De 22/12/2018 a 01/01/2019.
Participantes: Leonardo Carmo / Carina Melazzi.
Saímos do Rio às 6h com destino a 5 Pontões (ES). A viagem foi super tranquila, porém quando chegamos em Campos dos Goytacazes, cidade que faz divisa com o ES, nos deparamos com um grande engarrafamento. Graças ao atalho indicado pelo Google Maps, cortamos a cidade margeando a linha do trem e fugimos do trânsito.
Paramos já em solo capixaba, num desses restaurantes de beira de estrada. Aproveitamos também para abastecer.
Depois de alimentados e com o tanque cheio, seguimos em frente. O GPS sinalizou pra gente entrar no primeiro acesso de Cachoeiro de Itapemirim, mas resolvemos entrar no segundo, pois considero esse caminho mais bonito, uma vez que é possível ver parte dos picos Frade e Freira.
Um pouco mais adiante, em Alegre, a gente se deparou com a Pedra de Itabira, uma imponente montanha em formato de agulha.
Chegando em Vargem Alta, pegamos uma chuva e resolvemos dar uma parada pra dar uma proseada com o pessoal local.
Continuando viagem, fomos nos deparando com mais montanhas como Três Pontões.
Chegando em Afonso Cláudio, paramos rapidamente e mais à frente o GPS nos indicou um caminho diferente do que eu tinha feito em 2015. Cortamos 58 km de estrada de terra em ótimas condições. Diria que em melhor estado do que muita rodovia dita pavimentada.
Daí pra frente foi levantar poeira até o Recanto da Pedra, em 5 Pontões. Já chegamos bebendo uma cerveja e a tão esperada Itaraninha, uma cachaça da região de Itarana, cidade vizinha de Itaguaçu.
Dia 2 (23/12) - 5 Pontões
Acordamos por volta das 7h e fomos tomar o café da manhã capixaba feito pelo pessoal do Recanto da Pedra. O café parece mais um almoço.
Depois de bem alimentados, partimos para fazer o cume do Pontão Maior. A gente queria fazer a via, mas o tempo estava muito fechado e optamos por subir pela via ferrata mesmo. A via segue em paralelo à via ferrata. Em um determinado ponto elas se cruzam, então não bateu a frustração de não ter feito a via que queríamos. As duas vias têm 120 metros. Como o pessoal do Recanto da Pedra tinha levado um grupo pra fazer a via ferrata e eles estavam com uma corda de 130 m, aproveitamos e rapelamos por ela. Quando estávamos descendo, o tempo resolveu abrir um pouco e deu pra curtir o visual, só que o sol veio rachando. Por sorte ou não, o tempo voltou a dar uma fechada e ficou mais relax.
De volta ao Recanto da Pedra, foi hora de beber aquela gelada, prosear e partir pra dentro da comida capixaba .
Dia 3 (24/12) - 5 Pontões
Como já tínhamos feito o cume do Pontão Maior, resolvemos subir até a rampa de voo. O caminho até lá pode ser feito de carro. É uma subida estreita por meio do cafezal e só recomendo fazer quem tem um pouco de experiência em dirigir em terreno acidentado. Praticamente não tem área de manobra. É subir ou voltar de ré pelo estreito e sinuoso caminho. Muito fácil de se perder (marquei no GPS e está disponível no meu perfil do wikiloc). São aproximadamente 5,2 km (ida e volta a partir do Recanto da Pedra). Dá pra fazer a pé tranquilamente, mas o sol aqui tava rachando.
Depois de curtir o visual indescritível, voltamos para o Recanto, onde a cerveja gelada e a comida capixaba nos aguardavam.
Dia 4 (25/12) - 5 Pontões
Hoje era o dia em que iríamos para Pedra Azul. Choveu intensamente durante toda a madruga e quando estávamos tomando café, soubemos que havia um alerta de tempestade com granizo para 57 cidades do ES, incluído Domingos Martins, cidade onde fica situado o parque. Diante desse cenário, resolvemos abortar a ida para à Pedra Azul e ficar mais em 5 Pontões. Se é pra encarar o granizo, a gente encara aqui mesmo em 5 Pontões.
Dia 5 (26/12) - 5 Pontões x Pancas
Acordamos um pouco mais cedo, tomamos café e tiramos aquela foto bacana com o pesssoal do Recanto da Pedra. Depois da despedida, foi hora de meter o pé na estrada rumo a Pancas. A viagem foi tranquila, sendo que o GPS jogou a gente para mais um caminho de terror logo quando entramos no município de Colatina, mas com a gente não tem choradeira. Lá fomos nós percorrer mais 40 km de estrada de terra.
Depois de um tempinho, saímos no asfalto novamente e resolvemos ir até o Centro de Pancas beber uma gelada e depois partir pro sítio do Cantinho do Céu, local de hospedagem (acampamento).
Fomos super bem recepcionados pelo Fabinho, dono do sítio.
A partir daí foi montar acampamento, voltar pro centro de Pancas pra dar uma explorada na cidade.
Dia 6 (27/12) - Pancas
Depois de dar aquela descansada ouvindo o som da fauna local, acordamos e fomos tomar o café da manhã que a mãe do Fabinho tinha preparado. Café simples, porém gostoso.
O tempo não estava muito firme, resolvemos explorar a região começando por uma trilha. Fizemos a Pedra da Boca. Pra quem tem experiência e ta com o preparo físico em dia, ela é tranquila, mas pra quem ta despreparado fisicamente e não tem experiência com montanhismo, ela se torna difícil.
No meu perfil do wikiloc tem o GPS.
Obs.: o Fabinho é guia local, quem quiser, pode combinar com ele.
Depois de concluir a trilha, resolvemos almoçar no centro de Pancas e depois partir pra conhecer a rampa de voo livre da cidade. Não tem muitas placas indicando o local. Saindo de Pancas, tem que pegar a estrada que vai para Alto Mutum Preto e mais à frente, uma estrada de terra onde tem uma placa. Daí pra frente só tem uma outra placa meio que escondida no mato.
No meu perfil do wikiloc tem o GPS.
São 6 km de estrada de terra até a rampa. A estrada é razoavelmente boa, mas em época de chuva, forma um atoleiro mais ou menos na metade do trajeto. Um 4 x 4 passa fácil.
Depois de curtir o visual lá de cima, voltamos para o centro de Pancas e em seguida para o sítio, pois o tempo estava fechando.
Chegando no sitio, foi hora de bater um papo com o Fabinho até que os relâmpagos deram sinais de que viria chava pesada. Até que não choveu muito forte, mas choveu a noite toda varando a madrugada.
Dia 7 (28/12) - Pancas
Acordamos ainda com chuva e resolvemos ir até o centro para conhecer o Mercado Municipal e dar umas voltas pela cidade, pois não tinha muito o que fazer por conta da chuva. Depois voltamos para o camping e aproveitamos para explorar o sítio, mesmo debaixo de chuva.
Dia 8 (29/12) - Pancas
Acordamos com uma chuva fraca e por volta das 9h30 o tempo começou a abrir. Aproveitamos para fazer a trilha da Pedra do Vidal, que fica em Lajinha, distrito de Pancas, a aproximadamente 12 km do sítio.
A navegação da trilha é um pouco complicada, porque tem muitas bifurcações e não há qualquer tipo de sinalização. Como havia chovido pela manhã e na noite anterior, andamos por trechos de estrada de terra com bastante lama, tanto que o nosso carro não conseguiu subir até a porteira do Sítio Santa Maria, de onde começa a trilha. Em época seca, um carro normal consegue subir sem problemas. Em época chuvosa, só com 4x4 ou um fusca rsrs.
Segundo informações do Fabinho, dono do Sítio Cantinho do Céu, onde ficamos hospedados, a trilha tem aproximadamente 13 km (ida e volta). Por conta da chuva, acabamos começando a trilha tarde e não conseguimos chegar ao cume porque o tempo começou a fechar e achamos melhor retornar porque havia muita lama no caminho e um trecho grande de laje de pedra, sem falar que a navegação estava ficando cada vez mais complicada, pois não encontramos tracklog da trilha e não tínhamos qualquer outra fonte de informação.
No meio do caminho de volta, dava pra ver a chuva se aproximando e o som das trovoadas ficava cada vez mais alto. Daí foi o tempo certo de chegar no carro, encontrar um lugar para almoçar em Lajinha e a chuva começar a desabar.
Quando voltamos para o camping, a chuva estava se aproximando pelo outro lado da cidade, deixando a estrada de terra que dá acesso ao sítio ainda mais ensaboada.
Depois de um tempo a chuva deu uma trégua e aproveitamos para dar uma volta pelo sítio e curtir o visual.
Dia 9 (30/12) - Pancas
Como tinha voltado a chover, ficamos pelo sítio até que resolvemos dar uma saída e ir até à cidade. Nada de trilha ou escalada. O negócio era beber uma cerveja vendo a chuva cair. Ainda tentamos ir ate a base da pedra da Agulha, onde fica a chaminé Brasília, mas não conseguimos chegar por conta dos atoleiros. Na volta, mais um perrengue na ensaboada estradinha de terra até chegar no sítio.
Dia 10 (31/12) - Pancas
Esse dia foi agitado. Por volta das 6h acordamos e ao sair da barraca, vimos que a coisa tinha ficado seria demais. O Rio transbordou e a água já estava batendo na porta do carro. Foi o tempo de colocar o carro num ponto mais alto e só ficar observando. Não tinha mais o que fazer.
Depois de um bom tempo chovendo, o tempo foi dando uma acalmada e a chuva diminuindo. Como o rio era estreito e raso, não demorou muito pra água abaixar. Quando foi final de tarde, a situação já era mais tranquila. Deu até pra sair a pé e ver as condições da estrada de terra, pois teríamos que ir embora no dia seguinte.
Mais pro final do dia, o irmão do Fabinho convidou a gente e o outro pessoal que estava no camping para passar a virada de ano em sua casa. Rolou um churrasco, cerveja e a boa cachaça capixaba.
Essa viagem foi marcante. Passamos o Natal em 5 Pontões e a virada do ano em Pancas. Nas duas ocasiões, as famílias abriram as portas de suas casas pra gente passar com eles as festas de final de ano.
Dia 11 (01/01/2019) - Pancas x Rio (712 km)
Levantamos por volta das 6h30 e começamos a desmontar acampamento. A ressaca tava martelando a cabeça, mas nada que umas folhas de boldo e água gelada não resolvam.
A viagem de volta foi relativamente tranquila. Pegamos um trânsito pesado em Rio Bonito (RJ) e uma chuva forte em Tanguá (RJ). Tirando isso, tudo na normalidade.
Antes da gente terminar a viagem, já estávamos planejando a próxima. Agora é começar a organizar as coisas e meter o pé na estrada novamente.
Até a próxima!
Seguem alguns contatos:
Recanto da Pedra (5 Pontões): (27) 99767-5150 (Luzia)
Sítio Cantinho do Céu (Pancas): (27) 99620-9357 (Fabinho)
Meu perfil do Wikiloc com as marcações: https://pt.wikiloc.com/wikiloc/user.do?id=1945151
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