Por Leandro do Carmo
Como chegar
A portaria da Sede Petrópolis fica no Bairro do Bonfim, em Corrêas, Petrópolis. O acesso terrestre principal é feito pela BR 040, que liga o Rio de Janeiro (RJ) a Juiz de Fora (MG). Do centro de Petrópolis até a portaria, o acesso é através da Estrada União-Indústria, que margeia o Rio Quitandinha. Deve-se tomar o acesso do Distrito de Corrêas.
Para quem vem de Teresópolis o acesso é através da Rodovia BR-393 (Teresópolis-Itaipava). Chegando-se a Itaipava toma-se a direção do Centro de Petrópolis até o Distrito de Corrêas.
A partir de Corrêas, deve-se seguir as indicações do Bairro Bonfim. O acesso é feito por estrada de terra e trechos ruins de asfalto e paralelepípedo. A portaria do parque é a última construção na área mais alta do bairro.
De ônibus a melhor opção a partir do Centro de Petrópolis é tomar um ônibus para o Terminal de Corrêas. De lá existem duas linhas que atendem ao Bonfim - a linha 611 (Bonfim) que tem ponto final a cerca de 1 Km da portaria e a linha 616 (Pinheiral) que chega mais perto, até a Escola Rural do Bonfim.
Dicas
Dá para fazer a trilha em bate volta, porém é necessário consultar o limite de horário para entrada. Se optar por pernoitar no Açú, pode entrar até mais tarde. Existem 3 pontos de acampamento no local. O abrigo estava fechado e deve reabrir em breve, consulte a disponibilidade. Existe água e banheiro no local.
Relato
Já fazia um tempo que eu queria pernoitar nos Castelos do Açú novamente. Chegue a ir duas vezes nesse ano: uma fazendo um bate e volta e outra, na Travessia Petrópolis x Teresópolis. Aproveitei que teria que dar uma aula de camping selvagem no Curso Básico de Montanhismo do Clube Niteroiense de Montanhismo e cogitei a possibilidade de fazer lá. Todos gostaram da idéia e assim o fizemos. Combinamos os detalhes na semana. Para me ajudar nessa, convidei a Andréa Vivas, que prontamente aceitou. Além de nós dois, foram a Renata, Elizandra, André, Eduardo e o Hebert.
Marcamos de sair às 5h. Estávamos em dois carros e combinamos de tomar café da manhã na padaria de Corrêas. A viagem foi bem tranquila. A previsão era de tempo bom, com alguma possibilidade de chuva ao final do dia. Os dias anteriores à viagem, não haviam sido tão bons, mas melhorou na hora certa. Tomamos um bom café da manhã e aproveitei para garantir um bom lanche para o almoço, pedindo um sanduíche de queijo, presunto e ovo frito para a viagem. Com o café da manhã tomado e almoço garantido, seguimos para a entrada do parque. Entramos no Vale do Bomfim e paramos o carro num estacionamento. Dali seguimos para a portaria.
Preenchemos os termos e fizemos nossa tradicional foto de saída. Começamos a caminhada. Fomos num ritmo bem cadenciado para aquecer o corpo. Acabamos seguindo em dois grupos e a nossa primeira parada seria na bifurcação para o Véu da Noiva. Andamos bem e logo chegamos no nosso primeiro ponto de encontro. Fizemos uma pausa conforme combinado e logo seguimos andando novamente. A subida para a Pedra do Queijo era o próximo desafio. Estava quente. Então, optamos por subir mais devagar. Passei pela entrada do Morro e Cachoeira do Alicate. No caminho, um belo Jacú nos acompanhou durante um tempo, até sumir completamente na mata. Demos uma parada rápida num belo mirante. A vista para o Vale do Bomfim estava bem bonita. Dali para a Pedra do Queijo foi rápido. Lá, fizemos mais uma parada. Descansamos e optamos por um lanche rápido.
Os próximos metros seriam bem quentes. Esse trecho é bem exposto ao sol. Devagar subimos, até que começamos a descer novamente. Dali até o Ajax é uma boa pernada. Subimos novamente chegamos ao nosso terceiro ponto de parada. Ali, reabastecemos os cantis e fizemos nosso almoço. Olhando para cima, podíamos ver o alto da Izabeloca, nosso próximo objetivo. Antes que a preguiça aumentasse, dei o chamado para voltarmos a caminhar. Ajudei a Renata a melhorar a regulagem da mochila e iniciamos a subida da Izabeloca. Esse trecho já foi pior, mas depois de um manejo, há uns anos atrás, a subida ficou mais suave. Algumas nuvens aliviavam o sol. Até que a subida foi rápida. Nos reunimos no alto do chapadão. Ventava um pouco e não dava para ficar parado. Com todos reunidos, iniciamos nosso último trecho. Dali só pararíamos nos Castelos do Açú.
O trecho do chapadão está bem marcado, mas em alguns pontos pode gerar um pouco de dúvida, principalmente se tiver com o visual comprometido. Mas como o tempo está bem aberto, foi bem tranquilo. Seguimos andando num sobe e desce bem mais suave que as subidas anteriores. Depois de alguns minutos andando, já era possível ver o cruzeiro no alto do Açú. Era o sinal de que estávamos bem próximos do fim. Após contorná-lo, já podia ver os Castelos do Açú ao fundo. Faltava pouco.
Já quase chegando, o abrigueiro veio ao nosso encontro. Perguntei se podíamos acampar no Camping Sul dos Castelos. Ele disse que estava liberado. Apesar de estar mais longe do abrigo e, consequentemente, longe do banheiro e da água, lá é bem isolado, uma sensação maior de camping selvagem. Seguimos até lá. Procurei um bom local para armar a barraca e deixei minhas coisas lá. Fui direto ao banho para aproveitar o corpo quente. A água estava fria como sempre, mas suportável. Tomei um banho rápido, o que fez o ânimo melhorar rapidamente. Voltei ao camping e fui armar a barraca e descansar um pouco.
Ventava um pouco e fazia frio. Minha maior preocupação era o vento aumentar e ficarmos mais exposto. Fiz uma conferência nas barracas para ver se todas estavam bem montadas. Não podíamos ter surpresas durante a noite. Havia possibilidade de chuva. Arrumei algumas pedras e fiz um pequeno cercado para ajudar a abrigar o fogareiro e assim conseguir esquentar a água para preparar a janta. O tempo foi dando uma fechada e chegou a garoar. Fui para dentro da barraca e esperei um pouco. Ficamos conversando, mas logo o cansaço falou mais forte. Fui dormir cedo.
Acordei cedo. Ainda dentro da barraca, fiquei torcendo para que o tempo estivesse bom. Durante a madrugada, ouvi alguns barulhos na barraca, parecendo chuva. Mas logo que saí, percebi que havia sido o vento. O dia estava ótimo. Ainda estava frio, mas os primeiros raios de sol deram uma esquentada. Tomei café. Aos poucos todos foram levantando. Tomamos café da manhã. Deixei as coisas organizadas e fomos dar uma caminhada no entorno. Fomos até uns belos mirantes bem de frente para a Baía da Guanabara. Fizemos várias fotos e voltamos para desarmar acampamento.
Com tudo arrumado, demos a última volta entorno dos Castelos do Açú e começamos nosso caminho de volta. Seguimos até o alto da Izabeloca e daí, descemos até o Ajax, onde fizemos uma parada. Descansamos bem e seguimos descendo. Já após a Pedra do Queijo, a Elizandra começou a sentir o joelho e foi com bastante dificuldade. Demos outra parada na bifurcação para a Cachoeira do Véu da Noiva e dali, fomos até a portaria. Como já estava na hora do almoço, aproveitamos para uma parada no Tourinho, um restaurante com comida a lenha. Excelente pedida para fechar a atividade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Comente aqui.