Por Leandro do Carmo
Serra da Bolívia - Aperibé/Itaocara
Dia: 18/09/2022
Local: Itaocara / Aperibé
Participantes: Leandro do Carmo, João do Carmo e Ricardo Bemvindo
Dicas
Existem alguns caminhos para iniciar, mas todos se encontram mais acima. Dependendo de onde se começa, pode passar por 4 trechos mais técnicos. A caminhada é bem exposta ao sol.
Como chegar: https://goo.gl/maps/UmCH11NWtKXuWP7VA
(Caminho a partir da ponte em Itaocara)
Trilha no Wikiloc: https://pt.wikiloc.com/trilhas-trekking/serra-da-bolivia-86730347
Traçado da trilha
Vídeo
Relato
Depois do evento de canoagem, hoje seria o dia de montanha. Acordei cedo. O dia estava ótimo, bem diferente do dia anterior. Da varanda da pousada se tem uma vista privilegiada da Serra da Bolívia. Até cheguei a enviar o convite no grupo do evento, mas ninguém se animou de fazer a caminhada. Só confirmados, tinham eu, Ricardo e o João, meu filho. Tomamos café com calma e seguimos de carro até o início da caminhada, em Aperibé. A Serra da Bolívia fica no município vizinho, mas é só atravessar a ponte.
Estacionamos o carro e começamos a caminhada. Seguimos por um caminho ao lado de uma porteira e seguimos num corredor entre duas cercas até após uma casa. Dali cruzamos a cerca e começamos a subir um pasto. Passamos com cuidado, pois no local há duas cercas elétricas. Nem conferi se estavam ligadas. Continuando a subida, passando agora por um trecho de sombra. O dia estava bem aberto e já fazia bastante calor. A vista estava impressionante e se não fosse uma leve névoa, daria para ver muito mais longe. Mais acima, fizemos uma pausa para beber uma água. O João já havia pedido para parar e eu sempre pedindo para esperar um pouco, até que não deu mais.
Foi só subida até o momento e nem havíamos chegado à metade do caminho. Mais acima, o primeiro trecho técnico. Uma subida pequena. Subi à frente e esperei de cima o João subir. Ele veio rápido, falando bastante, mas subiu tranquilo. Dali para cima, era mais uma subida forte. Algumas vacas ficaram olhando mais para o lado. Ainda bem que eram mansas. Passamos por uma grande árvore e fizemos mais uma parada numa grande rocha, um belo mirante. Já estávamos bem altos e dava para ver umas cabras com filhotes bem no alto. Depois que fui saber que elas eram selvagens e viviam por ali há bastante tempo.
Continuamos a subida e subimos até o próximo trecho, talvez o mais difícil do percurso. Foi justamente ali que havia colocado um grampo para auxiliar a subida. Agora, basta um subir e fixar uma corda. Mas eu não levei nenhuma. Para quem está acostumado nem é tão difícil assim, mas requer atenção. É quase uma fenda e o João subiu à frente. Fui orientando e assim que ele estava um pouco mais acima, fui atrás. Subimos mais um pouco e podíamos ver as cabras bem mais de perto que acabaram se afastando mais, assim que nos aproximamos.
Entramos numa pequena mata até chegar a mais uma parede rochosa. Subimos mais um trecho e lá no alto, o Ricardo pediu para fazermos uma parada para descanso. A vista impressionava. Cruzamos alguns pequenos arbustos até chegar novamente numa picada. Dali, seguimos andando até um falso cume, onde descemos até estar completamente na face oposta na qual vemos de Itaocara. Podemos ver bastante pedras soltas nesse trecho. Dali, subimos por um “trepa pedras”, passando por uma árvore seca até subir em direção ao cume.
O Rio Paraíba do Sul bem ao fundo rouba a cena. Só de pensar que no dia anterior estava descendo seu curso. Parecia um ponto impossível de chegar. Lá de cima temos a noção de como somos pequenos. Descansamos bem até iniciarmos a descida. Fizemos algumas fotos. A descida foi bem rápida e logo estávamos no carro novamente. Voltamos para a pousada e procuramos um lugar para almoçar. Aí, foi descansar e preparar a volta pra casa. Um final de semana fantástico no noroeste fluminense.
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