Por Leandro do Carmo
Há um tempo que estava querendo fazer a Travessia Lapinha x Tabuleiro. Minha programação inicial era fazer a Praia do Cassino de bicicleta, mas vi que precisaria de um pouco mais de preparação. Aí, aproveitei uns dias que tinha de folga e comecei a pesquisar sobre a travessia. Segundo meu planejamento, teria metade de um dia e um dia inteiro livre antes de começar. Então fomos procurar algo para fazer.
Chegamos cedo em Lapinha da Serra. Nosso voo chegou por volta das 8h 30 minutos no aeroporto de Confins. De lá, tivemos sorte de conseguir um UBER que nos levasse direto para Lapinha da Serra. O primeiro que aceitou a corrida, cancelou e queria cobrar o dobro por fora. Assim que chegamos no endereço fornecido, não achamos de primeira a casa onde ficaríamos hospedados por dois dias. Mas, fomos seguindo as orientações recebidas por mensagem, conseguimos achar. O distrito de Lapinha da Serra é bem pequeno, não tem rua asfaltada. Um local bem aconchegante. Deixamos tudo na casa e como ainda era cedo, fomos dar uma volta.
Como meu irmão havia ido lá há umas semanas atrás, ele nos disse que tinha a opção de alugar uns caiaques para remar na represa que banha o distrito. O seu nome original é Represa da Usina Coronel Américo Teixeira, mais conhecida como Represa da Lapinha. Sua construção se iniciou na década de 1950 pela Companhia Industrial de Belo Horizonte. Hoje a represa é referência da Lapinha e o atrativo mais visitado pelos turistas. Possui duas grandes lagoas que são separadas por duas montanhas e unidas por um canal de água que passa entre elas.
A cidades estava vazia. Pegamos algumas informações e fomos tentar achar um local na qual conseguíssemos alugar. Andamos bem e fomos para no local chamado de Prainha. Assim que chegamos, vimos duas meninas sentadas e perguntamos sobre o aluguel do caiaque. Ela pediu para aguardar e foi lá falar com o responsável. Ela voltou com uma notícia desanimadora, falando que não estavam alugando. Difícil de acreditar que alguém não queria ganhar um dinheiro fácil como aquele! Era só receber a grana... O caiaque já estava ali! Com a negativa, caminhamos um pouco mais para frente e sentamos para descansar um pouco. Depois de um tempo, chegou o responsável, talvez depois de pensar bem, e perguntou se ainda queríamos remar. Negociamos um valor e fomos para a água.
O dia estava bem agradável. Ótimo para remar. Seguimos em direção ao canal que separa as duas lagoas. O vento estava a favor, mas na volta estaria contra. Algumas pessoas pescavam de tarrafa na margem. Seguimos conversando até avistar bem ao fundo o ponto onde parecia ser a represa. Mas estávamos já no final da tarde e optamos por não ir até lá. Durante a remada percebi que o vento mudava a todo momento de direção. Meu receio era pegar um vento contra na hora da volta. Mais à frente, vimos uma enseada e sugeri fôssemos até lá. De longe, achei que ali fosse o ponto onde poderíamos conhecer as pinturas rupestres. Quando cheguei perto, vi que estava certo. Existem duas placas que informam ser propriedade particular. Deixei o caiaque ali e segui andado. Vi que tinha um caminho bem batido fui andando até que cheguei numa cerca com um portão que estava fechado com um cadeado. De longe consegui ver algumas pinturas. Bati algumas fotos e retornei. Na volta, vi o Ricardo e o Leandro de longe. Chamei-os e indiquei o caminho correto. Dali, voltei até o caiaque e aproveitei para dar mais uma remada no entorno.
A remada de volta foi bem tranquila. No ponto do canal, fui procurando a sombra pois ainda estava quente, apesar de já estar no final do dia. Voltando, víamos o Pico da Lapinha bem de frente, fechando com chave de ouro o dia. De volta à prainha, deixamos o caiaque e seguimos andando até em casa. Uma recepção fantástica. No dia seguinte, subiríamos o Pico da Lapinha.
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