sábado, 30 de abril de 2016

Maciço Rochoso das Agulhas Negras

Por Leonardo Carmo

Data: 14/04/2016
Participantes: Leonardo Carmo e Marcos Lima.



A missão dessa vez era chegar ao Pico do Itatiaia, Maciço rochoso das Agulhas Negras, pela Via Bira.

Tínhamos alguma referência e muita vontade de chegar lá. Saímos de Niterói as 3:30 da madrugada. Queríamos entrar no parque as 7hs para poder fazer a via com calma.

Então, pé na estrada.


Chegamos ao Posto Marcão as 6:40. Já estava um friozinho, 10 graus.


Depois de preencher o termo de responsabilidade, estacionar, etc..., começamos a caminhar pela estrada até o Abrigo Rebouças. Lá, pegamos água e sentamos o pé na trilha.




A trilha até um determinado trecho era bem familiar. Depois que saímos para a direita, a brincadeira começou. Muito capim de anta. Vários caminhos de rato que te levam a lugar nenhum. Tem que ficar ligado, pois não da pra perder tempo logo no início.

Depois de vencer o lance de trilha, chegamos até a base da Via. Começamos no trepa pedra até que chegamos ao primeiro lance de aderência. Ali, resolvemos colocar as sapatilhas e baudrier. Tocamos pra cima.


Chegamos a uma das canaletas. O Marcos Lima pegou a rabuda rs. A canaleta está muito desgastada. Pouquíssima aderência. Cair dali não seria nada agradável. Depois de alguns palavrões ele conseguiu costurar o primeiro grampo e logo costurou o segundo e o sufoco tinha terminado. Pelo menos nesse ponto rs.



Continuamos tocando pra cima.

Chegamos a uma outra canaleta forte. Bem desgastada e uma variante logo ao lado direito. Se tem opção pra gente, é certo da gente ir pela mais complicada rsrs. Não me pergunte o porquê disso rsrs...

Então, pegamos a variante. Entramos numa chaminé esquisita. Curta, porém bem técnica. Pra sair dela tem que virar o corpo e passar por um buraco bem estreito. Não da nem pra respirar.

Depois de sair da chaminé, veio a confusão rsrs.

Saímos da via. Olhávamos as orientações anotadas no papel e tudo indicava que estávamos no caminho certo. Só que não rsrsrs.Quando demos conta, já estávamos lá nas “grimpas” do Maciço. Parados numa plataforma que só cabia um pé rs.

Tentando entender o que estava acontecendo, Marcos Lima resolveu dar uma explorada na área.Como estávamos encordados, estava tranquilo. Não tinha como ele ir muito longe e dar zebra.

E assim ele foi. Rapidamente ficamos sem contato visual. Eu só escutava palavrões rsrs. Eu tentando manter o contato verbal. O frio castigava. Parado, sem poder me mexer, sofri um pouco com o vento gelado. Até que uma hora ficou um silêncio. Chamei por ele 5 vezes e nada dele responder. Depois de uns minutos ele deu sinal de vida. Ufa. E toma-lhe mais palavrão rsrs.

Não tínhamos mais pra onde ir. Era hora de descer. Desescalamos boa parte da via sem qualquer tipo de proteção. Aquilo não era uma via rs. Passou a ser rsrs. Depois de um tempo, caímos na Via Bira de onde não deveríamos ter saído rsrs. Continuamos descendo até chegar à base dela e entrar na trilha de volta.

De certa forma a missão foi cumprida, pois chegamos ao cume do Maciço Rochoso das Agulhas Negras. Não foi no cume combinado, mas ta valendo rsrsrs.

É importante dizer que a aquela região não permite erros. Caso não tenha experiência, vá com alguém que conheça ou contrate um guia local.

Mais detalhes é só entrar em contato.

Até a próxima.














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