Pico do Peito do Pombo – Sana,
Macaé- RJ.
Participantes: Leonardo Carmo,
Stephanie Maia, Cadu, Alexandre Rockert, e Rafael (carinha parente do Highlander)
Iniciamos a trilha as 9:20. O
início aparentemente é bem tranqüilo. Depois de uns 10 minutos a trilha começa
a ficar bem úmida, com uma espécie de lama, mas não chega a ser um atoleiro.
O caminho é bem marcado nesse
ponto, não tem erro.
As 10:24 chegamos na primeira
porteira. Nesse momento encontramos um maluco que estava descalço, sem
lanterna, sem comida e água dizendo que ira fazer a trilha também.
Seguimos todos juntos.
As 10:38 chegamos na segunda
porteira.
As 10:46 chegamos na terceira
porteira.
As 10:54 chagamos na parte do
rio. Não tema mais ponte. A travessia tem que ser feita passando pela água ou
pulando as pedras. Em tempo chuvoso é complicado de passar. A Stephanie parece que vai pelas pedras mas corajosamente voltou, triou as meias e bota e passou pela água gelada.
Após atravessar o rio, passamos
pela quarta porteira. Nesse ponto é preciso ter atenção, pois tem vários
caminhos de “boi” que podem induzir ao erro. É uma área de pasto morro acima.
Como a orientação que tínhamos
não era precisa, resolvemos que a Stephanie, Alexandre e o Cadu ficassem esperando
enquanto eu procurava o caminho certo. O carinha que encontramos no caminho também
subiu comigo. Depois de tocar uns bois e vacas, subir e descer o pasto feito um
deles, encontrei o caminho e continuamos a trilha.
Depois de um tempinho, chegamos
no setor da mata fechada por volta de 12:00. Paramos pra beber uma água e
encher os reservatórios.
Dali em diante a trilha fica
pesada. Bem hardcore. Um bom preparo físico nesse momento faz a diferença.
Quase no final da trilha você tem
que optar em contornar a pedra para a direita ou esquerda. Pra esquerda o caminho
é bem mais curto, porém um pouquinho exposto. Pela direita é mais protegido. Alguns
lances com auxílio de corda fixa, mas da pra fazer sem também. Uns 5 minutinhos
andando você se depara com o impressionante e intrigante Peito do Pombo.
As 13:49 chegamos no final da
trilha.
Ficamos descansando, tirando
fotos, conversando, dormindo, delirando até as 15:06 quando resolvemos descer.
Como já sabíamos que pegaríamos
noite no caminho, deixamos as lanternas preparadas.
Depois de alguns escorregões, risadas,
dores no joelho, etc, paramos para captar mais água.
Nesse momento, o carinha que
estava com a gente, descalço, sem comida e lanterna, disse que tinha acabado de
sofrer uma cirurgia. Tinha tirado um rim e parte do outro. O cara era
literalmente parente do Highlander.
Depois de uma boa conversa continuamos a
descida. No caminho encontramos um pé de limão galego. Na verdade parecia um pé mutante. O limão parecia uma tangerina. A Stephanie, já alucinada, falava sem parar: pega pra colocar na cachaça... pega pra colocar na cachaça... Como não da pra contrariar mulher, desci com o Cadu até o pé mutante e fizemos a colheita.
Sobe
pasto, desce pasto... desce pasto....
desce mais pasto... até que chegamos no setor da travessia do rio. Paramos para
lanchar, beber água e conversar mais um pouco. A água estava bem gelada e o nosso amigo Rafael, parente do Highlander, amarradão com as pernas dentro da água. Dali em diante já caminhamos no
escuro. O Cadu estava doido pra estrear a sua lanterna. Ele caminhou durante todo o período noturno iluminando as copas das árvores e o mato. Mas com a sua habilidade de pesquisador não encontrou nada, exceto um cavalo que pastava meio doidão já no final da trilha. O Alexandre, as vezes me assustava rsrs. Ele ficava pra trás e dava umas corridas. Ele falava que era pra forçar menos os joelhos na descida. O parente do Highlander descalço, sem lanterna e já sofrendo de hipoclicemia continuava andando sem reclamar. A Stephanie resmungava mas não parava. Eu queria fazer toda a parte noturna sem lanterna. Comecei bem. Andei boa parte assim até que eu escuto um assovio. Eu estava fechando a fila e a Stephanie na minha frente. O Alexandre e o parente do Highlander estavam mais na frente puxando a fila e o Cadu "caçador de sombras" estava mais próximo a eles. Continuamos andando e novamente escutei o assovio só que um pouco mais perto. Como a Stephanie não falou nada, fiquei queto. Quando escutei pela terceira vez pedi para que ela parasse e pegasse a minha lanterna na minha mochila. Parecia cena de filme de terror. O assovio chegando mais perto e ela não conseguia abrir a minha mochila. De repente aparece um coroinha num cavalo branco. A Stephanie disse que era um burro, não o coroinha mas o animal que estava com ele. Sem saber o que fazer a Stephanie teve a brilhante ideia de perguntar sobre o resultado do jogo Brasil x Chile. O coroinha ficou quase um minuto falando que tinha sido 1 x 1. Resumindo depois de vários minutos ele voltou a falar em 1 x 1 mas que o Brasil tinha vencido nos pênaltis. Acho que ele já tinha bebido algum "suco de cana ardente" pois falou que ia deixar o seu cavalo/burro na grama alta relaxando e que talvez não voltasse pra casa no mesmo dia. Bom, sei que da mesma que forma que ele apareceu ele sumiu. A partir daí resolvi ignorar a minha visão noturna e liguei a lanterna.
Depois disso, as 19:03 chegamos na base (início da trilha). Todos estavam bem e já perguntando quando seria a próxima atividade mas na verdade todos queriam beber uma gelada.
Depois disso, as 19:03 chegamos na base (início da trilha). Todos estavam bem e já perguntando quando seria a próxima atividade mas na verdade todos queriam beber uma gelada.
Para
finalizar, paramos em um bistrô onde degustamos um caldo verde com pimenta,
caldo de abóbora, espaguete e uma boa e desejada cerveja.
Vai a dica: assim que atravessar o rio e passar pela porteira, siga
em frente em direção a uma árvore bem grande. Por ser uma árvore grande, ela
vai se destacar. Pegue o caminho de “boi” que passa bem ao lado dessa árvore e comece
a subir o pasto. Do lado direito tem uma cerca. Se oriente por ela também. No
alto do pasto, também do lado direito, tem um pequeno bambuzal. Chegue até ele.
Nesse ponto você pode optar por passar pro lado de lá da cerca por uma espécie
de porteira aberta ou continuar subindo. Passando pro lado de lá ou não terá
que ir beirando a cerca. Chegando no alto do pasto, terá uma abertura na cerca,
mas não tem porteira. Passe por ali e
comece a descer. Nesse ponto você já vai avistar a mata fechada e o Peito do
Pombo. Escolha um caminho de “boi” rumo
à entrada da mata. Qualquer caminho levará pra lá. É meio instintivo. Na
entrada da mata tem uma espécie de porteira, mas ela não abre. Tem que passar
por uma abertura lateral. Cuidado pra mochila não rasgar na cerca.
Nesse ponto tem praticamente o
último ponto de captação de água. Tem um outro mais acima só que se for em
época de estiagem a captação pode ser difícil.
Agora é só subir até o Peito do
Pombo. Não tem erro.
Pra quem vai escalar é bom ficar ligado. No primeiro grampo já tem um mosquetão em péssima condição de uso. Os grampos também não estão lá essas coisas.
Pra quem vai escalar é bom ficar ligado. No primeiro grampo já tem um mosquetão em péssima condição de uso. Os grampos também não estão lá essas coisas.
Outra dica, bem no início da trilha
tem um estacionamento. R$ 10,00 o dia todo. Vale deixar o carro ali.
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