Por Leandro do Carmo
Local: Itacoatiara
Data: 11/04/2015Participantes: Leandro do Carmo e Stephanie Maia
O outono havia
chegado. A temperatura ficou muito mais amena do que há 1 mês
atrás... Já estava na hora de voltar a fazer algumas vias mais
longas... E para começar a temporada, nada melhor do que a melhor
escalada, na minha opinião, da cidade: Agulha Guarischi. Na verdade
escalar a Agulha Guarischi, é fazer um mix de 3 vias: Paredão Zezão
(completa) e partes da Sudoeste da Agulha Guarischi e Paredão
Eldorado. (Clique aqui para mais detalhes).
Arrumar parceiro
para essa via é a coisa mais simples... Na verdade, já estou
devendo a guiada lá a um monte de gente!!! E foi em uma das reuniões
sociais do clube que fechei com a Stephanie. Marcamos cedo. Apesar da
temperatura agradável que vinha fazendo, diferente do calor dos
meses anteriores, não queria ter problemas com o sol. Pedi
autorização para entrar antes da abertura do Parque e, por volta
das 07:15, entramos na trilha.
Acho que levamos
algo em torno de 30 minutos para chegar à base da via. Lá nos
equipamos e comecei a guiar. Costurei aquele grampo colocado
recentemente e fui direto para o segundo, deixando o antigo de fora.
Entre esses grampos está o lance o melhor e mais chato da via. E
como pode ser chato e bom ao mesmo tempo? Só que escalada entende...
Passado esse lance, segui escalando.
Mais alguns grampos
costurados e estava na primeira parada... Aquele confortável platô.
A Stephanie veio logo em seguida e iniciei a segunda enfiada. Aquela
variante que proporciona menos arrasto na corda é bem legal... Segui
subindo e parei no grampo abaixo do bico de pedra. A Stephanie
escalou e pedi para ela parar no grampo de baixo, assim já saía com
um grampo costurado.
A próxima enfiada,
na minha opinião, é a mais bonita da via. Fui bem colado na aresta,
onde rende um belo visual. Escalei bem devagar, só para curtir a
vista. O sol já estava saindo e fica na direção da cara. Ainda bem
que os lances são tranquilos. Montei a parada numa pequena árvore,
naquela matinha do “pescoço da tartaruga”. Dali, dei segurança
para a Stephanie, que chegou logo em seguida. Pegamos o equipamento e
fomos para a base da próxima enfiada, onde bebemos água e comemos
alguma coisa.
Recebi a ligação
do Formiga, achando que eu estava na Emil Mesquista. Falei pra ele
que estava na Agulha Guarischi e que em breve ele iria me ver. Quem
estava na Emil Mesquita, era o Tauan e o Roberto. Primeiro achei que
ele estava na cordada da Novos Horizontes, mas depois ao encontra-lo,
me disse que estava na Chang Wei. Foi muito bom saber que o Formiga
estava de volta as escaladas, depois do acidente que teve nas Torres
de Bonsucesso, onde um bloco se soltou, enquanto escalada, o que
ocasionou uma fratura exposta no braço, tendo levado 14 horas para
efetuar a descida... Tenso!!!! Esse encontro, mesmo que a distância,
resultou nessa foto aí...
Estávamos seguindo
bem. Terminaríamos rápido a via. Segui escalando até a próxima
parada, em um confortável platô, onde montei a parada. O dia estava
bem agradável. Perfeito para escalar. Fui para a próxima e passei
por aquelas veias de pedra. Formações muito bonitas. Montei a
parada no grampo abaixo de uma dupla que tem a esquerda e a Stephanie
veio.
Na parada, perguntei
se a Stephanie gostaria de guiar esse último lance. Dei uma força e
ela teve o prazer de chegar ao cume sem ninguém por perto! Existem
lugares que trazem paz... Mas ali, é muito mais que isso. Sentir o
vento batendo em seu rosto... O sol esquentando o seu corpo... E toda
aquela vista que temos... Bom, podem até achar besteira passar por
tudo o que passamos para chegar ao cume... Mas só quem esteve lá,
poderá entender o que estou falando!
Ainda batemos
algumas fotos antes de enfrentar os inúmeros rapéis...
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