Por Leandro do Carmo
Data:10/12/2017
Travessia Theodoro de Oliveira x Boca do Mato
Dicas para Travessia Theodoro de Oliveira x Boca do Mato
A trilha pode ser divindade em duas partes. Na primeira você
caminha no leito de um trecho da antiga rodovia RJ116 e no outro, no leito da
antiga Estrada de Ferro que ia até Cantagalo. No primeiro trecho, caminhamos
literalmente sobre o asfalto, sendo possível ver olho de gato e até as faixas
amarelas em alguns pontos. No segundo, passamos por pontes antigas e até
trechos contam ainda com trilhos. Por todo o percurso, passamos por pontos de
água e locais para banho.
Na logística, se tiverem em dois carros, vale a pena deixar um na rua que leva à Sede do Parque Estadual dos Três Picos, um pouco acima de
onde terminará a caminhada. Se tiverem com apenas um carro, pode-se deixar o
carro no mesmo local e pegar um ônibus ou van, até o posto da Polícia.
Vídeo
Como Chegar
O início fica na rua ao lado do Posto da Polícia na RJ 116,
nos limites do município entre Cachoeiras de Macacu e Nova Friburgo.
Relato da Travessia Theodoro de Oliveira x Boca do Mato
Ponte que cruzamos durante a travessia |
Nos dias de calor, nada melhor do que caminhar em meio a
mata e com diversos pontos para banho. Mas será que existiria um lugar assim? A
resposta é sim e é em Cachoeiras de Macacu. Caminhar pelas trilhas da região é
garantia de poder se refrescar em dias quentes... O destino dessa vez foi a
Travessia Theodoro x Boca do Mato. Uma bela e peculiar caminhada, pois
caminhamos por cima de um trecho da antiga estrada que ligava Cachoeiras de
Macacu à Friburgo e depois pelo leito da antiga Estrada de Ferro Cantagalo.
Saímos bem cedo de Niterói e seguimos viagem até Cachoeiras
de Macacu. O dia não estava dos melhores e parecia que não teríamos sol. Chegamos
à entrada da sede do Parque Estadual dos Três Picos em Cachoeiras de Macacu,
deixamos um carro lá e seguimos para o início da trilha, 15km serra acima.
Início da travessia |
No início do caminho, logo após o posto policial, que fica
no limite entre os municípios entre Cachoeiras de Macacu e Nova Friburgo,
estacionamos os carros e nos preparamos para nossa caminhada. Como nem todos se
conheciam, nos apresentamos antes de iniciar a caminhada. Dali, seguimos
andando. Fomos andando pela estradinha até que tem uma saída discreta à
esquerda, com uma barreira impedindo o acesso de carros. Passamos pelo canto e
entramos definitivamente na trilha, ou melhor, no asfalto, ou seria trilha
mesmo? Mas como assim asfalto? Pois é, essa parte da trilha segue pelo trecho desativado
da antiga rodovia e literalmente caminhamos no asfalto. A vegetação tomou conta
e ficou apenas um caminho limpo no centro da estrada.
Caminho asfaltado |
E fomos andando. Por hora, víamos as faixas amarelas
pintadas na estrada e até olho de gato. Coisas bem inusitadas para uma trilha.
Passamos por diversos pontos de água e por muitos deslizamentos, talvez um dos
motivos pela desativação desse trecho. Mais a frente, uma bela cachoeira.
Continuamos a descida, esse é um detalhe que não havia comentado, mas a trilha
é uma suave e constante descida, o que a torna um passeio perfeito. Passamos
por uma grande ponte, de onde podíamos ouvir e ver o rio bem ao fundo.
Passamos por diversos pontos de água. Em dias quentes, uma
boa pedida para um banho. Como o piso é bem regular, rapidamente chegamos
novamente ao asfalto. Nesse ponto, a trilha volta para o leito da rodovia.
Paramos para fazer um lanche e seguimos descendo por cerca de 1km pelo
acostamento até entrarmos novamente na trilha. A entrada é meio discreta.
Começamos a descida por um caminho bem definido até
chegarmos a uma construção, tipo uma torre, que servia para abastecer de água
as locomotivas à vapor. Uma pausa para as fotos. Percebi em meio a vegetação
algumas vestígios de construções, talvez do tempo da Estrada de Ferro. A partir
desse ponto, começávamos a caminhar no leito da rodovia. Em um trecho, é
possível ainda ver um pedaço do trilho. Novamente passávamos por grandes
pontes, o que proporcionava uma aventura a mais... Uma dessas pontes,
impressionava pelo tamanho. O Rio corria pequeno ao fundo. Continuamos a
descida até chegarmos à uma área bem aberta da antiga Estrada de Ferro. O local
está bem cuidado. Ali paramos para um descanso e um lanche reforçado. Eu saquei
meu fogareiro, preparando um rápido almoço e o tradicional café.
Ainda ficamos por mais algum tempo, até começarmos a
caminhada de volta, onde pegamos uma estrada de chão, passando por diversas
propriedades até estar de volta à rodovia. Dali, caminhamos até a entrada o
Parque Estadual dos Três Picos, onde um grupo subiu para pegar o outro carro.
Aprovei para conhecer a Trilha do Jequitibá, próximo a sede o Parque. Um
refrescante banho fechou o dia! Ainda paramos na estrada para comermos algo. E
de lá, seguimos viagem de volta. Missão cumprida.
Posto policial |
Rio durante a caminhada |
Início da trilha |
Trecho que caminhamos na rodovia |
Durante travessia, já no trecho da Estrada de Ferro |
Nossa muito interessante!
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