Por Leandro do Carmo
Escalada no Tibau
Relato
Foi em 2018 que fui ao Tibau com o Ary pela primeira vez. Estava namorando aquela parede fazia um tempo, mas sempre ia deixando pra depois... Chegamos a iniciar alguns projetos, mas acabou ficando esquecido. Depois que mostrei o local ao Luis Avelar e o João Pedro foi que o negócio deslanchou de vez. Foram conquistadas dezenas de vias e ainda existem alguns projetos em andamento.
O Luis me chamou para conhecer algumas vias estava conquistando num setor mais à direita, na qual chamei de “Setor do Luis”. Aceitei o convite e fomos lá conferir. Marcamos cedo, pois tinha um compromisso na hora do almoço. A mochila pesada com equipamento de conquista, mesmo a gente tendo divido algumas coisas.
Seguimos para a rua que dá acesso ao final da Travessia Tupinambá e no lado oposto, começamos a subir por uma estradinha de chão. Poucos metros à frente, entramos por um caminho onde tem uma sequência de dezenas de jaqueiras. Muito fácil de identificar. Dali, fomos seguindo por um caminho batido e marcado com algumas fitas. Em aproximadamente 15 minutos, estávamos na base das vias. Ele ainda me mostrou alguns projetos que iniciaram e outras linhas que tinham vontade de começar.
Nos arrumamos e a via escolhida para fazer foi a Destreza, Habilidade e Rataria. O início seguiu com lances verticais e boas agarras, apesar de ter quebrado algumas. Assim como toda a parede, tem que escolher bem qual agarra usar. A via seguia bem protegida e logo cheguei à primeira dupla. Montei a parada ali, assim diminuiria o arrasto para entrar no crux. O Luis chegou em seguida.
Saí para a segunda enfiada. A via continuava constante, ficando mais vertical já próximo do fim. Demorei um pouco mais para entrar no lance. Avaliei e numa tentativa, com o pé direito bem alto, quebrei uma agarra chave para o lance. Tive que reinventar e numa passada bem aberta consegui ganhar uma agarra acima e venci o lance. Subi mais um pouco e montei a parada, trazendo o Luis em seguida.
A vista era fantástica. Deu para ter uma visão geral do setor. Olhando de baixo, estávamos na lateral direita da parede. A ideia era, além de escalar, aproveitar para intermediar alguns lances da via ao lado e retirar um parabolt que ficou mal batido. Assim, emendamos duas cordas e fizemos um único rapel até a base.
Já na base, arrumamos todo o equipamento de conquista e subi novamente. Subi até onde seria a parada e o Luis veio em seguida. Optamos por duplicar o ponto quando estivéssemos no rapel, assim não teria problema de a corda não chegar. Subi e passei no crux, sendo mais fácil que a via ao lado. Ao final, optei por duplicar a penúltima proteção, pois a última estava muito próxima a uma grande vegetação. Desci e dupliquei mais um ponto de rapel e segui até o final da via.
Enfim, havíamos completado o objetivo do dia. Valeu pela companhia e pela escalada. O setor do Tibau está ficando excelente, com várias opções de vias. E quem disse que não tem mais opões de conquista em Niterói?
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