O meio ambiente visto por um ângulo diferente. Esse é o foco da exposição “A Terra vista do Céu” do fotógrafo e ambientalista francês Yann Arthus-Bertrand, que chega pela primeira vez ao Brasil.
Através de 130 imagens de grandes dimensões, a mostra convida o público do Rio de Janeiro a admirar a beleza e pensar sobre a fragilidade do nosso Planeta, propondo uma reflexão sobre sua evolução 20 anos após a realização da “Eco 92”, que desencadeou o trabalho do fotógrafo.
Através de 130 imagens de grandes dimensões, a mostra convida o público do Rio de Janeiro a admirar a beleza e pensar sobre a fragilidade do nosso Planeta, propondo uma reflexão sobre sua evolução 20 anos após a realização da “Eco 92”, que desencadeou o trabalho do fotógrafo.
Às vésperas do evento “Rio+20”, conferência das Nações Unidas sobre desenvolvimento sustentável, a exposição funcionará como um prelúdio da cidade ao evento, contribuindo de forma lúdica e crítica para o debate de temas tão fundamentais.
O projeto também realiza uma grande ação de educação ambiental envolvendo escolas da rede municipal, além de exibições populares do documentário “Home – Nosso planeta, nossa casa”.
O projeto também realiza uma grande ação de educação ambiental envolvendo escolas da rede municipal, além de exibições populares do documentário “Home – Nosso planeta, nossa casa”.
O inventário das emissões de gases de efeito estufa (GEE) da exposição "A Terra vista do Céu" será realizado pela Voltalia Energia do Brasil. As emissões relativas ao evento serão compensadas através de um projeto de restauração florestal na bacia hidrográfica do rio São João, no âmbito do projeto "Corredores Florestais" da Associação Mico Leão Dourado http://www.micoleao.org.br/
Visitas Guiadas
Segunda a sexta - 10h às 11h | 13h às 14h | 15h às 16h | 17h30min às 18h30min
Sábados e domingos - 11 às 12h | 15h às 16h
Horário da exposição
Horário da exposição
O horário do Centro de Visitantes e dos monitores é de 9h às 19h em dias úteis
e de 10h às 18h aos finais de semana.
e de 10h às 18h aos finais de semana.
A iluminação dos expositores ficará acesa diariamente até às 23h.
Foi difícil escolher... Segue abaixo algumas dessas belas imagens. Para ver todas as fotos, vistite o site oficial: http://terravistadoceu.com/
VILAREJO DE KOH PANNYI NA BAÍA DE PHANG NGA, TAILÂNDIA
Banhado pelo mar de Andaman, o litoral do sudoeste da Tailândia apresenta uma sucessão de baías com inúmeras ilhas, dentre elas a turística Phuket. A baía de Phang Nga é formada pelo derretimento do gelo ocorrido há 18.000 anos. A elevação das águas submergiu as áridas montanhas calcárias, só deixando de fora os cumes, atualmente cobertos de vegetação tropical. Transformado em parque marinho em 1981, a baía abriga o vilarejo sobre pilotis de Koh Pannyi, construído há dois séculos por pescadores mulçumanos de origem malásia. À atividade tradicional de pesca se junta o turismo. O vilarejo é um local muito procurado por turistas. Até 3.000 pessoas desembarcam a cada dia na hora do almoço. À noite, restaurantes e lojas de souvenirs fecham e o vilarejo de pescadores retoma sua tranquilidade. Protegido por sua configuração, o fundo da baía sofreu muito menos com o tsunami de 26 de dezembro de 2004 do que os locais vizinhos. Em 2011, a Tailândia recebeu 19,1 milhões de turistas estrangeiros, quase 2 vezes mais do que há 10 anos.
Banhado pelo mar de Andaman, o litoral do sudoeste da Tailândia apresenta uma sucessão de baías com inúmeras ilhas, dentre elas a turística Phuket. A baía de Phang Nga é formada pelo derretimento do gelo ocorrido há 18.000 anos. A elevação das águas submergiu as áridas montanhas calcárias, só deixando de fora os cumes, atualmente cobertos de vegetação tropical. Transformado em parque marinho em 1981, a baía abriga o vilarejo sobre pilotis de Koh Pannyi, construído há dois séculos por pescadores mulçumanos de origem malásia. À atividade tradicional de pesca se junta o turismo. O vilarejo é um local muito procurado por turistas. Até 3.000 pessoas desembarcam a cada dia na hora do almoço. À noite, restaurantes e lojas de souvenirs fecham e o vilarejo de pescadores retoma sua tranquilidade. Protegido por sua configuração, o fundo da baía sofreu muito menos com o tsunami de 26 de dezembro de 2004 do que os locais vizinhos. Em 2011, a Tailândia recebeu 19,1 milhões de turistas estrangeiros, quase 2 vezes mais do que há 10 anos.
CORAÇÃO DE VOH EM 1990, NOVA CALEDÔNIA, FRANÇA
O manguezal, floresta semiterrestre e semiaquática, desenvolve-se nos solos lodosos tropicais expostos às alternâncias de marés. Constituído por diversas plantas halófitas (capazes de viver em solos salgados), com uma predominância de mangues, ele reveste quase 1/4 dos litorais tropicais e cobre cerca de 15 milhões de hectares no mundo. Esse meio frágil recua continuamente diante da excessiva exploração de recursos, da expansão agrícola e urbana, do desenvolvimento das criações de camarões e da poluição. Contudo, o manguezal ainda é indispensável à fauna marinha e ao equilíbrio do litoral, assim como à economia local. A Nova Caledônia, conjunto de ilhas do Pacífico que cobre 18.575km2, conta com 200km2 de um manguezal bastante baixo (8 a 10m de altura) mas muito denso, principalmente na costa oeste da Grande-Terre, ilha mais importante do arquipélago neocaledônio. No interior das terras, onde a água marinha só penetra no momento das grandes marés, a vegetação cede lugar a extensões nuas e extremamente salgadas chamadas tanne, como perto da localidade de Voh, onde a natureza desenhou essa clareira em forma de coração estilizado.
O manguezal, floresta semiterrestre e semiaquática, desenvolve-se nos solos lodosos tropicais expostos às alternâncias de marés. Constituído por diversas plantas halófitas (capazes de viver em solos salgados), com uma predominância de mangues, ele reveste quase 1/4 dos litorais tropicais e cobre cerca de 15 milhões de hectares no mundo. Esse meio frágil recua continuamente diante da excessiva exploração de recursos, da expansão agrícola e urbana, do desenvolvimento das criações de camarões e da poluição. Contudo, o manguezal ainda é indispensável à fauna marinha e ao equilíbrio do litoral, assim como à economia local. A Nova Caledônia, conjunto de ilhas do Pacífico que cobre 18.575km2, conta com 200km2 de um manguezal bastante baixo (8 a 10m de altura) mas muito denso, principalmente na costa oeste da Grande-Terre, ilha mais importante do arquipélago neocaledônio. No interior das terras, onde a água marinha só penetra no momento das grandes marés, a vegetação cede lugar a extensões nuas e extremamente salgadas chamadas tanne, como perto da localidade de Voh, onde a natureza desenhou essa clareira em forma de coração estilizado.
GELEIRA PERITO MORENO, PROVÍNCIA DE SANTA CRUZ, ARGENTINA
No sul da Patagônia, perto da fronteira chilena, o parque nacional de Los Glaciares, criado em 1937, foi inscrito em 1981 na Lista do Patrimônio Mundial da Unesco. Esse espaço abriga 47 geleiras oriundas da calota de gelo continental da Patagônia, a maior do mundo após as da Antártica e do Ártico. Com uma largura frontal de 4km e uma altura de 60m, Perito Moreno se estende por 52km e avança sobre um dos braços do lago argentino, levando em sua descida destroços de rocha arrancados das encostas das montanhas. Periodicamente, na confluência dos dois braços do lago, a geleira interrompe o fluxo da água, e a pressão crescente sobre a barreira de gelo acaba por rompê-la, produzindo uma detonação que pode ser ouvida a muitos quilômetros do local. O fenômeno, que ocorreu 16 vezes no século XX, aconteceu novamente em julho de 2008, em pleno inverno austral. As geleiras e as calotas polares representam 9% das terrasemersas do globo. O aquecimento do planeta, em parte ligado às atividades humanas, por meio do derretimento do gelo e sobretudo pela dilatação da água sob o calor, pode elevar o nível dos oceanos em 50cm em média antes do final do século XXI e inundar litorais férteis e habitados.
No sul da Patagônia, perto da fronteira chilena, o parque nacional de Los Glaciares, criado em 1937, foi inscrito em 1981 na Lista do Patrimônio Mundial da Unesco. Esse espaço abriga 47 geleiras oriundas da calota de gelo continental da Patagônia, a maior do mundo após as da Antártica e do Ártico. Com uma largura frontal de 4km e uma altura de 60m, Perito Moreno se estende por 52km e avança sobre um dos braços do lago argentino, levando em sua descida destroços de rocha arrancados das encostas das montanhas. Periodicamente, na confluência dos dois braços do lago, a geleira interrompe o fluxo da água, e a pressão crescente sobre a barreira de gelo acaba por rompê-la, produzindo uma detonação que pode ser ouvida a muitos quilômetros do local. O fenômeno, que ocorreu 16 vezes no século XX, aconteceu novamente em julho de 2008, em pleno inverno austral. As geleiras e as calotas polares representam 9% das terrasemersas do globo. O aquecimento do planeta, em parte ligado às atividades humanas, por meio do derretimento do gelo e sobretudo pela dilatação da água sob o calor, pode elevar o nível dos oceanos em 50cm em média antes do final do século XXI e inundar litorais férteis e habitados.
VULCÃO DE RANO KAU NO PARQUE NACIONAL DE RAPA NUI, ILHA DE PÁSCOA, CHILESituado a sudoeste da ilha, esse vulcão teve sua última erupção há cerca de 150.000 a 210.000 anos. Os ataques do oceano Pacífico entalharam altas falésias, transformando o vulcão numa espécie de cidadela. É lá, 250m acima do oceano, nos lábios da caldeira, que os pascoenses, habitantes originais da ilha, construíram um vilarejo cujas marcas ainda são visíveis. Batizado de Orongo, ele era o lugar de cerimônias e de iniciações ligadas ao culto do homem-pássaro. Esse culto, que sucedeu ao das estátuas gigantes, foi encerrado nos anos 1860, quando praticamente toda a população da ilha foi deportada e reduzida à condição de escravos ou arrasada por doenças importadas pelas tripulações dos navios e pelos missionários. A cristianização dos sobreviventes deu o golpe de misericórdia nessa cultura polinésia que tinha inventado uma escrita, o rongo-rongo, que hoje ninguém mais sabe decifrar. Reduzida a 200 habitantes no fim do século XIX, a população que vive de forma permanente na ilha chega a cerca de 4.000 pessoas nesse início de século XXI, com a chegada de novos habitantes. O turismo (mais de 50.000 visitantes por ano) traz novas ameaças para essa ilha, inscrita desde 1995 na Lista do Patrimônio Mundial da Unesco.
O CORCOVADO NO ALTO DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO, BRASIL
Situada num pico rochoso a 704m chamado Corcovado, a estátua do Cristo Redentor se projeta sobre a baía de Guanabara e o Pão de Açúcar, promovendo uma visão privilegiada da cidade do Rio de Janeiro. A cidade deve seu nome a um equívoco dos primeiros navegadores portugueses, que jogaram âncora na baía, em janeiro de 1502, pois pensando ter entrado no estuário de um grande rio, ou – outra hipótese – a uma transcrição errada de ria (sinônimo de baía). Capital do Brasil de 1763 a 1960, e até capital de Portugal entre 1808 e 1821, o Rio de Janeiro tornou-se hoje uma megalópole que se estende por 50km e abriga mais de 11 milhões de habitantes. Ser a sede da final da Copa do Mundo de 2014 e organizar os Jogos Olímpicos em 2016 irá reforçar a notoriedade da cidade cujo nome se manteve ligado à Conferência das Nações Unidas sobre o meio ambiente e o desenvolvimento, mais conhecida sob os nomes de Cúpula da Terra / ECO-92, em junho de 1992. Mas Rio e São Paulo, a maior cidade do país e sua capital econômica, podem, daqui a 20 anos, formar uma só área urbana que os geógrafos designam de megalópole. As duas metrópoles e suas cidades-satélites já agrupam 42 milhões de habitantes, ou seja, 23% da população brasileira.
Situada num pico rochoso a 704m chamado Corcovado, a estátua do Cristo Redentor se projeta sobre a baía de Guanabara e o Pão de Açúcar, promovendo uma visão privilegiada da cidade do Rio de Janeiro. A cidade deve seu nome a um equívoco dos primeiros navegadores portugueses, que jogaram âncora na baía, em janeiro de 1502, pois pensando ter entrado no estuário de um grande rio, ou – outra hipótese – a uma transcrição errada de ria (sinônimo de baía). Capital do Brasil de 1763 a 1960, e até capital de Portugal entre 1808 e 1821, o Rio de Janeiro tornou-se hoje uma megalópole que se estende por 50km e abriga mais de 11 milhões de habitantes. Ser a sede da final da Copa do Mundo de 2014 e organizar os Jogos Olímpicos em 2016 irá reforçar a notoriedade da cidade cujo nome se manteve ligado à Conferência das Nações Unidas sobre o meio ambiente e o desenvolvimento, mais conhecida sob os nomes de Cúpula da Terra / ECO-92, em junho de 1992. Mas Rio e São Paulo, a maior cidade do país e sua capital econômica, podem, daqui a 20 anos, formar uma só área urbana que os geógrafos designam de megalópole. As duas metrópoles e suas cidades-satélites já agrupam 42 milhões de habitantes, ou seja, 23% da população brasileira.
ILHA ARTIFICIAL PALMEIRA JUMEIRAH, DUBAI, EMIRADOS ÁRABES UNIDOS
Há 50 anos, Dubai tinha algumas casas de adobe, um mercado e um porto acessível aos boutres (pequenos barcos árabes à vela) que navegavam pelo golfo Pérsico e pelo mar de Omã. Enriquecido graças ao petróleo dos emirados vizinhos, esse Estado orientou sua economia para o turismo e se lançou num programa de construção de ilhas artificiais. Em forma de palmeira, Palm Jumeirah é a menor das três ilhas sendo preparadas. Um semicírculo de 11 km é ligado à extremidade da palmeira por um túnel submarino. Esse semicírculo, que acolhe palácios e hoteis de luxo, cerca uma gigantesca palmeira de areia composta de um tronco de 2km, ligado ao continente por uma ponte a partir da qual se abrem 17 palmeiras destinadas às casas. Começado em 2001, esse canteiro custou quase 12 bilhões de dólares, e hoje está quase terminado apesar da crise financeira que em 2009 quase levou os Emirados à falência. Quase 94 milhões de metros cúbicos de areia foram drenados do fundo do mar para criar a ilha, e 40.000 pessoas participaram da sua realização. Essa proeza técnica, realizada graças ao trabalho de engenheiros holandeses especializados na construção na água, não teria sido possível sem o emprego em massa de uma mão de obra “importada”. Dubai conta com 1,8 milhão de habitantes, dos quais 80% são trabalhadores imigrantes e mal pagos. Nessa cidade-Estado não democrática, onde os sindicatos são proibidos, e mais ainda nos Emirados Árabes Unidos, as condições de trabalho são qualificadas de “sub-humanas” pela associação Human Rights Watch.
Há 50 anos, Dubai tinha algumas casas de adobe, um mercado e um porto acessível aos boutres (pequenos barcos árabes à vela) que navegavam pelo golfo Pérsico e pelo mar de Omã. Enriquecido graças ao petróleo dos emirados vizinhos, esse Estado orientou sua economia para o turismo e se lançou num programa de construção de ilhas artificiais. Em forma de palmeira, Palm Jumeirah é a menor das três ilhas sendo preparadas. Um semicírculo de 11 km é ligado à extremidade da palmeira por um túnel submarino. Esse semicírculo, que acolhe palácios e hoteis de luxo, cerca uma gigantesca palmeira de areia composta de um tronco de 2km, ligado ao continente por uma ponte a partir da qual se abrem 17 palmeiras destinadas às casas. Começado em 2001, esse canteiro custou quase 12 bilhões de dólares, e hoje está quase terminado apesar da crise financeira que em 2009 quase levou os Emirados à falência. Quase 94 milhões de metros cúbicos de areia foram drenados do fundo do mar para criar a ilha, e 40.000 pessoas participaram da sua realização. Essa proeza técnica, realizada graças ao trabalho de engenheiros holandeses especializados na construção na água, não teria sido possível sem o emprego em massa de uma mão de obra “importada”. Dubai conta com 1,8 milhão de habitantes, dos quais 80% são trabalhadores imigrantes e mal pagos. Nessa cidade-Estado não democrática, onde os sindicatos são proibidos, e mais ainda nos Emirados Árabes Unidos, as condições de trabalho são qualificadas de “sub-humanas” pela associação Human Rights Watch.
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