Por Leandro do Carmo
Via Par ou Ímpar?!
Relato
Recebi o convite do Luis para escalar a via na qual ele o João haviam acabado de conquistar. Não pensei duas vezes. Marcamos cedo em Itacoatiara. Eu acabei atrasando um pouco, quando cheguei lá, eles já estavam me esperando. Deixei o carro já na entrada do Parque, pois desceríamos por lá. Já fazia sol há alguns dias, mas o outono é fantástico. O sol já não é tão forte e cedo, chega a ficar um pouco de frio. Com tudo pronto, seguimos andando pela areia e subimos o caminho já próximo da arrebentação. Dali, seguimos paralelo à água até chegar à matinha e de lá seguimos pela trilha. Já fazia um tempo que não escalava naquele setor. Já no meio do caminho, subimos por um trecho recém-aberto até a base da via.
Já na base da via, nos arrumamos e como já estava um tempo sem entrar numa via mais forte, preferi não guiar. Sem contar, que estava levando a esmerilhadeira para retirar duas chapeletas que deram problemas na instalação. Com isso, a guiada ficou para o Luis e o João. Essa seria a primeira repetição completa depois da conquista. O Luis subiu e logo chegou à parada. Subi em seguida. Essa primeira enfiada segue tranquila até quase no final, onde ganha verticalidade, já fazendo um lance bem bacana para ganhar o minúsculo platô, na primeira parada.
Já na primeira parada, aproveitei para retirar a primeira chapeleta ruim e nos preparamos para a segunda enfiada. O João tocou para cima, ou melhor, para o lado. Esse primeiro trecho é uma leve diagonal para a direita, com alguns lances bem delicados. Assim que o João chegou à segunda parada foi minha vez de subir. Saí da parada seguindo para a direita, passando num trecho bem delicado. A mochila pesada deu uma dificultada, mas continuei na diagonal e mais a frente, quando começa a subir novamente, posicionei bem a mão numa agarra que parecia estar bem sólida. Quando coloquei o peso nela e tirei um dos pés, a agarra soltou e dei uma pendulada grande, que foi aumentada pela elasticidade da corda. Desci quase tudo que havia subido com dificuldade. Voltei para a via e segui subindo, passei pelo trecho que havia caído e continuei numa diagonal, agora para a esquerda.
Já mais acima, entrei num buraco raso, onde parei para tirar a segunda chapeleta que havia dado problema na instalação. A outra chapeleta na qual havia me prendido estava um pouco mais para a direita, o que dificultou um pouco, mas deu tudo certo e logo continuei a subida, passando pelo crux da via. A mochila estava pesada, mas aos poucos fui subindo até chegar a segunda parada. Dali para cima, a parede perde inclinação e os lances seguem mais tranquilos. O visual desse ponto surpreende. O dia aberto e as águas verdes e claras da praia de Itacoatiara roubavam a cena. O sol começou a aparecer, mas como estávamos no final e não me preocupei.
Seguimos subindo sem problemas e já no final da via, tiramos o equipamento. Arrumei tudo novamente na mochila e de lá seguimos para o cume do Costão, onde fizemos uma rápida parada para então seguir descendo até a portaria do parque. De lá, fizemos uma parada para o Açaí. Mas antes de ir embora, aproveitamos para dar um pulo no Tibau, em Piratininga, para que eu pudesse mostrar uma falésia com alguns projetos antigos que havia começado com o Ary e o Ivison. Queria dar continuidade. A visita rendeu! O Luis e o João ficaram animados e já combinamos para a semana seguinte. Em breve, teremos novidades!
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