sexta-feira, 7 de agosto de 2020

Circuito Morro do Couto x Prateleiras


Local: Parque Nacional do Itatiaia

Já era hora de voltar ao Parque Nacional de Itatiaia. Depois de algumas tentativas e adiamentos devido ao clima, conseguimos, enfim, um final de semana. Como conseguir vaga na parte alta do parque não é muito fácil, optamos por ficar no Hostel Picus. Já havia ficado lá em uma tentativa de fazer a Serra Fina. O local é muito agradável e relativamente perto do parque, longe uns 20 km.

Fazer num final de semana apenas fica puxado, ou saímos na madrugada de sábado, ou sexta à noite, isso para quem trabalha... Optei por ir na sexta. Saímos de Niterói às 21:00h e chegamos às 2:00. Fui dormir as 3h e às 4 estava de pé. Apenas 1 hora de sono. Chegar cedo ao parque pode fazer a diferença, principalmente se você quiser fazer alguma atividade nas Agulhas Negras ou Prateleiras, locais onde tem limite para visitação. Nosso objetivo era fazer o Circuito Morro do Couto x Prateleiras. Há pouco tempo, foi implantado o sistema de senhas, onde é entregue somente para as pessoas que estão no local. Antigamente, uma pessoa chegava cedo e pegava 30 senhas... Acontecia de alguém chegar cedo, ter poucas pessoas na fila e na hora de entrar, estar lotado. Isso acabou.

Chegamos cedo à fila e já havia uma van e alguns carros. Eram cerca de 5 da manhã. Estava frio, porém menos do que eu imaginava. Pegamos a senha entre 53 e 64. Bom, agora era esperar chegar a hora. O dia amanheceu e com ele, veio o frio. Estava mais frio agora do que quando chegamos. Mas o tempo bom nos dava a certeza de que o frio iria embora nos primeiros metros de caminhada. Assim que abriram o parque, fui lá para resolver os trâmites burocráticos de pagamento, preenchimento de fichas e etc.

Com tudo certo, entramos com o carro e fomos para a área de estacionamento. Lá, nos preparamos para foto de partida. O início da trilha, fica na estradinha que leva às antenas de Furnas. Começa na rua pavimentada, circundando o morro. Há uma placa indicando “Couto”, com alguns minutos de caminhada. A saída fica à direita e é bem aberta, não há como errar nesse ponto.

Entramos de verdade na trilha. A estradinha pavimentada deu lugar a um caminho bem definido. Já bem no início da caminhada podíamos ter uma prévia do que encontraríamos pela frente... O tempo estava agradável. Havia muitas nuvens na direção da Serra Fina, mas no geral o tempo estava bom. A vista para as Agulhas Negras estava boa, apesar de algumas nuvens bem ao fundo se aproximarem.

Paramos rápido para algumas fotos num mirante e seguimos caminhando. A trilha seguia bem definida. Passamos pelo Campo Escola Luiz Fernando, numa formação rochosa que antecede o Morro do Couto. Seguimos mais um pouco e subimos uma rampa até passarmos na base de uma grande antena. O grupo estava bem animado. Algumas nuvens se formavam, mas não havia sinal de chuva.

Seguimos andando, sempre paralelos à estrada que leva ao Rebouças. Ao fundo, o maciço das Agulhas Negras roubava a cena. A Asa de Hermes, à sua esquerda, se destacava. Com mais alguns minutos de caminhada e após alguns “sobe e desce”, chegamos ao Morro do Couto. Estávamos a 2.680 metros, sendo o 8º mais alto do país. Optamos por fazer uma pausa mais longa e aproveitamos para lanchar. Dali, podíamos ver as Prateleiras bem ao fundo. Ainda havia um grande caminho a percorrer. Após a parada para descanso, continuamos a caminhada. Esse trecho é bem menos frequentado do que o anterior. Dava para perceber pelo traçado. A trilha seguia pelos blocos de pedra assentados no chão, como se fosse pavimentado, facilitando muito a descida.

Continuamos a caminhada e agora descemos um pouco e parecia que as Prateleiras nunca se aproximavam. Passamos por uma placa indicado que faltavam 4,5 km até as Prateleiras. A partir desse ponto, somente com autorização para a travessia. Era um sobe desce pela crista dos morros. Algumas subidas mais fortes que as outras, mas seguimos andando. Passamos por uma placa indicando o Abrigo Rebouças, uma oportunidade para quem quisesse abandonar a caminhada... Nosso objetivo era as Prateleiras! A partir daí, descemos e seguimos por um lajeado, onde tinha uma indicação de água. Como estávamos abastecidos, nem precisamos parar.

Após a placa, a trilha inicia uma sequência de sobe morro desce morro em largos zig zags, afim de evitar grandes paredões ou precipícios. Começamos a subir um pequeno morro e logo saímos em um trecho de gramíneas, onde a caminhada passa a seguir no plano com trilha bem demarcada e sem maiores problemas de navegação. Continuamos caminhando e passamos por uma bifurcação indicando um mirante. Fomos até lá e ficamos de frente para o maciço das Agulhas Negras. Um local fantástico.  Pequena pausa para fotos e seguimos andando.

Voltamos para a trilha e após mais alguns minutos andando, chegamos a uma enorme gruta. Ali era a Toca do Índio. Há uma placa no local indicando o caminho. Após cruzarmos a Toca do Índio, uma peculiar formação rochosa, levamos um tempo até encontrar o caminho certo. Acabamos descendo pela direita e tivemos que voltar. Na saída da Toca do Índio, deve-se sair pela direita, onde logo você vai encontrar uma formação de pedra bem grande. Suba nessa pedra e siga para a esquerda, outros totens de pedra sinalizarão o caminho.

Agora já estávamos bem próximos do nosso destino. Seguimos andando e logo estávamos na base das Prateleiras. O caminho batido deu lugar a um grande trepa pedras. Muitos chegam até ali. Mas nosso objetivo era fazer cume. Fomos subindo num caminho nada definido. Um trepa pedras onde passávamos por grutas, grandes blocos entalados e alguns pequenos lances de escalada. Já próximos da base, vimos que tinham muitas pessoas que esperavam para subir. Como nosso grupo estava grande e que demoraríamos muito para colocar todos no cume, resolvi voltar com outros amigos.

Na volta ainda paramos para um lanche reforçado e de lá seguimos andando pelo caminho até o Abrigo Rebouças, onde fizemos mais uma parada antes de continuar até o Posto Marcão.

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