Por Leandro do Carmo
Escalada na Via Paredão Estela Vulcanis
Local: Córrego dos Colibris / Parque Estadual da Serra da Tiririca
Data: 04/05/2014
Participantes: Leandro do Carmo e Stephanie Maia
Dicas: Para acessar a base da via, seguir a trilha do
Córrego dos Colibris, quando chegar a uma cisterna de cimento, seguir para a
direita, depois vira para a esquerda, Seguirá reto até uma grande árvore a sua
esquerda, continuará um pouco e depois cruzará uma grande raiz de árvore,
seguindo para direita, passará por um sistema de captação de água antigo e
seguirá subindo para a direita. A via é a primeira da direita para a esquerda.
Fica bem ao lado do começo da Chuva de Guias e Aline Garcia. A via toda é muito
fácil, ficando até chato, o crux fica bem no final, um lance vertical de
agarras, bem protegido. Em um trecho, na terceira enfiada, tem que passar por
entre as bromélias, ficando difícil visualizar os grampos. Necessário 5 costuras. Rapel obrigatório pela
própria via.
Relato
Seria minha primeira vez nas vias do Córrego dos Colibris.
Não havia tido oportunidade para escalar no local e ela não estava na minha
lista de prioridades. Mas há pouco tempo
ingressou um bióloga no Clube Niteroiense de Montanhismo, com um trabalho de
mestrado em curso, na qual, iria estudar o impacto da escalada em costões rochosos.
Ela precisava escalar as vias do local, para fotografar e colher informações
necessárias para conclusão de seu trabalho. Como não tinha companhia, aceitei
essa “difícil” tarefa!!!!
Sugeri começarmos pela Estela Vulcanis, uma via fácil, com o
crux somente no final e a menor do local. Assim seria perfeito para podermos
ver ritmo que teríamos nas próximas. Marcamos num sábado a tarde, depois do
almoço. O sol já não estava tão forte como no começo do ano. Sorte, pois nessa
face da montanha, ele bate durante o dia inteiro. Chegamos no começo da trilha
e seguimos até a cisterna de cimento, e seguimos até a base. Não tinha tanta
certeza de estava na base correta. Ainda fui um pouco mais adiante, mas o
caminho esta muito fechado, então concluí que estava no caminho certo!
Os mosquitos atacaram. Por pouco não me carregaram! Tinha
tanto, que se você simplesmente batesse na perna, sem olhar, mataria uns 5!!!!
Subi um pouco do costão e me arrumei lá em cima. Tinha mosquito, mas não tanto
quanto lá em baixo. Depois de prontos, ela subiu até onde eu estava para montar
a segurança. Combinamos que iria subir até a parada, onde ela viria, parando
sempre que necessário para suas fotos e observações.
Comecei a escalar e na primeira enfiada, a via segue um
costão com alguns pontos de escalaminhada. Os grampos estão bem visíveis.
Cheguei a uma dupla de grampos e montei a parada. A Stephanie veio logo em
seguida e logo chegou. Me preparei, e segui para mais uma. A segunda parte da
via, é muito parecida com a primeira, porém um pouco mais difícil, mas nada que
ultrapasse o 3º grau. Evitei alguns cactos, contornando pelo lado de fora da
linha da via e cheguei num ponto onde montei a segunda parada.
Na segunda parada, aproveitamos para tomar uma água e tirar
algumas fotos. Segui em frente e chegou num ponto onde não tinha mais grampos,
somente bromélias. Fiquei olhando e não dava para ver a linha da via ou outros
grampos. Pensei: “Só pode ser por aqui, passando pelo meio dessas bromélias!”
Então passei, seguindo meu instinto. E não é que estava certo! Depois de
algumas passadas, quando olhei um pouco para baixo, lá estava o grampo. Tinha
tanta vegetação em volta que passei em o vi. Voltei um pouco e o costurei.
Segui escalando e a via foi abrindo novamente, ficando com menos vegetação.
Mais uma parada e faltavam apenas mais alguns lances para o final.
Segui, costurei um grampo logo acima e com uma passada, meio
no equilíbrio, consegui apoio para o pé, um pouco precário, mas o suficiente
para projetar meu corpo para cima, onde costurei o próximo grampo. Mais duas
passadas e venci o lance. Não continuei até a parada dupla, desci de baldinho e
voltei até o platô, onde a Stephanie veio e fizemos ali nossa parada final.
Aproveitei para lanchar e tomar uma água. Ainda ficamos um tempo lá em cima. Já
era hora de voltar.
Nos preparamos e começamos a série de rapéis. Tivemos
bastante cuidado na hora do rapel, pois tinha muitas bromélias e cactos em
volta. Já na base, não tinha tanto mosquito quanto na nossa chegada. Mas o
pouco que tinha, incomodava. Nos arrumamos rápidos e seguimos o caminho de
volta.
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