Área: aproximada de 8.036 hectares
Abrangência: parte dos municípios de Resende e
Itatiaia
TEM COMO OBJETIVOS BÁSICOS
Preservar as populações de animais e plantas nativas e
oferecer refúgio para espécies migratórias, raras, vulneráveis, endêmicas e
ameaçadas de extinção da fauna e flora nativas como a floresta atlântica, os
remanescentes de bosques de araucária e os campos de altitude.
Primeira e ainda única unidade de conservação de proteção
integral estadual presente na Serra da Mantiqueira, forma importante corredor
ecológico com o Parque Nacional do Itatiaia e com outras UCs públicas e privadas
próximas, protegendo as nascentes de rios contribuintes de algumas das
principais bacias hidrográficas da Região Sudeste – Paraná e Paraíba do Sul –,
contribuindo para a preservação das cadeias de montanha em que está situado o
extraordinário monumento geológico representado pelo grupo de picos que compõem
a Pedra Selada.
Ao proporcionar oportunidades de visitação dentro de seus
limites, recreação, interpretação, educação e pesquisa científica, o parque
cumpre seu papel de estímulo ao desenvolvimento do turismo em bases
sustentáveis, contribui para o desenvolvimento regional, abrindo oportunidades
para pequenos e médios empreendimentos, gerando empregos e renda na atividade
turística nas zonas rurais fluminenses.
MAPA
HISTÓRICO
A região hoje protegida pelo parque abrange um vasto
corredor florestal, contendo parcialmente áreas públicas, propriedades rurais
produtivas e propriedades de veraneio. Tal configuração é consequência do mesmo
processo histórico de ocupação e crescimento econômico em diferentes locais ao
longo da Serra da Mantiqueira.
O nome da serra na língua tupi-guarani significa “Serra que
chora”, o que remete aos principais cursos d’água na região. Os principais são:
rio Preto (que faz divisa entre os estados de Minas e Rio de Janeiro), rio
Marimbondo, córrego do Vale do Pavão (Visconde de Mauá), rio Pirapitinga e rio
Santo Antônio (Serrinha do Alambari).
Inicialmente a Serra da Mantiqueira, na região de Resende,
foi ocupada pelos índios puris, que viviam da caça, pesca e agricultura
primária de forma nômade. Eles se concentravam tanto nas margens do rio Paraíba
quanto na região alta da serra. O domínio indígena prevaleceu até meados do
século XVIII.
No final do século XIX, com a exaustão e infertilidade das
terras, principalmente pela devastação no ciclo do café, além da carência de
mão de obra após o fim da escravidão, as áreas passaram a ser ocupadas por
núcleos coloniais de imigrantes europeus, que chegaram à região por meio de
incentivo do governo brasileiro. Sem muito apoio do governo brasileiro, somente
algumas famílias se fixaram.
Desde 1922, turistas vinham da Europa praticar o montanhismo
em pontos como a Pedra Selada e o Pico das Agulhas Negras, hospedando-se nas
casas das famílias europeias.
Foram emigrantes de Minas Gerais que introduziram as
pastagens para a produção da pecuária leiteira, fazendo com que a região da
Serra da Pedra Selada fosse responsável por um terço da produção leiteira do
estado do Rio de Janeiro, até o final do século XX. Após um período de declínio
econômico, entre as décadas de 1950 e 1960, naturalmente a cobertura vegetal
nativa se regenerou, principalmente nas áreas de maior declividade.
Posteriormente, durante a década de 1970, com a vinda de
movimentos sociais alternativos isolados (hippies e novos rurais), a região de
Visconde de Mauá começou a desenvolver a vocação turística.
Atualmente a produção leiteira ainda exerce grande
importância econômica, porém, ocupa uma área muito menor em relação ao período
áureo.
A implantação do parque, única unidade de conservação
estadual na Serra da Mantiqueira, permite a formação de importantes corredores
ecológicos que protegem as nascentes dos rios de algumas das principais bacias
hidrográficas da Região Sudeste, além de contribuir para o desenvolvimento
sustentável local. Abre ainda oportunidade para pequenos e médios
empreendimentos, gerando postos de trabalho e renda, provenientes do fomento às
atividades turísticas.
Como chegar
Tônibus:
A partir do Rio de Janeiro, tomar uma das linhas Rio de
Janeiro–Resende, na rodoviária Novo Rio. Na rodoviária de Resende, é preciso
tomar outro ônibus até Visconde de Mauá. É possível também sair do Rio de
Janeiro direto para Visconde de Mauá.
De Carro :
Partindo da cidade do Rio de Janeiro pela Rodovia Presidente
Dutra, utilize a saída 311, que dá acesso à RJ-163. Após 28 km, acesse a RJ-151
para chegar à Vila de Visconde de Mauá, local da sede administrativa do parque.
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