Por Leandro do Carmo
Projeto Limpando Nossa Praia - Um mergulho consciente!!!
Local: Praia de Itaipu
Dia 20/09/2014
Participantes: Leandro do Carmo, João Paulo Neto, Leonardo Carmo, Renato Rubis e Angelo Cordeiro
Relato
A ideia de fazer um mergulho para limpar o fundo já era um
projeto antigo. Sempre esbarrei na falta de participantes. Conversando com o
Felipe Queiroz do Parque Estadual da Serra da Tiririca, fiquei sabendo que teria
um evento de limpeza na praia de Itaipú. Fiz alguns contatos e logo arrumei um
voluntário, o João Paulo. Ele ficou bastante entusiasmado com a idéia e logo
nos organizamos. Fizemos vários convites, mas no final das contas, estávamos em
apenas três para o mergulho. Pouca
gente, mas o suficiente para efetuarmos o trabalho.
Com tudo certo, fui procurar alguém para ficar no apoio com
os caiaques. Meu medo era ficar muito vulnerável com o movimento das
embarcações na superfície. Assim falei com meu tio, o Renato e meu irmão
Leonardo, que logo aceitaram o convite. Assim estávamos com a equipe completa.
No dia do evento, o João Paulo foi pegar as garrafas alugada
em Jurujuba. Eu, meu irmão e meu tio, chegamos cedo em Itaipu, pois nosso medo
era não conseguir um bom lugar para estacionar e ter que carregar o equipamento
por uma distância maior. Ficamos bem localizados e assim que estacionamos o
carro, fomos retirando os caiaques de cima do carro, deixando tudo pronto. Algum
tempo depois, o pessoal do Parque Estadual da Serra da Tiririca – PESET chegou
e montou o stand que receberia os voluntários.
Fui até a praia, onde outro grupo também organizava atividades,
inclusive uma de mergulho. Ali estava a maior concentração de pessoas. Voltei e
meu irmão e meu tio foram para a água dar uma remada enquanto eu aguardava o
João Paulo.
Nesse meio tempo, o João Paulo me ligou dizendo que tinha
que esperar encher as garrafas, pois as que tínhamos alugado, foram levadas por
outra pessoa. Paciência. . . Era preciso
20 minutos para encher uma. Como havíamos alugado 3, teríamos um atraso de 1
hora. Não tinha outra maneira a não ser esperar. Depois de algum tempo, dei uma ligada para o João Paulo que
falou que já estava no estacionamento. Fui até lá, peguei os últimos
equipamentos e levamos tudo para a areia. Já tinha bastante gente quando
chegamos. Algumas pessoas já haviam começado a coleta de lixo na praia.
Com tudo pronto, decidimos que começaríamos o mergulho numa
pequena enseada e seguiríamos batendo o fundo até um determinado ponto mais a
frente. Levamos tudo para a água e fomos
colocando em cima do caiaque. O meu ficou super lotado: duas garrafas com
colete, cintos de lastro, roupa, nadadeira e mais algumas coisas. Meu tio levou
algumas coisas e o meu irmão, como tem um caiaque fechado, teve que rebocar uma
garrafa com um colete, o que deu um arrasto forte. O João Paulo e o Ângelo
seguiram pela areia e foram caminhando até o nosso ponto de saída.
Fui remando até lá e vi que o mar estava um pouco mexido.
Mas ali era raso e daria para desembarcar o equipamento. Não estava muito confortável,
mas foi o que deu. Tinha muito ouriço no fundo de pedras, o que nos rendeu
alguns espinhos no pé. Rapidamente nos arrumamos e seguimos até um ponto mais tranquilo.
Ali, combinamos que o Leonardo e o Renato nos acompanhariam durante o mergulho,
dando o apoio necessário. Faríamos 30 minutos de mergulho, subiríamos até a superfície
e programaríamos o próximo.
Assim fizemos. Descemos e fomos seguindo. A visibilidade não
era das piores. Já nesse começo, retiramos alguns plásticos e mais a frente vimos
uma âncora, que marcamos o local para voltar um outro dia. Mais a frente,
retiramos alguns cabos e redes e fizemos nossa primeira subida à superfície. Deixamos
nos caiaques o material recolhido e
voltamos para o fundo.
Continuamos nosso mergulho e mais a frente, retiramos mais
rede e cabos enroscados, que por sinal é o que mais tem no local. Deu muito
trabalho, pois estava bem preso entre os corais e tínhamos que cortar os cabos
e ir dividindo em pedaços menores, para facilitar a retirada. Soltei também, um
grande pote de plástico que estava preso e um grande pedaço de rede.
Quando estávamos com uns 40 minutos de mergulho, subimos e
decidimos ir voltando devagar. Na volta, encontramos um barco que nos avisou
que havia uma grande rede bem abaixo deles e que não estavam conseguindo
tirá-la. Descemos e analisamos o local. Vi que ela estava agarrada em duas
grandes garatéias e enroladas em cabos. Vi que para tirá-la, precisaria
cortá-los. Assim começamos. Cortamos alguns cabos e fomos puxando e, devagar, a
rede foi soltando. O problema agora era conseguir trazê-la para a superfície.
Eu, João Paulo e o Angêlo seguramos nos cabos e começamos a subir. Fizemos
muita força, mas conseguimos chegar à superfície. Tivemos ajuda do barqueiro
Léo, onde conseguimos colocá-la em cima do barco, finalizando com sucesso o
resgate.
Como essa subida foi bem cansativa, aceitamos a carona do
Léo até a praia. No caminho ouvimos alguém pedir ajuda, eram dois mergulhadores
que tinham achado uma tampa de fogão, mas que pelo peso, não estavam
conseguindo subir com ela. Arrumamos um cabo no barco e o João Paulo desceu e
amarrou a tampa e cortou alguns cabos que a prendiam, assim, do barco,
conseguimos puxá-la. Com mais esse inusitado lixo, ouvimos mais dois
mergulhadores chamarem Um deles, era o Sérgio Schueler avisando que acharam um
triciclo. Chegamos perto, puxamos o cabo e colocamo-lo dentro do barco. Agora
sim estávamos pronto para voltar.
Chegamos à praia e tinha tanto lixo que foi preciso colocar
o barco na areia para retirar tudo. Algumas pessoas ajudaram e assim ficou mais
fácil. Levamos tudo para um local reservado na praia, onde alguns biólogos
faziam a separação e retiravam alguns seres marinhos que estavam presos na rede
e nos cabos.
Missão cumprida!!! Pousamos para a foto junto com o nosso
troféu!!! Valeu pessoal e que essa seja a primeira de muitas!!!! Até a próxima!!!!
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