quinta-feira, 8 de agosto de 2024

Morro São João - Parque Nacional da Serra dos Órgãos

Por Leandro do Carmo

São João - PARNASO


Dia: 08/06/2024
Local: Guapimirim/Teresópolis - RJ
Participantes: Leandro do Carmo, Leonardo Carmo, Marina, Marcos Lima, Camila Chaves, Fernando Marques e Washington Portela

Vídeo da Trilha do São João


Vídeo de drone do cume do São João


Relato da trilha do Morro São João

Havia tentado fazer o São João em pelo menos 3 vezes. Todas elas, marcadas no evento que celebra a Abertura de Temporada de Montanhismo do Parque Nacional da Serra dos Órgãos. Para quem não conhece, a Abertura da Temporada de Montanhismo ou simplesmente ATM, é um evento que ocorre anualmente em várias regiões, tendo como objetivo marcar o início da melhor época do ano para a prática do montanhismo, que aqui no Brasil é entre o outono e a primavera. Esse ano a previsão era ótima e seria a oportunidade de, enfim, conseguir chegar ao cume do Morro São João.

Marcamos de nos encontrar já na sede do Parque. Eu e o Velhinho passamos na casa do meu irmão, em Magé, para subirmos juntos. Finalmente conseguimos tomar um café na casa dele. Chegamos cedo, era por volta das 5h 40min. Fizemos tudo com tranquilidade e chegamos ao Parque as 7h, justamente quando os portões se abriram.

No controle de acesso, entregamos os termos e seguimos para a área de estacionamento, onde deixamos os carros e continuamos a pé, até a Barragem. Com todos reunidos, fizemos uma foto. Enchi minha garrafa na fonte, ao lado do início trilha. O início é em comum à diversos cumes da região, como o Sino, Mirante do Inferno, Pedra Cruz, Travessia Petrópolis x Teresópolis e etc. Estava uma manhã fria, mas o tempo estava firme. Subimos rápido, fazendo paradas bem curtas e logo estávamos no mirante, logo que iniciamos a descida do Caminho das Orquídeas.

Nesse ponto, a vista do São João era fantástica, assim como o Mirante do Inferno e do São Pedro. Dali, também conseguíamos ver a pontinha da Agulha do Diabo. Seguimos descendo e percebi o quanto o caminho está degradado. Pela dificuldade em descer as lajes que ficam molhadas, as pessoas acabam utilizando a borda da trilha e cada vez mais ela vai se alargando.

São João - PARNASO


Continuei descendo com bastante cuidado, visto que estava tudo molhado. Demos uma parada no Acampamento Paquequer para pegar mais água e aproveitar para fazer um lanche rápido. Continuamos a caminhada e começamos a subir novamente. Já próximos ao Mirante do Inferno, pegamos uma saída à esquerda e seguimos em direção ao colo entre o Mirante e o São João, mesmo caminho que utilizamos para escalar a Agulha do Diabo. O caminho começa bom, mas logo, pega uma descida bem íngreme, na qual fiz com bastante cuidado. Assim que chegamos ao colo, nos deparamos com aquela vista fantástica da Agulha.

A partir dali, já não conhecia mais o caminho. Olhando o São João, pegamos o caminho descendo para a esquerda, pois o da direita, segue para a Agulha do Diabo. Seguimos descendo até chegar à parede. Nesse ponto segui subindo por uma calha natural, subindo até um pequeno platô, fazendo um lance de escalada. Nesse ponto há possibilidade de fixar uma corda num pequeno arbusto, mas não foi necessário. Todos subiram direto.

São João - PARNASO


Seguimos por um caminho, numa diagonal para a esquerda, bordeando a rocha até ir ganhando altura por trechos mais abertos, subindo com cuidado, pois os pequenos platôs são bem frágeis. De longe parecia impossível acreditar que subiríamos andando por esse trecho, mas foi tranquilo, apesar de exposto. Já na crista, seguimos na direção do cume por mais um trecho de “escalaminhada”, onde pude notar a presença de alguns grampos. Ninguém precisou usar sapatilha, mas subimos com bastante cautela.

Assim que chegamos no alto, percebi que era um falso cume e tínhamos ainda um trecho pela frente. Continuei andando e cheguei de frente a uma rampa, onde vi mais alguns grampos, com certeza uma via de escalada com acesso direto ao cume. Procurei pela esquerda e não vi nada, pela direita, descia um caminho bem discreto que seguia colado na parede do cume. Fui andando com dificuldade pela quantidade de bambuzinhos que a todo momento se enroscavam na mochila e pernas. A frente, uma trepa pedra e já era possível ver o acesso ao cume.

Segui em direção a um grande bloco e optei por descer pela direita, mas o caminho estava bem fechado. Voltei e de frente para esse bloco, notei que havia uma passagem pela esquerda, mas seria necessário dominar um lance exposto. Fiz com bastante cuidado e cheguei ao topo do bloco, onde vi algumas pedras empilhadas, formando uma espécie de escalada. Subi nessas pedras, mas não havia mão que me ajudasse a vencer o lance. Mais acima um grampo, mas estava longe e não era possível alcançá-lo. Peguei uma fita longa e depois de algumas tentativas, consegui laçá-la. Segurando bem alto, consegui jogar minha perna para cima e aí ficou fácil subir. Segui caminhando até o cume onde pude apreciar a vista fantástica.

Ventava um pouco e o cume é bem exposto. Depois de ficar um tempo por ali, desci até a base do grande bloco e preparei um café. Ali estava abrigado e mais confortável de ficar. Depois de um tempo, pegamos o caminho de volta.

Esse cume estava engasgado, mas saiu! Qual será o próximo?

São João - PARNASO

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