Por Leandro do Carmo
Relato da Via Reino Mágico - Pedra Dubois
Mais uma via a convite do Marcelo Correa... Que por sinal,
tem mandado muito bem nas escolhas!!!! O destino dessa vez foi a pequena cidade
de Santa Maria Madalena, no interior do Rio de Janeiro. Ficamos hospedados na
Colônia de Férias da ASPERJ, sendo muito bem recebidos pela Dona Rosália, bem
no centro da cidade.
Saímos cedo de Niterói, a viagem até lá levou cerca de 4
horas. Chegamos por volta das 8 horas da manhã e só tivemos tempo de chegar à
pousada, deixar as coisas e seguir para a base da via. No caminho, encontramos
o Maurinho, que já nos esperava, pois havia ficado em uma outra pousada. Com todos
reunidos, nos dirigimos para a base da via. Estacionamos o carro próximo a uma
casa e descemos para atravessar um córrego e começar a subir. Levamos um bom
tempo para vencer o trecho. O mato estava bem alto e soltava uma foligem que
nos deixou completamente marrons!
Uma subida que cansou... Subimos uns 600 metros bem
rápidos... Fizemos mais uma pausa para o lanche, porque agora iríamos até o
cume! O dia estava bem agradável. O sol não estava muito forte e o vento
soprava fraco. Depois de comer alguma coisa, saímos para o resto da escalada. O
Marcelo foi na frente, em seguida, o Maurinho. O Blanco tocou a próxima e me
deu segue até a parada. Essa enfiada foi bem tranquila e logo estava na 10ª
parada.
A próxima enfiada foi mais puxada, já era bem mais vertical
e um lance bem delicado. Mas devagar fomos subindo. O Blanco guiou novamente.
Guiei a 12ª enfiada. Fui para a esquerda e costurei um grampo um pouco longe. O
Maurinho havia subido direto. Optei por costurar, mas isso deu um arrasto
grande na corda. Com um lance mais delicado, subi e cheguei na parada. Aí de
segurança ao Blanco que chegou em seguida. A vista impressionada. Dali
conseguia ver até a Pedra da Bolívia, em Itaocara.
Uma pequena pausa para uma água e vamos pra cima, pois ainda
faltavam duas enfiadas. O Blanco saiu para guiar a 13ª enfiada. Acabou não
vendo uma chapeleta e tocou numa linha mais delicada e com a rocha bem suja. De
vagar ele subiu e logo estava na 14ª parada. Foi minha vez de subir e a via
continuava nas mesmas características: agarrinhas e lances em aderência. Estávamos
subindo rápido e logo estaríamos no cume. Mas faltava a última enfiada, mais
uma daquelas boas...
O Blanco guiou novamente, tocando bem rápido até a parada e
logo em seguida, subi. Fui subindo, já vendo a cordada do Marcelo e Maurinho
tocando para a última. Dei um gás até chegar ao Blanco e de lá, como já estava
com as costuras no rack, segui sem parar até a última parada, onde já estavam o
Maurinho e Marcelo. Enquanto subia, ouvia o Ivison pedindo as coordenadas para
achar onde nós estávamos. Ele havia feito cume pela trilha. Não é tão simples
achar o final da via a partir do cume. Não há trilha definida.
Assim que cheguei na parada, passei pelo Maurinho e Marcelo
e continuei a subida até uma área mais aberta, uns 50 metros depois dos últimos
grampos, ponto onde deveria de estar o livro de cume. Poucos minutos depois,
estávamos todos reunidos. O Ivison e o Sandro, que haviam feito cume pela
trilha, também estavam ali nos esperando. Logo depois eles subiram até o cume
para encontrar quem ficou lá em cima esperando.
Depois de algum tempo arrumando as coisas, começamos a subir
por um vara mato até o cume, onde a galera nos esperava com um bom café, feito
pelo Ivison. Para ainda para tirar algumas fotos e iniciamos a descida. Ela
segue bem forte por um costão e no colo, entre o Dubois e o cume secundário,
pensei que fosse continuar descendo, mas havia uma subida... Olhei para ela e
pensei como seria bom se pudesse quebrar para a direita... Mas a subida nem foi
tão ruim assim e logo começamos a descer forte. Imaginei a subida... Em pouco
tempo estávamos já no pasto, vendo a bonita Fazenda Diboá. Deu para ver um
pouco do pôr-do-sol e de lá seguimos até o carro. Um dia cansativo, porém espetacular! Missão cumprida.
Filmagem do Drone
Filmagem do Drone
Parabéns
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