terça-feira, 13 de agosto de 2013

Dedo de Nossa Senhora

Por Leandro do Carmo

Dedo de Nossa Senhora


Local: Guapimirim / Parque Nacional da Serra dos Órgãos
Data: 05/08/2013
Participantes: Leandro do Carmo, Guilherme Belém, Marcos Oliveira, Ary Carlos, Paulo Guerra, Emerson Mondego, Sandro Damásio, Rana Santos e Vinícius Guilherme.



















Dicas: Caminha pesada até a base; artificial fixo em grampos e cabo de aço; água só no começo da trilha; bate sol no artificial; levar luva para os cabos de aço; grupos grandes podem demorar muito no artificial; levar lanterna e anorak.


Relato

Depois de e-mails e mensagens no Face e algumas tentativas de marcar alguma escalada com o Sandro, conseguimos uma data e uma aventura: o Dedo de Nossa Senhora!!! Foi difícil colocar o PitBull Aventura e o Born To Be Wild juntos... Mas dessa vez saiu!!!!!

O grupo estava grande e nem recomendaria subir com tanta gente assim, mas a galera é boa, todo mundo escala bem, com exceção do Emerson... Tinha certeza que não teríamos problemas com o tempo. Marcamos cedo, às 07 horas, no Paraíso das Plantas, ponto de encontro para quem vai escalar na região. Atrasamos um pouco e quando chegamos lá, o Sandro, Rana e o Vinícius já estavam nos esperando... Já peço até desculpas pelo atraso!!!!! O meu medo era chegar tarde e já ter outro grupo grande na frente, o que atrasaria muito! Não deu outra. Assim que chegamos, havia um outro de grupo de 10 pessoas que tinha acabado de chegar, também para fazer o Dedo de Nossa Senhora. Rapidamente pegamos nossas coisas e seguimos para o nosso destino.

Descemos a estrada até o início da trilha e começamos a subir. A subida começa forte. A trilha é bem íngreme e até o corpo acostumar, demora um pouco. Com o pessoal animado, o tempo foi passando que nem percebi. O caminho é bem legal, por vezes cruzamos o leito de um rio seco e passamos por um pequeno riacho, onde podemos pegar água. Mais acima, no colo entre o Dedo de Deus e o Dedo de Nossa Senhora, a trilha segue para a esquerda até o primeiro lance de artificial.

Quando chegamos na base, vimos os dois grampos e já pensamos em como fazê-lo. Colocamos um estribo no primeiro grampo e ainda utilizamos uma raiz à direita como apoio. Depois dali, seguimos uma trilha à direita até uma calha com alguns grampos, também para artificial. Aos poucos todos foram subindo. Segui na frente até essa calha. Pensei que fosse tranquilo subir sem as fitas. Tentei entalar o corpo, mas a mochila atrapalhou. Pedi então umas fitas para ir ajudando e fui subindo com um pouco de dificuldade. Mais acima, uma pequena trilha, até que chegamos a grande parede com o artificial em grampos.

Depois que todos estávamos reunidos, na base, o Guilherme logo resolveu que iria guiar. O alto astral e as histórias da galera até me fez esquecer do calor. Olhava para a parede acima e o sol batendo... coitado do cara que iria ficar fritando na parede... Enquanto o Guilherme se preparava para subir, começou a aparecer banana, tangerina, quase a feira inteira! O Guilherme começou a subir. No começo foi devagar, mas depois foi piorando!!! hahahehahehaha Com aquele sol, já estava ficando com pena dele, mas alguém tinha que sofrer!!! E ainda teve que ficar ouvindo o pessoal gritando: Esse guia é lento... Tá muito devagar... Lance fácil e o guia demorando... Só que quem estava falando, estava na sombra, bebendo água, lanchando...

Pouco a pouco, foi vencendo os quase trinta metros, até a base onde começam os cabos de aço. Lá montou a parada, fixou duas cordas e começamos a subir. Cada um com uma técnica diferente. Fiz um prussik e fui subindo igual ao Batman. Levei mais uma corda para adiantar, pois dali, depois que próximo viesse, o Guilherme já poderia subir os cabos. A parada ficou agitada. A todo momento, chegava um, passava por mim e já emendava no lance dos cabos. O Ary ficou acima dos cabos dando a segurança de cima. Tudo bem organizado!!!! Depois que todos subiram , comecei puxar as cordas. As recolhi enquanto o outro grupo iniciava o artificial. Ainda bem que chegamos na frente!!!!

A Rana subiu e levou uma corda, segui para cima e passei pelo Ary que dava segurança. Mais uma subida num lance meio escorregadio e estava no cume! Que vista!!!! Aos poucos todos estavam lá!!!! Não tinha ninguém sério, todos com sorriso de orelha a orelha. Ninguém mais lembrava do sol, da trilha, do artificial... só lembrávamos de bater fotos e mais fotos! Era cada coisa que eu ouvia... Coisas do tipo: Vem que tá piscando! Vai tirar foto com o dedo atrás! E muitas outras obscenidades... rs

Foi uma subida fantástica!!! BTBW e PitBull Aventura mandando ver!!!! Apesar de ter sido a primeira vez que fizemos uma atividade juntos, parecia que a galera já escalava junta há muito tempo, entrosamento perfeito. Fiz um lanche apara recarregar as baterias. Ouvi um papo de que o Sandro ia tomar café, mas nem entendi... Achei que fosse brincadeira.... Quando vi o cara sacar o fogareiro... nem acreditei!!! Ia tomar café no cume do Dedo de Nossa Senhora!!!!! O cafézinho caiu muito bem!!!

O papo estava ótimo, mas era hora de descer. Assim que a primeira pessoa do outro grupo chegou, iniciamos nossa descida. Quando cheguei no lance dos cabos, ainda faltavam 4 pessoas para subir. Ficamos aguardando na trilha até que fui até um grampo mais em baixo e comecei a preparar o primeiro rapel. Fui passando a corda devagar para que ela não atrapalhasse as pessoas que iam subindo. Depois que o último subiu, abri o primeiro rapel. Já no platô, no final do artificial fixo em grampos, iniciei o segundo rapel. A galera foi descendo um a um. E quando chegou mais uma corda, desci para fazer o terceiro. Passei a corda por uma árvore e deixei pronto o último rapel.

A essa altura, o tênis do Guilherme já havia se transformado em migalhas! Não sobrou nada! Descolou os dois solados! A sorte é que ele havia levado uma sapatilha velha, que usou para a descida da trilha. Aos poucos, várias duplas foram se formando na descida, uns na frente, outros mais atrás... Fui intermediário. Resolvi descer descalço, estava calor. Amarrei as botas na mochila e segui trilha a baixo. Pensei até em tomar um banho na cachoeirinha da santinha, mas o frio chegou e acabou com qualquer vontade minha!!!!

Na entrada da trilha, encontrei o Marcos e o Ary. Ficamos ali sentados esperando o resto do pessoal. O Emerson e o Guilherme tinham ido na frente, por motivo de força maior! Mas que força maior foi essa Emerson? Não via a hora de comer aquela maravilhosa coxinha de galinha do Paraíso das Plantas. Depois de todos reunidos, seguimos estrada acima. Foram alguns quilômetros que andamos, mas que pareciam uma eternidade. Porém, o tempo passou rápido. Também com tantas histórias!!!! Agora... se foram verídicas, até hoje é um mistério!!!! hahahhehahehaheha

No Paraíso das Plantas fizemos aquele lanche! Conversamos, rimos, brindamos, etc... Um final de aventura extremamente agradável, digno das maiores expedições. Certamente ficará gravado em nossa memória! PitBull Aventura e Born To Be Wild, uma parceria para ficar na história!!!!

E como sempre falo: Missão dada, é missão cumprida!!!!!

Até a próxima.









4 comentários:

  1. Aêeeeeeeee muito show o relato e com boas dicas !
    Pretendo em breve escalar o Dedinho.
    Valeu Leandro, você é o cara !!!!

    Coelho " rala-bota "

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  2. A aventura foi maneira demais!!! Galera super alto astral e completamente entrosada parecia que todos se conheciam há muito tempo.
    Excelente relato!
    Toca pra cima!!
    Vinicios

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