Expedição – Dedo de Nossa Senhora
Local: Parque Nacional da Serra dos Órgãos
Data: 18/06/2015
Participantes: Leonardo Carmo e Marcos Lima
Participação especial: Monique Zajdenwerg
Participação especial: Monique Zajdenwerg
Relato
Lá vamos nós de novo. Pra variar, às 23hs de quarta-feira, o telefone toca, e do outro lado: Fala aí, tá livre amanhã? R: Tô. Então amanhã 6hs aqui em casa. Vamos pro Dedo de Nossa Senhora.... Missão PitBull..... Missão dada... partiu.
Foi assim... por volta das 8:15 chegamos na entrada do PARNASO (Tere) para preencher o termo de responsabilidade. Descemos e paramos no Paraíso das Plantas. Rapidamente tomamos um café e partimos para a entrada da trilha.
As 9 da manhã começamos a subir. Trilhazinha exigente. O caminho estava muito molhado. Alguns trechos são de pedras, caminhos de água ou leito de rio seco. Estava muito escorregadio. Mas aqui não tem molezinha. Tocamos pra cima num ritmo puxado.
Depois de aproximadamente 1 hora de subida, chegamos no primeiro lance de artificial, um trecho curto seguido de meio vara mato e meio entalamento. Cuidado nesse trecho. Não subestime o lance. Tem três grampos nessa parte de entalamento. Não custa passar uma fita ou até mesmo colocar um estribo para dar um auxílio. Ainda mais se o grupo estiver grande. Isso vai dar mais segurança e agilidade.
Passado esse lance, tem mais um pedacinho de trilha que leva à base do principal trecho de artificial.
Se eu não me engano, são 18 grampos. Eles são bem espaçados uns dos outros. A sequência depois da parada dupla fica mais espaçada. Também, tinha que ser. O conquistador foi um alemão rsrs. O cara devia ser gigante.
Eu, com 1,77 de altura me esticando todo, não consigo alcançar todos os grampos. Aí vai da criatividade de cada um para conseguir alcançar esses grampos rsrsrs.
Na primeira vez que eu fiz essa via, eu subi sem corda, mas achei muito arriscado. Cada um foi usando um par de estribos. Dessa vez, juntamente com o Marcos Lima, optamos por dar mais segurança a escalada. Utilizamos corda e fomos costurando normalmente. Costuramos todos os grampos. Utilizamos um par de estribos. Um, era o estribo de verdade e o outro, feito com um pedaço de corda rsrs. Valeu o improviso.
O Marcos Lima guiou o primeiro lance até a parada dupla. Depois, eu guiei até a base do lance do cabo de aço.
**No lance do cabo de aço, o Marcos guiou novamente. Fizemos o mesmo procedimento de subir costurando. Não custava nada ter mais uma segurança. Nesse lance é força bruta. Em época chuvosa, costuma ficar descendo água até dois dias após ter parado de chover por conta da vegetação. Esse lance molhado fica complicado.
Depois que acaba o lance de cabo, vem um trecho íngreme de terra meio barro. Bem escorregadio.
Depois, vem um pequeno lance de trilha em meio à vegetação e pronto, o cume.
Chegamos no cume as 15:30. Ficamos por lá uns 30 min e tocamos pra baixo. O cume do Dedo de Nossa Senhora é incrível. Você vê as outras montanhas de ângulos que ninguém mais consegue ver. Pra mim, a melhor visão é a do Garrafão. Um espetáculo.
Depois da gente ficar apreciando toda aquela maravilha, resolvemos descer. Na parte de terra meio barro, da pra montar um rapel. Nós desmontamos o nosso estribo improvisado para poder utilizar a corda como um auxílio. O pedaço de corda devia ter uns 3 metros só. Nessa descida tem duas pequenas árvores onde passamos a corda para ter um ponto de apoio, pois estava muito escorregadio. Chegando na parte do cabo de aço, mas ainda na parte de caminhada, descemos só segurando o cabo mesmo. Na parte íngreme, montamos o primeiro rapel. Depois, montamos o segundo rapel. Com uma corda de 60 m da pra chegar até a base. Depois, descemos pela trilha que sai na parte do entalamento. Ali, montamos o terceiro e último rapel. Com corda de 60 também vai direto.
Depois, é só descer pela trilha. A descida também é puxada, molhado então, vira um sabão rsrs. Chegamos no final da trilha as17:23.
Depois, fomos andando até o Paraíso das Plantas onde encontramos a Monique. Batemos umas fotos e encerramos a nossa expedição.
** Enquanto eu estava nessa base do cabo de aço esperando o Marcos chegar, meu telefone toca. Era a Monique Zajdenwerg falando que ia fazer o Cabeça de Peixe e que estava passando pela entrada do PARNASO. Até aí beleza. O negócio é que a trilha que vai pro Cabeça de Peixe é extremamente puxada. Ela disse que ia chegar lá no cume pra ver a gente no cume do Dedo de Nossa Senhora. Na hora eu não entendi nada, mas tudo bem rsrs. Ainda falei que tiraria fotos dela rsrs.
Talvez ninguém acredite, pois se eu não tivesse visto eu também não acreditaria. Quando a gente chegou no cume do Dedo de Nossa Senhora, uns 10 min depois a Monique aparece no cume do Cabeça de Peixe rsrs. Ela deve ter aberto algum portal misterioso no início da trilha que teletrasnportou ela lá pro cume.
Na volta foi a mesma coisa. A gente começou a descer praticamente juntos e ela chegou muito antes da gente. Ainda tirou onda perguntando se queria que ela esperasse a gente lá no final da trilha ou no Paraíso das Plantas rsrs.
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