sábado, 21 de junho de 2014

Escalada na Via Paredão Estela Vulcanis

Por Leandro do Carmo

Escalada na Via Paredão Estela Vulcanis

Local: Córrego dos Colibris / Parque Estadual da Serra da Tiririca
Data: 04/05/2014
Participantes: Leandro do Carmo e Stephanie Maia

Via Estela Vulcanis
Via Paredão Estela Vulcanis 2° Vsup E2 D1 160 m

Dicas: Para acessar a base da via, seguir a trilha do Córrego dos Colibris, quando chegar a uma cisterna de cimento, seguir para a direita, depois vira para a esquerda, Seguirá reto até uma grande árvore a sua esquerda, continuará um pouco e depois cruzará uma grande raiz de árvore, seguindo para direita, passará por um sistema de captação de água antigo e seguirá subindo para a direita. A via é a primeira da direita para a esquerda. Fica bem ao lado do começo da Chuva de Guias e Aline Garcia. A via toda é muito fácil, ficando até chato, o crux fica bem no final, um lance vertical de agarras, bem protegido. Em um trecho, na terceira enfiada, tem que passar por entre as bromélias, ficando difícil visualizar os grampos.  Necessário 5 costuras. Rapel obrigatório pela própria via.

Relato

Seria minha primeira vez nas vias do Córrego dos Colibris. Não havia tido oportunidade para escalar no local e ela não estava na minha lista de prioridades. Mas  há pouco tempo ingressou um bióloga no Clube Niteroiense de Montanhismo, com um trabalho de mestrado em curso, na qual, iria estudar o impacto da escalada em costões rochosos. Ela precisava escalar as vias do local, para fotografar e colher informações necessárias para conclusão de seu trabalho. Como não tinha companhia, aceitei essa “difícil” tarefa!!!!

Sugeri começarmos pela Estela Vulcanis, uma via fácil, com o crux somente no final e a menor do local. Assim seria perfeito para podermos ver ritmo que teríamos nas próximas. Marcamos num sábado a tarde, depois do almoço. O sol já não estava tão forte como no começo do ano. Sorte, pois nessa face da montanha, ele bate durante o dia inteiro. Chegamos no começo da trilha e seguimos até a cisterna de cimento, e seguimos até a base. Não tinha tanta certeza de estava na base correta. Ainda fui um pouco mais adiante, mas o caminho esta muito fechado, então concluí que estava no caminho certo!

Via Estela Vulcanis
Os mosquitos atacaram. Por pouco não me carregaram! Tinha tanto, que se você simplesmente batesse na perna, sem olhar, mataria uns 5!!!! Subi um pouco do costão e me arrumei lá em cima. Tinha mosquito, mas não tanto quanto lá em baixo. Depois de prontos, ela subiu até onde eu estava para montar a segurança. Combinamos que iria subir até a parada, onde ela viria, parando sempre que necessário para suas fotos e observações.

Comecei a escalar e na primeira enfiada, a via segue um costão com alguns pontos de escalaminhada. Os grampos estão bem visíveis. Cheguei a uma dupla de grampos e montei a parada. A Stephanie veio logo em seguida e logo chegou. Me preparei, e segui para mais uma. A segunda parte da via, é muito parecida com a primeira, porém um pouco mais difícil, mas nada que ultrapasse o 3º grau. Evitei alguns cactos, contornando pelo lado de fora da linha da via e cheguei num ponto onde montei a segunda parada.

Na segunda parada, aproveitamos para tomar uma água e tirar algumas fotos. Segui em frente e chegou num ponto onde não tinha mais grampos, somente bromélias. Fiquei olhando e não dava para ver a linha da via ou outros grampos. Pensei: “Só pode ser por aqui, passando pelo meio dessas bromélias!” Então passei, seguindo meu instinto. E não é que estava certo! Depois de algumas passadas, quando olhei um pouco para baixo, lá estava o grampo. Tinha tanta vegetação em volta que passei em o vi. Voltei um pouco e o costurei. Segui escalando e a via foi abrindo novamente, ficando com menos vegetação. Mais uma parada e faltavam apenas mais alguns lances para o final.

Via Estela Vulcanis
Segui, costurei um grampo logo acima e com uma passada, meio no equilíbrio, consegui apoio para o pé, um pouco precário, mas o suficiente para projetar meu corpo para cima, onde costurei o próximo grampo. Mais duas passadas e venci o lance. Não continuei até a parada dupla, desci de baldinho e voltei até o platô, onde a Stephanie veio e fizemos ali nossa parada final. Aproveitei para lanchar e tomar uma água. Ainda ficamos um tempo lá em cima. Já era hora de voltar.

Nos preparamos e começamos a série de rapéis. Tivemos bastante cuidado na hora do rapel, pois tinha muitas bromélias e cactos em volta. Já na base, não tinha tanto mosquito quanto na nossa chegada. Mas o pouco que tinha, incomodava. Nos arrumamos rápidos e seguimos o caminho de volta.

Até a próxima.

Via Estela Vulcanis

Via Estela Vulcanis

Via Estela Vulcanis


Via Estela Vulcanis

Via Estela Vulcanis

Via Estela Vulcanis

Via Estela Vulcanis

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