Data: 30/04 a 04/05/2015
Obs.: Esse relato não é técnico é somente para guardar parte
do momento inesquecível da vida.
Partimos de Niterói, Lango Lango e eu,
ao 12:00 para buscar a Monique na rodoviária do Rio. Um engarrafamento do cacete.
Depois, partimos para Petrópolis, já caminho, para buscar o Edson. Depois de
todo mundo já no PitBull Móvel, partimos rumo à Serra do Caparaó, lado do Espírito
Santo.
Depois de algum tempinho na
estrada, Lango Lango, disse que queria jantar. Quando chegamos em Sapucaí-RJ, vimos
um posto de gasolina e um restaurante. Fui para o acostamento já para pegar a
entrada. Nessa, em meio a uma escuridão, aparece um ser de verde, meio homem
meio mulher, de minissaia.
Como passamos de carro bem perto desse ser rsrsrs, o
vento levantou a saia e aí começaram as risadas e as zoações.
Depois de Lango Lango ter jantando e
comido a salada de “quiabo” rsrs, partimos novamente para a estrada.
Daí pra frente, pegamos uma chuvinha. A
atenção estava redobrada. Monique, copiloto, estava atenta a tudo. Até de olhos
fechados sabia se tinha que virar a esquerda ou à direita rsrs.
Depois de boas horas de viagem, o
GPS resolveu ficar doido. Quer dizer, Monique, copiloto, deixou ele doido, pois
toda hora ele informava que era pra gente fazer um retorno rsrs. Depois de ver
que não íamos retornar, rsrsrs, ele resolveu recalcular a rota e seguimos em
frente.
Quando passamos da divisa RJ/ES,
o KM informado pelo GPS aumentou. Aí lascou. Toda divisa de Estado tem um posto
policial, e nessa divisa era a Polícia Carioca, “cumpadi” rsrs. Depois da
gente ter passado por ela e ter entrado em território Capixaba, o Lango Lango,
brilhantemente deu a ideia da gente voltar e pegar umas informações no posto
policial. Não sei por que eu escutei ele rsrs. Fizemos o retorno e paramos para
pegar informações. Parei o carro atrás da viatura deles e fui com a Monique pegar
informações. Lando e Edson ficaram fora do carro se alongando.
Depois de alguns minutos de
conversa, saem dois policiais com lanternas e apontam para o carro. Um deles
pergunta para o Edson quem era o motorista. Depois de o Edson ter falado, o PM
me pede para estacionar bem na frente do posto e informa que seria feita uma revista
completa no PitBull Móvel, pois eles tinham recebido uma denúncia de
carregamento de drogas. Parei o carro e abri a mala. O
carro estava com 4 mochilas lotadas. Eles começaram a revista. Um foi
revistar o interior do carro, o outro foi revistar as mochilas. Quando ele
olhou a cargueira o Edson, ficou desanimado rsrsrs. O Edson que teve que levar
a mochila pra dentro do posto. O Outro ficou apalpando o Lango Lango rsrs e
revistando sua mochila. Eu fiquei acompanhando o outro na revista pelo interior
do carro. A Monique estava esperando um outro PM para revistar a sua mochila.
Quando o cara começou a abrir a mochila dela, desistiu. Mochila de mulher é
foda rsrsrs. Tudo arrumadinho. O Sargento ficou sem jeito rs.
No meio da revista da mochila do
Edson, o outro policia diz pro outro: enjoei. Tinha tanta coisa pra eles
olharem e estava na cara que a gente não tinha nada, que eles desistiram de
procurar e começamos a conversar. O tal Sargento era o cara mais falante e
engraçado. Ficamos ali conversando com eles e dando risadas. Parecia que todo
mundo era amigo. Depois disso tudo, nos despedimos dos nossos novos amigos e
partimos.
Algumas horas depois, novamente
em território Capixaba, chegamos em Dores do Rio Preto.
Paramos na praça para
dar uma alongada e uma esvaziada na bexiga rsrs. Partimos novamente, agora em
uma estradinha meio irregular com alguns trechos de terra.
Depois de um tempo, já na estrada
que leva à entrada do Parque, nem eu nem a Monique, Copiloto, vimos que seguia
para a esquerda e subimos reto. Entramos por uma plantação de café. Na hora
vimos que estava errado. Entramos no quintal da casa, passamos pela tulha, e
saímos pelo outro lado hahahahahaha. O dono da casa não ter deve ter entendido
nada, muito menos o cachorro que só latiu duas vezes rsrsrsrs. Depois de voltar
para a estradinha, seguimos em frente, ou melhor, para a esquerda, dessa vez para
a direita rs. Depois de algum tempinho, chegamos à portaria do Parque as 2:00
da madruga. Sabíamos que a entrada só era permitida a partir das 6:00 hs da
manhã, mas não custava nada tentar rsrs.
Após confirmar que não poderia
entrar naquele horário, o vigilante disse que as pessoas costumavam dormir em
uma casa meio que abandonada mais abaixo. Partimos para lá. Chegando na tal
casa, vimos que o portão estava fechado. Aparentemente não tinha muito sinal de
casa abandonada mas... até que a gente escuta alguém falar alguma coisa lá de
dentro. Sem esperar alguém aparecer, entramos no carro e nos mandamos.
Depois de ficar sem um teto,
rsrs, resolvemos parar bem em frente de uma pousada. O Lango Lango tentou ver se conseguia
falar com alguém, mas nada. Ninguém respondeu. Resolvemos então bivacar dentro
do carro mesmo. Colocamos as mochilas para fora. Deitando o banco traseiro,
vira uma cama de casal. O Lango Lango dormiu com o Edson lá, rsrsrsrs, eu e a Monique
ficamos nos bancos da frente, dormindo sentados rsrs.
Acordamos cedo e partimos para o
Parque. Fomos os primeiros a entrar. Chegamos na segunda base de acampamento
que é a Casa Queimada, com seus 2.160 m de altitude. Fizemos um macarrão que
foi nosso café da manhã. Depois de montar acampamento e tudo mais, resolvemos
partir para a trilha rumo ao Pico da Bandeira para ver o Por do Sol. O tempo
estava muito fechado e com fortes possibilidades de chuva.
Fizemos o primeiro ataque ao cume
do Bandeira, mas não vimos o Por do Sol. Começamos a descer. Quase chegando,
conseguimos ver o acampamento que já estava lotado. Levamos um susto. Mais
abaixo, encontramos com o grupo de amigos da Monique. Continuamos a descida só
que agora a chuva nos acompanhava. Choveu muito, a noite toda. Junto com a chuva,
veio mais frio. Lango Lango e eu resolvemos bivacar dentro do carro. Monique e Edson
ficaram na barraca.
Na madrugada de sábado, a
Monique, o Edson e o grupo de amigos da Monique resolveram subir para ver o
nascer do sol lá do Bandeira e depois atravessar para MG. Eu fui de carro com
Lango Lango até Tronqueira / MG levando as mochilas.
No caminho para lá, acho que
fomos abduzidos rsrs. Tudo quanto era estrada tinha placa indicando um lugar
chamado “Espera Feliz”. Cruzamos a divisa ES/MG e as placas continuavam. Depois
de rodar uns 40 km saímos no mesmo lugar rsrs. Coisa incrível. Inacreditável
rsrs. Até o GPS ficou sem saber o que fazer rsrsrs. Depois de jogar o GPS pela
janela, resolvemos ignorar as placas e perguntar pra alguém do local. Um
coroinha gente boa nos deu a dica que não teve erro. Cortamos os morros por uma
estradinha de barro. Lugar deserto, sem nenhum tipo de sinal de telefone ou
coisa parecida.
A única referência que tínhamos era uma igrejinha no final do
caminho rsrs.
Depois de percorrer uns 30 km no
offroad, chegamos até Alto Caparaó. A partir dali a navegação foi moleza.
Enfim, chegamos na portaria do
parque lado /MG. Só que a brincadeira não tinha terminado. O guarda nos
informou que os carros não estavam conseguindo subir por conta da estrada
escorregadia. Só subia 4x4. Tinha chovido na noite anterior. Eu olhei pra trás,
vi aquele monte de mochila cargueira e falei pro Lando: vamos pra dentro rsrs.
PitBull não arrega.
Tocamos pra cima. Lango Lango com os
olhos arregalados, grudado no cinto de segurança, nem respirava rsrsrs.
Finalmente vencemos mais um
obstáculo. Ufa, nessa eu fiquei meio preocupado rsr.
Chegamos no Tronqueira e nada do
pessoal. Resolvemos então partir até o Terreirão para ver se a gente encontrava
eles por lá. A ideia era montar acampamento lá. No meio da subida encontramos
eles. Ali a gente decidiu pernoitar no Tronqueira mesmo até porque o grupo de
amigos da Monique decidiu ir embora no próprio sábado. Descemos e fizemos um
almoço coletivo. Que comida boa rsrs.
Ficamos por ali descansando um
pouco e esperando o por do sol. Uns dos mais sinistros que vi na vida. Resolvemos
bivacar novamente no carro. O Edson resolver montar a barraca e tentar dormir
confortavelmente. Deixamos tudo já arrumado. Inclusive já ficamos arrumados
para fazer o ataque.
Foi sinistro, muito maneiro.
Depois desse lindo por do sol,
nos reunimos para decidir a missão do último dia. Resolvemos atacar o cume do
Bandeira novamente para ver o nascer do sol. Esse seria meu segundo ataque
junto com o Lango Lango e o terceiro da Monique e do Edson. Foram 9,5 km de subida
Tronqueira x Bandeira. Saímos as 2 da madrugada. Um frio do cacete. Partimos
pra dentro. Depois do nascer do sol, a Monique e o Edson ainda resolveram ir no
cume do Cristal. Eu desci direto pro Tronqueira com o Lango Lango.
Quando retornamos ao Tronqueira, foi só trocar de roupa, arrumar algumas coisas
e partir. A viagem de volta foi cansativa mas muito divertida. Dessa vez sem
revista da policia, só muita risada.
Resumindo:
Foram mais de 80 hs de aventura,
mais de 1.200 km rodados de carro. Menos de 6 horas dormidas. Mais de 80 hs sem
banho (exceto a Monique rs). Mais de 40 km andados a pé.
Muita história pra contar rsrs.
Que venham outras desse nível.
Informações técnicas sobre a
Serra do Caparaó:
http://www.icmbio.gov.br/parnacaparao/guia-do-visitante.html
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