior, pois não houve atividades no Prevela, o que nos fez marcar de nos encontrarmos também no sábado, com intuito de arrumar os barcos e dar um treino. O que mais eu precisava era de alguns minutos a mais dentro da água, ou melhor, dentro do barco. No domingo, dia da regata, chegamos mais tarde ao Prevela, era 10h. Começamos a montar os barcos e organizar tudo. Ao todo, éramos 5 Dingues na água. Por volta das 12h 30min saímos velejando em direção ao Praia Clube São Francisco.
Velejamos empopados com um vento constante e rapidamente chegamos à entrada do quebra mar do PCSF. Aproveitei para treinar um pouco mais a largada. Depois de uns 5 bordos, fui para o píer sem aquele medo de 2 meses atrás. Desembarcamos no clube e aproveitamos para um rápido lanche. Estávamos com tudo pronto e esperamos somente a hora de ir para a água.
Assim que os veleiros começaram a ir para a água, chamei o Lucas e o João para que a gente começasse a preparar as coisas. O vento estava mais forte que nas últimas duas regatas. Porém, o trecho inicial dessa regata, estaríamos com um vento contra. Essa primeira boia seria mais complicada. Depois de um tempo na água, escutamos o aviso de 5 minutos e bandeira foi levantada. Assim que ela descesse, faltaria 1 minuto. Aproveitei para dar uns bordos e calcular o tempo entre um ponto qualquer e a linha de largada, entre a torre do PCSF e uma bóia que foi fixada.
Assim que ouvimos o sinal e bandeira desceu, comecei a marcar o tempo no relógio, não me distanciando muito. E quando faltavam 20 segundos, cambei e fui velejando para a linha de largada. Alguns veleiros já estavam à frente. Tocou o sinal da largada. Estava um pouco mais atrás, mas foi bem melhor que das últimas vezes. Não consegui acompanhar o rumo dos que estavam à frente, mas fui seguindo-os a uma certa distância. A partir de um certo ponto, optei por seguir diferente. Ou daria certo e ganharia alguma distância ou continuaria para trás. Fui dando uns bordos no rumo do Naval.
Aproveitei um vento de través, e fui tentando me aproximar mais do Iate Clube Jurujuba. Os outros veleiros estavam mais próximos da bóia. Mas percebi que andavam pouco. Logo o vento parou por aqui também. E como ainda tenho dificuldade com vento fraco, acabei perdendo, novamente, a diferença que havia tirado. Lentamente, montei a bóia e segui velejando. Optei por um rumo diferente, na tentativa de tirar alguma distância. Depois que passou a altura do Morro do Morcego, consegui velejar numa empopada. Os outros barcos se concentraram bem mais longe que o nosso.
Mais um barco veio na minha cola e seguimos mais paralelos à praia. Já chegando à bóia em frente à Praia das Flexas, dois barcos já voltavam, passando por mim. Os outros estavam bem próximos da bóia. Percebi que tinha tirado uma boa distância, mas não o suficiente. Cruzei a bóia e segui voltando. O vento havia aumentado um pouco e estava quase num contra vento. Fui dando uns bordos até estar próximo aos clubes. Já dava para ver a linha de chegada. Faltava pouco.
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