segunda-feira, 24 de outubro de 2022

Pedra do Sino de Itatiaia

Por Leandro do Carmo

Pedra do Sino de Itatiaia

Pedra do Sino de Itatiaia


Dia: 28/08/2022
Local: Parque Nacional do Itatiaia
Participantes: Leandro do Carmo, Leandro Conrado, Marcos “Velhinho” Lima, Thiago Wentzl, Valdino, Thais, Luis Avelar e Thayane Amaral  

Como chegar  

Partindo do Rio de Janeiro, pegar a Dutra até Resende e pegar a BR 354 (Rio x Caxambu). Seguir até a Garganta do Registro e pegar a estrada para a portaria do parque.

Link do Wikiloc - https://pt.wikiloc.com/trilhas-trekking/pedra-do-sino-de-itatiaia-116625118

Início da trilha  

Pode-se iniciar a trilha por dois caminhos:  

1 – Iniciando pelo Circuito Cinco Lagos

2 – Iniciando pelo Abrigo Rebouças (Esse relato)

Dicas  

A Pedra do Sino de Itatiaia é o 9º ponto mais alto do Brasil, com 2.670 metros. É uma trilha longa, cerca de 16 km, bem exposta ao sol. Tem água pelo caminho, com dois pontos, mas é preciso usar clorin para purificá-la.

Vídeo


Drone


Relato  

Esse foi o primeiro de quatro dias na parte alta do Parque Nacional do Itatiaia. Estava férias e ficar dentro do parque era a melhor opção de poder fazer as atividades, pois sair do parque e entrar todo dia fica bem cansativo. Existe até opções relativamente próximas, mas subir aquela estrada todo dia fica bem cansativo. Outro benefício de estar dentro do parque é começar e terminar as atividades já próximas. Mas existia outro problema, que era conseguir vaga. A opção foi chegar no domingo e sair na quarta. Assim, conseguimos ficar no Abrigo Rebouças.  

Saímos as 04h30min da madrugada de domingo. Nosso objetivo do dia era fazer a Pedra do Sino. Era um cume que ainda não havia ido e levando em conta que seria só caminhada, poderíamos fazê-lo no dia de chegada. A viagem foi tranquila e chegamos ao parque por volta das 9h. Eu cheguei primeiro, pois facilita para o meu carro. Adiantei toda a papelada no Posto Marcão e de lá, seguimos para o Abrigo Rebouças, onde deixamos algumas coisas por lá. E nos preparamos para o início da caminhada. 

Pedra do Sino de Itatiaia


O dia estava aberto e o parque estava bem vazio, um bom sinal. A minha mochila para o dia já estava pronta. Enchi minha garrafa de água. No lado de fora do abrigo, podia ver o Maciço das Agulhas Negras bem ao fundo, uma vista fantástica que nos acompanharia durante boa parte do dia. Começamos a caminhar, cruzamos a nova ponte de madeira construída na borda da pequena represa e seguimos andando. O início é um aquecimento, uma leve subida. Ali já podíamos dar o nosso ritmo.  

Mais à frente, cruzamos a ponte pênsil e andamos até a bifurcação que dá acesso às Agulhas Negras. Dali, pegamos o caminho da esquerda, em direção à Pedra do Altar. A partir dali, a subida ficou mais íngreme, mas não muito forte. A vista a impressionava. O Maciço das Agulhas estava a nossa direita e se mostrava imponente. Olhando para trás, podíamos ver as Prateleiras ao fundo e correndo o olho, acompanhávamos a crista do Morro do Couto. Continuando a subida, já era bem visível a Asa de Hermes e mais a frente, conseguíamos ver a Pedra do Altar.  

Cruzamos a bifurcação que vai ao cume da Pedra do Altar e passamos em frente ao imponente paredão, continuando a caminhada até o ponto de acesso às travessias. Ali, fizemos uma pequena pausa para fotos. De volta à trilha, começamos a descer. O sol estava bem forte e começou a incomodar um pouco. Havia esquecido o boné. Já estava num trecho na qual ainda não havia ido. Para mim, tudo era novo. Apesar da longa viagem, não sentia cansaço e caminhava bem. Nesse ponto, podíamos ver a Pedra do Sino bem a esquerda e os “Ovos da Galinha” bem ao fundo.

Pedra do Sino de Itatiaia
Já ao final da descida, fizemos nossa parada longa. Aproveitamos para lanchar. O tempo continuava excelente. De volta a caminhada, seguimos caminho e passamos pela bifurcação para a Cachoeira do Aiuruoca. Segundo a tradição local, Aiuruoca quer dizer “casa do papagaio”, na língua indígena: aîuru (papagaio) e oka (casa). Dali, seguimos para a direita, cruzamos um córrego e fomos contornando a formação rochosa dos Ovos da Galinha.  Após cruzá-lo, iniciamos a subida no trecho mais difícil, no que tange a orientação. Não que seja complicado, mas, levando em consideração o trajeto que havíamos feito até agora, ele era o mais complicado.  

Passamos por grandes rochas, durante o começo da subida, uma forte característica do local. Fomos guiados por pequenos totens posicionados em pontos estratégicos, o que facilitava bastante. Mais acima, o lajeado foi ficando mais exposto e entramos no trecho mais bonito de toda a caminhada. Existiam várias valetas na rocha que seguiam paralelas até quase ao cume. Passar ali foi algo mágico. Aquele céu azul dava um toque especial à paisagem. Depois de subir uma grande rampa, estávamos no cume. Dali, conseguíamos ver as pessoas no cume das Agulhas Negras. Estávamos por trás dele, numa perspectiva diferente e bem diferente de quando olhamos do Abrigo Rebouças, por exemplo.  

Já no cume, aproveitei para fazer algumas imagens com o drone e aproveitei para descer primeiro para poder filmar na base dos Ovos da Galinha, mas nem adiantou, pois perdi o caminho e todos me alcançaram. Para não atrasar a vota, fiquei ali sozinho, enquanto filmava. Depois de voltar a andar, conseguia vê-los bem de longe. Ainda parei quando cruzei o córrego para filmar mais uma vez. Não conseguia mais vê-los, só ouví-los. A parte de descida, agora era subida. O sol forte cobrava seu preço. Passo a passo fui subindo, até que encontrei todos, novamente, na bifurcação antes da Pedra do Altar, no trecho onde encontramos o caminho do Circuito Cinco Lagos. Dali voltamos até o Abrigo Rebouças. 

Foi uma experiência ótima para o primeiro dia. Já estávamos aclimatados ao ambiente da parte alta do fantástico Parque Nacional do Itatiaia. O que teremos para o dia seguinte? 

Pedra do Sino de Itatiaia

Pedra do Sino de Itatiaia

Pedra do Sino de Itatiaia

Pedra do Sino de Itatiaia

Pedra do Sino de Itatiaia

Pedra do Sino de Itatiaia

Pedra do Sino de Itatiaia

Pedra do Sino de Itatiaia

Pedra do Sino de Itatiaia

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