Por Leandro do Carmo
Escalada na Via Paredão Fogo do Inferno - Córrego dos Colibris
ATENÇÃO: ESSA VIA FOI DESEPUIPADAEM 2019
Local: Córrego dos Colibris / Parque Estadual da Serra da Tiririca
Data: 23/08/2014
Participantes: Leandro do Carmo e Stephanie Maia
Data: 23/08/2014
Participantes: Leandro do Carmo e Stephanie Maia
Via Paredão Fogo do Inferno – 3º IVsup E2 D2 - Croqui
Dicas: Para acessar a
base da via, seguir a trilha do Córrego dos Colibris, quando chegar
a uma cisterna de cimento, seguir para a direita, depois virar para a
esquerda. Seguir reto até uma grande árvore a sua esquerda, após,
seguir para a esquerda pegando um leito de seco de um córrego. Em um
determinado ponto verá a parede. A base da via é difícil de
encontrar, pois precisa-se subir um costão com bastante vegetação
e bromélias. Não consegui achar o primeiro grampo. Rapel
obrigatório pela própria via.
Pela quantidade de vegetação que tem na base, é uma via que não recomendo.
Relato
Continuando com o
projeto de escalar as vias do Córrego dos Colibris para o trabalho
de mestrado da Stephanie, marcamos de fazer a Paredão Fogo do
Inferno. Foi a primeira via a ser conquistada no local. Nunca tinha
ido na base dela, sabia que tinha muita vegetação no começo. Mas
como tínhamos que fazê-la... Nossa idéia era começar bem cedo e
tentar fazer a Fogo do Inferno e a Mabele Reis no mesmo dia. Mas não
foi tão fácil assim...
Saímos por volta das
06:00 h da manhã e seguimos até Itaipú. Estacionamos o carro e já
saímos arrumados para a base da via, na minha idéia ganharíamos
tempo. Cruzamos a cisterna de cimento, a grande figueira e segui até
quase a base da via Aline Garcia e Chuva de Guias, onde seguimos por
um discreto caminho, muito fechado. Mais tarde saberia que não era o
melhor. Era um costão com muita vegetação. Seguimos subindo, com
um pouco de dificuldade até chegar a um local mais confortável.
Quando demos uma relaxada, vi que estava faltando alguma coisa: a
corda!!! Deixei a corda dentro do carro. Voltei rapidinho para
pegá-la, enquanto a Stephanie fazia algumas fotos.
Consegui voltar por um
caminho melhor do qual havíamos feito. Fui e voltei literalmente
voando! Já havíamos perdido tempo de mais. Continuamos subindo para
ver se encontrávamos o grampo. Procuramos durante um bom tempo e
finalmente achei uma sequência de 3 grampos. Ali, nos encordamos e
eu segui escalando. Foi difícil continuar. A vegetação aumentou
mais ainda, o que dificultou bastante a subida. Optei por seguir por
uma linha bem óbvia e sem bromélias, uma passada difícil e bem
suja, e nada. Nenhum sinal de grampos. Subi mais um pouco e nada,
avaliei seguir numa horizontal, mas se tivesse que desescalar,
ficaria mais complicado.
Voltei dali, até um
pouco mais abaixo e tentei o caminho mais fechado. Já estava
pensando até em desistir... Mas missão dada, tem que ser
cumprida!!!! Foi quando encontrei uma parada dupla. Mais acima tinha
outro grampo. Acho que agora havia encontrado! Montei a parada ali e
a Stephanie veio, pulando as bromélias com um maior cuidado. Ainda
falei: Tudo pela ciência!!! Vi que o lance era bem vertical e pelo
que havia visto no croqui, seria o crux da via. Estava bem sujo.
Nenhum sinal de frequência. Mas já estava ali e teria que seguir!
Perdemos bastante tempo
e já tínhamos a certeza de que não daria para fazer as duas vias.
Comecei literalmente a escalada. O grampo está um pouquinho alto e a
queda ali, iria direto à base. Ainda falei para a Stephanie ficar um
pouco mais para o lado, poi se eu caísse, iria direto em cima dela.
Mas segui sem problemas. Dali para cima a via já ficava como as
outras do local. Fui seguindo até a dupla de grampos, onde montei a
parada. A Stephanie veio logo em seguida. Ainda comentamos o quanto
essa via causa impacto na vegetação. Dali, dava para ver os grampos
da via Mabele Reis, a nossa próxima investida.
Subi novamente, agora sempre vendo os grampos seguintes. Sem querer pulei um grampo, que só foi visto pela Stephanie quando ela subiu. Contornei um pequeno platô de vegetação e montei a parada. O sol deu uma esquentada. Aproveitei para acelerar mais um pouco. Estava torcendo para ter uma sombra no final via... Cheguei lá e nada de sombra, só o sol forte. Pelo menos era uma parada confortável. Ficamos ali durante um tempo. Aproveitamos para fazer um lanche.
Subi novamente, agora sempre vendo os grampos seguintes. Sem querer pulei um grampo, que só foi visto pela Stephanie quando ela subiu. Contornei um pequeno platô de vegetação e montei a parada. O sol deu uma esquentada. Aproveitei para acelerar mais um pouco. Estava torcendo para ter uma sombra no final via... Cheguei lá e nada de sombra, só o sol forte. Pelo menos era uma parada confortável. Ficamos ali durante um tempo. Aproveitamos para fazer um lanche.
Começamos a descida
pois o rapel era obrigatório. Até que fomos rápidos e chegamos até
a primeira parada dupla da via, naquele mar de bromélias. Dali, para
evitar ao máximo o impacto na vegetação, resolvemos descer
andando. Devagar passamos pela área mais fechada e seguimos descendo
pelos grampos. Nem o utilizamos, fomos devagar por um pequeno diedro
que tem no começo. Andar ali era muito desconfortável. Mas
conseguimos chegar até a base. Não foi por onde começamos, mas foi
por um caminho melhor.
Sem dúvida a pior via
do setor. Valia a pena até uma avaliação para verificarmos a
possibilidade de desequipagem. Pois por possuir as mesmas
características das outras vias do setor e por causar grande impacto
na vegetação, acho que ninguém sairia perdendo! Fica como
sugestão.
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