Por Leandro do Carmo
Trilha da Pedra da Gávea
Local: Rio de Janeiro – Parque Nacional da Tijuca
Data: 07/09/2017
Participantes: Leandro do Carmo, Ricardo Bemvindo, Daniel Carvalho, Tatiana Freitas, Marcelo Kohatsu e José Lisboa.
Relato da Trilha da Pedra da Gávea
Quando fui a
primeira vez na Pedra da Gávea, havia sido para
escalar. Na ocasião, fiz a Travessia dos Olhos. Dessa vez subiria pela trilha
normal. Uns amigos do trabalho queriam fazer uma trilha, eu sugeri a Pedra da
Gávea. Apesar das dificuldades e obstáculos e de não ser nada aconselhável para
pessoas inexperientes, resolvemos encarar o desafio. A semana havia sido de
forte calor, com isso, marcamos bem cedo. Às 6 da manhã já estava passando pela
Glória. Às 7 horas, chegávamos à Barrinha, onde encontramos o último que viria
direto da Tijuca. Dali seguimos de carro até a Praça Professor Velho da Silva,
onde estacionamos o carro. Dali, seguiríamos à pé. Existia a possibilidade de
seguir subindo pela Estrada Sorimã, mas como poderia não ter mais vaga para estacionar,
achei melhor estacionar um pouco mais distante. Afinal de contas, seriam apenas
500m a mais.
Começamos a subida e logo chegamos à portaria do parque. Mas
antes de entrarmos literalmente na trilha, fizemos a tradicional foto. Dali
fomos subindo, sempre num papo bem agradável. O início é bem bacana e passamos
por vestígios de antigas construções. Mais acima, vimos a entrada para a
pequena cachoeira. Por enquanto a subida estava suave, mas veio um trecho bem
íngreme. Eu estava bem tranquilo, mas os que não estavam muito acostumados,
começaram a sentir. Apesar do calor, não estava sol. Haviam muitas nuvens, mas
por enquanto, isso não seria o problema. Passamos por vários trechos mais
técnicos até chegarmos ao local conhecido como Praça da Bandeira.
Aproveitamos para descansar e fazer um lanche, além de beber
bastante água. Ainda tínhamos um
boa subida pela frente, além do trecho mais
difícil da subida, a famosa “Carrasqueira”. Depois de recarregadas as baterias,
voltamos a caminhar. Aproveitamos para fazer uma foto num mirante bem bonito,
onde temos uma vista impressionante para o “rosto do imperador”. Ali, podemos
ver claramente o formato de rosto, parecendo ter sido esculpido. Daí, as
inúmeras teorias de que a Pedra da Gávea é a prova de que os fenícios haviam
passado por aqui há milhares de anos. Bom, a única verdade garantida, era que
tínhamos que continuar a subida. Ainda bem que haviam nuvens. Senão, já
teríamos problemas com o calor.
Como não chovia há muito tempo, estava bastante seco e o
caminho a partir dali escorregava muito. Mais um pouco de subida e chegamos à
Carrasqueira. Estava cheio. Ou melhor dizendo, extremamente cheio. Uma
confusão. Gente subindo, gente descendo, gente vendendo rapel, gente chorando,
um caos! Havia conversado com amigos que falaram: “Você é louco de ir na Pedra
da Gávea em um feriado!”. Achei que fosse exagero, mas não, eles estavam
certos. A galera ficou um pouco preocupada. Subimos até onde dava. Uma hora,
parou tudo. Ninguém mais se entendia... Uns querendo descer, outros, subir.
Como estava com uma corda, subi pelo lado e fixei-a num grampo, o que ajudou a
galera subir. Acabei deixando a corda lá para pegar na volta, assim acho que
ajudaria a diminuir a confusão.
A vista que tínhamos da Barra da Tijuca era fantástica.
Claro que paramos para uma foto! Continuamos a subida e passamos pelo portal, uma curiosa formação rochosa em uma forma perfeita de uma grande porta. O
trecho ali está bem erodido. Com cuidado vencemos mais esse obstáculo. Andamos
mais um pouco até a subida final. Subimos por um amontoado de raízes expostas,
até alcançar o cume. Fomos caminhando até o mirante voltado para a Zona Sul do
Rio. Descansamos bem. Bebemos água, lanchamos e tiramos diversas fotos. O dia
estava perfeito. O sol chegou meio tímido e foi ganhando força. A hora foi
avançando e resolvemos voltar, afinal de contas havíamos concluído apenas
metade do caminho.
Começamos a descida e os sinais de cansaço começaram a
aparecer para os que não estavam tão acostumados. Mas mesmo assim, seguimos descendo,
não tinha jeito. De volta à Carrasqueira, o que eu achava que estava ruim,
havia piorado. Muito mais gente aguardava para subir e muitas, ainda para
descer. Devagar, fui passando pelo lado e alguns desceram com o auxílio da
corda. Montei um rapel assistido para um amigo e descemos juntos até a base.
Não queríamos perder tempo. Subi novamente para retirar a minha corda e fiquei
até com pena das pessoas que estavam ali. Um cara me implorou para deixa-lo
usar a corda e descer com a namorada dele. Não tinha como recusar... Mas também
não poderia ficar ali o dia inteiro. Assim que ele chegou até embaixo, desfiz o
nó e desci.
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