segunda-feira, 27 de junho de 2022

Atravessando a Baía de Guanabara

Por Leandro do Carmo 

Atravessando a Baía de Guanabara











Trajeto: Naval x Forte da Laje x Fortaleza de Santa Cruz x Morro do Morcego x Naval


Dia: 23/04/2022
Local: Baía de Guanabara
Participantes: Leandro do Carmo

Tempo total: 2h 47min
Distância: 12,9 km
Velocidade média: 5,3 km/h
Velocidade máxima: 11 km/h  

Relato  

Dando seguimento ao meu treino semanal, parti para mais uma remada. Segui para o canto da praia de Charitas, ao lado do Clube Naval. Manhã agradável e águas claras. Sim, águas claras! Apesar de suja, a Baía de Guanabara ainda tem águas claras em alguns pontos. Não sei se a ponto de um mergulho, mas é até bonito de ver. Tomei meu café da manhã, dei uma alongada e fui para a água.  

O mar estava um tapete. Pelo menos nesse ponto, não ventava. Contornei o Clube Naval e já pude ver bem ao fundo algumas canoas. Era por volta de 7:30 da manhã. Meu objetivo inicial era ir até a Fortaleza de Santa Cruz, mas mudei meus planos. Já estava há um tempo para atravessar até a Urca. Resolvi que hoje seria o dia. Nem é uma travessia difícil, mas para quem ainda não tem muita experiência é um grande desafio.  

E seria um grande desafio. Mas gosto dos desafios. Gosto de poder entender e aprender com os desafios que os esportes praticados na natureza proporcionam. Aliado a isso, não estava com o melhor equipamento. O caiaque era pequeno, não tendo um bom rendimento nas remadas. Mas como o dia estava excelente, arrisquei.  

Segui em direção ao Morro do Morcego, já podendo ver a Praia do Flamengo ao fundo. Continuei a remada e já podia ver o Forte da Laje. A partir desse momento, meu objetivo passou ser contorná-lo. Segui remando, mantendo um ritmo contínuo. Um navio de containers cruzou o canal e minha maior preocupação era com o trânsito das embarcações. Seria muito difícil conseguir ser visto!  

Já no meio do canal, sempre olhava ao redor para ter certeza que não estava no caminho de algum navio, mas para minha sorte, nada. O Forte da Laje se aproximava. Conseguia ver algumas ondas quebrando nos rochedos do Forte. Assim que cheguei na direção do Forte, o mar estava diferente, mais encrespado. O vento ali estava mais forte, assim como a ondulação. Fui remando, na expectativa de que melhorasse depois que passasse a ilha. Mas não melhorou. Então, resolvi abortar o contorno da ilha e dei meia volta. Fiz uma diagonal um pouco diferente do trajeto da ida, aproveitando a ondulação.  

Assim que passou a ilha, o mar voltou a melhorar. Aproveitei e segui em direção à Fortaleza de Santa Cruz, cruzando o canal novamente. Mas isso, olhando antes para ver se tinha algum navio se aproximando. Como estava me aproximando da boca da baía, percebi que a maré corria mais forte, mudei o rumo para não me distanciar muito. Quando estava bem próximo da Fortaleza de Santa Cruz, senti a maré com mais força, me jogando para “fora”. Dei um gás na remada até estar totalmente abrigado na lateral interna da Fortaleza. Pensei até em dar uma parada ali para beber uma água, mas resolvi seguir remando.  

Cruzei toda a enseada que beira a estrada que leva à Fortaleza de Santa Cruz, passei pela Praia de Adão e Eva e segui para a Praia do Morcego, onde parei para descansar e beber uma água. Fiquei lá por uns 10 minutos e entrei na água novamente para pegar o trecho final. Dali até o Naval foi um pulo. Remei esse trecho final bem satisfeito. Sempre um passo após o outro. Ou melhor, uma remada após a outra.  

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