segunda-feira, 10 de junho de 2013

Conquista no Morro do Forte do Pico - Jurujuba - Niterói RJ

Por Leandro do Carmo


Data: 10/06/2013
Local: Morro do Forte do Pico – Jurujuba – Niterói RJ

Participantes: Leandro do Carmo, Alfredo Castinheiras e Ary Carlos.

Relato

A ideia de conquistar ali veio do Alfredo. Há um tempo atrás, após uma conquista de uma pequena via lá no Forte do Pico, fizemos um reconhecimento de caiaque em todo o paredão que termina no Forte do Pico. Saímos da Praia do Forte Rio Branco e remamos até ver um pedaço da Fortaleza de Santa Cruz. Havia visto uma linha que acreditei que daria para conquistar.

Não deu outra. Em uma investida com outro grupo, o Alfredo conquistou uma parte da via. Ao todo foram cerca de 19 grampos batidos, contando as paradas duplas. Depois de vários convites para finalizá-la, desmarcados por causa da chuva e outros compromissos, finalmente conseguimos ir! Marcamos às 08 da manhã, lá na entrada do Forte, em Jurujuba.

Quando já estava quase chegando, lembrei que tinha deixado a sacola com os grampos em casa. Já voltando para pegar, encontrei o Ary no caminho, como ele estava de moto, seria mais rápido para ele ir buscar.

Com tudo pronto e os grampos em mãos, fomos dar uma olhada no local para tentar encontrar o acesso. De cara já dava para ver que rocha estava muito molhada. Não chovia há algum tempo e não entendi o motivo de tanta água. Acho que a grande vegetação que tem na parte de cima ou a muralha que tem antes do Forte do Pico que formar um grande reservatório de água de chuva que minando lentamente...

Bom... o fato que já estávamos ali, e ninguém pensou em abandonar a missão sem antes tentar! Seguimos pela praia até as pedras, tentando achar um caminho para subir, porém ali estava muito fechado. Voltamos e seguimos à direita, subindo um barranco muito instável. Foi difícil, mas passamos. Mais a frente, a vegetação foi ficando bem fechada e foi preciso o uso do facão para ir abrindo caminho. Fui marcando algumas árvores durante a subida, para facilitar a volta. Com a mata fechada, perdemos muito tempo, até que encontrei um acesso a parede. Quando cheguei, vi a quantidade de água que escorria pela pedra. Passar dali, ficaria perigoso, pois escorregava demais. Decidimos colocar o primeiro grampo.

Com a segurança e corda, avancei até um outro platô, onde colocamos mais um grampo. Mais um pouco depois, o terceiro, onde o Ary fez um rapel de 30 metros até mais embaixo. Dali, seguimos uma linha reta, paralela ao mar, até o começo da via. Tudo estava bem fechado.  Fui abrindo caminho. Cheguei à primeira canaleta e pelas fotos que tinha visto do Alfredo, seria mais a frente. O Alfredo não se lembrava muito bem de onde a via se iniciava, foi uma verdadeira caça aos grampos!

Após a primeira canaleta, tem um lance exposto, onde uma queda, pode levar a umas pedras junto ao mar. Todo cuidado era pouco. Passei o lance e finalmente cheguei à linha que tinha visto no reconhecimento de caiaque e onde, pelas fotos, a via começava. Mas cadê os grampos? Não via nenhum!!! Como estava muito molhado, decidi deixar a mochila, que estava muito pesada e subi leve pelo lado da vegetação, muito mais seguro. O Ary e o Alfredo, procuravam a via na primeira canaleta.

Fui subindo e nada. Olhava com cuidado para ver se encontrava os grampos e mais ou menos uns 30 metros acima, avistei a primeira parada dupla. A via começava ali! Avisei ao Ary e ao Alfredo que havia encontrado. Então, eles vieram até onde eu estava. Dei a dica para o Ary subir pelo caminho que fiz. O Alfredo, como estava de sapatilha, tirou onda! Veio pela parte aberta, mesmo molhada.

Escorria água pela via, estava tudo muito molhado. Consegui avistar mais alguns grampos acima e todos estavam na água. O Alfredo me disse que na primeira investida, eles tiveram muito cuidado em colocar os grampos fora da linha d’água, mas dessa vez, tinha muita água e a faixa molhada, tinha mais ou mentos um metro e em alguns pontos, dois.

Chegamos lá às 11:00. Levamos duas horas para acessar a base. Comentei com o Ary que com esse tempo de acesso à base, fica ruim. Tinha que haver uma maneira mais fácil! Com duas horas, se chega a base do Dedo de Deus! Como ficaria muito difícil, resolvemos aproveitar o tempo para encontrar um caminho melhor para voltar, para que nas futuras investidas, ganhássemos tempo.

Seguimos de volta optamos por não subir no ponto de onde descemos de rapel, seguimos reto num vara mato, um pouco fechado até onde ficou inviável seguir. Dali, segui para cima costeando a vegetação, até que cheguei no primeiro grampo que colocamos. Dali foi descer um pouco e pegar a trilha recém aberta. Fui com o facão, abrindo e marcando mais caminho. A volta foi bem mais tranquila. Só aquele barranco que está meio complicado. A missão foi parcialmente cumprida! Tivemos que alterá-la no meio do caminho, mas pelo menos o acesso vai ficar mais fácil!!!

Até a próxima!














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