quarta-feira, 7 de agosto de 2019

Via Safenado - Pedra das Sebastianas

Por Leandro do Carmo

Local: Teresópolis
Dia:15/06/2019
Participantes: Leandro do Carmo, Marcelo Correa, Mazinho e Guilherme Gregory

Como chegar à Pedra das Sebastianas

Ponto de início da trilha: https://goo.gl/maps/wBsnPb7fWDQTzz6v5

Vídeo da Via Safenado - Pedra das Sebastianas

Dicas da Via Safenado

A via é um misto de aderências e micro agarras. Uma via bem exposta em algumas enfiadas. Segue numa aderência até a segunda parada, na base de uma diedro cego em arco para a direita. Depois sobe num lance bem bonito, onde se protege com móvel. Nesse ponto, deve-se usar fitas longas e é indicado descer de baldinho e retirar as costuras para diminuir o arrasto, seguindo por um trecho em aderência e bem protegido, se comparado ao restante da via. A quarta enfiada é em aderência e micro agarras, com o último trecho bem exposto. Daí, segue para o A0, recentemente livrado pelo escalador Fabio Salomão e sugerido VIIIa. Na penúltima enfiada, o lance mais bonito da via, um trecho bem vertical, protegido em móvel. Dali até o final, segue sem grandes problemas.

Relato da Via Safenado - Pedra das Sebastianas


A região dos Dois Bicos ainda não conhecia. Quando vi o convite do Marcelo Correa, aceitei prontamente. Já havia visto fotos do local e com certeza seria uma bela escalada! Saímos cedo de Niterói. Ainda estava escuro e nossa programação era encontrar os amigos do CET às 7:30, em um posto na estrada Terê x Fri. Chegamos com pontualidade, eram 7:24.Tomamos um café reforçado no posto Mix e de lá seguimos em direção ao Vale dos Frades.

Chegamos rápido e estacionamos os carros próximos à entrada da Fazenda Quinta do Pinhal. De lá, começamos nossa caminhada até a base da via. Já podíamos ver os Dois Bicos bem à frente e Pedra das Sebastianas, nosso objetivo, a sua direita. Caminhamos por uma estradinha de terra que corta o pasto. Parecia rápido, mas é uma pernada boa... Em um trecho da estradinha, saímos à direita e começamos a subir o pasto em direção a base da via. Num determinado ponto, nos dividimos. Um grupo foi para a via Castelo de Cartas e o outro, para a via Safenado.

O dia estava bem aberto. Uma bela manhã. Na base da via, estávamos eu, Guilherme Gregory, Marcelo Correa e o Mazinho, um dos conquistadores da via. Nos arrumamos e o Guilherme saiu para a primeira cordada. Enquanto ele subia, aproveitei para filmar com o drone. O Marcelo seguiu nessa primeira enfiada e fui logo em seguida. Essa primeira enfiada foi de aderência e micro agarras. Foram duas proteções até a parada. Um aquecimento para as próximas...

A segunda enfiada foi mais curta. Paramos antes de um diedro meio cego. De baixo, parecia perfeito, mas a mão não entra muito. Ainda bem que são lances mais tranquilos. O Mazinho seguiu no lance e protegeu pouco, pulando algumas proteções.  O Marcelo guiou mais uma. Segui para a direita até chegar numa parte vertical, num lance bem bacana. Com uma peça protegendo o lance, passei sem dificuldades, até entrar numa aderência bem forte, porém, bem mais protegida que nos lances anteriores.

Já na terceira parada, foi hora de guiar a próxima... Minha mão esquerda ainda não estava muito boa, mas arrisquei assim mesmo. Comecei a subida levemente para a direita e depois voltei para a linha da via. São apenas dois grampos nessa enfiada de 60 metros. Na subida, ouvi o Marcelo dizer para não ir em direção ao buraco, pois depois deveria seguir para a direita, mas não era eu que estava indo... Era a via que estava me jogando!!!  Não deu outra, parei no buraco e tive que atravessar para a direita. Só que o grampo de cima estava bem acima, o de baixo, bem abaixo... Foquei na subida e fui de pé em pé até chegar à parada. O Marcelo chegou logo depois.

Na quinta enfiada, tínhamos o A0, onde o Mazinho deixou as costuras já posicionadas, o que nos ajudou a subir rapidamente. Mais uma guiada do Marcelo. Subi em seguida limpando a via. Fizemos nossa quinta parada. Ali observamos o crux da via. Uma passagem bem ao lado de um teto, num lance bem vertical, protegido por duas peças bem no alto. A vista para o vale e as montanhas ao redor, como o Cabritos, Branca de Neve, Dois Bicos, Pico Maior, Pico Médio, Capacete, entre outros, era uma coisa fantástica.

O Marcelo seguiu no lance e fui logo em seguida, passando pelo crux. Na nossa sexta parada, ficamos conversando um pouco e o Mazinho nos contou sobre como batizaram a via. Ele nos disse que conquistou a via alguns meses após uma cirurgia no coração. O nome da via acabou ficando “Safenado”. Ainda comentei: “Depois dessa via, não precisou nem voltar no médico para revisão. A cirurgia foi um sucesso!”

Após algum tempo conversando, nos preparamos para o rapel e descemos até a base, onde caminhamos até o carro... Uma excelente via, num local fantástico!

Vídeo de Drone

















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