quarta-feira, 17 de julho de 2013

Manutenção da Chaminé XIV de Julho - Parque Nacional do Itatiaia

Mensagem encaminhada por Igor Spaner à lista da FEMERJ,  que ora reproduzo na íntegra:
"Amigos e Amigas,
No último sábado, 06/07/2013, estivemos nas Agulhas Negras e realizamos a manutenção da Chaminé XIV de Julho, no Parque Nacional do Itatiaia. A via é uma bela conquista, de 1965, dos ilustres montanhistas Raimundo Luiz Minchetti e Eduardo Moreira Gomes, ambos membros do Centro Excursionista Rio de Janeiro - CERJ. Logicamente, o trabalho se deu após autorização do conquitador vivo (Eduardo Moreira Gomes) e do CERJ.
A Chaminé XIV de Julho, com cerca 200 metros, foi conquistada, em toda a sua extensão, com apenas duas proteções fixas (grampos do tipo “P” de 10 mm, caseiros, feitos de ferro dobrado) nos dois pontos mais expostos e difíceis da via. Visualmente, as proteções pareciam estar em boas condições, no entanto, após quase 50 anos, não era possível saber com precisão se essas proteções ofereciam a devida segurança aos montanhistas. Outro fator muito importante a ser destacado e que motivou a manutenção dessa via em específico é que a Chaminé XIV de Julho oferece a melhor, mais rápida, mais segura e mais utilizada opção de término de uma das vias mais clássicas de Itatiaia, a famosa Travessia Longitudinal das Agulhas Negras. A partir dos dois grampos da via, podem ser montados dois rapéis de 30 metros, que conduzem os escaladores praticamente diretamente à base da montanha.
As duas proteções originais foram substituídas por dois novos grampos do tipo “P” de ½”. É muito interessante comentar o seguinte:
a) Foi possível sacar os dois grampos da rocha integralmente, porém, foi muito trabalhoso. Constatou-se que os grampos estavam muito bem fixados. Ambos foram afixados com uma espécie de cunha fina de alumínio na lateral do furo.
b) Verificou-se que ambos os grampos estavam intactos, sem nenhuma deterioração devido à corrosão ou ferrugem. Diante da dificuldade de se retirá-los e do surpreendente bom estado de conservação, seria bem provável que os grampos aguentassem outros 50 anos na montanha.
c) Os grampos de 10 mm não foram substituídos por outros da mesma bitola dado o desuso dessa medida de proteções e a ampla utilização e facilidade de acesso aos grampos do tipo “P” de ½”. Os furos na rocha foram tapados e cobertos com pó de pedra, tornando-os imperceptíveis.
Após o trabalho de manutenção da Chaminé XIV de Julho, a mesma encontra-se muito mais segura tanto para quem a escala quanto para quem a utiliza como final da Travessia Longitudinal das Agulhas Negras. Frisa-se que as proteções não foram duplicadas porque não se trata de uma via de descida, mas sim uma via de subida bastante simples e bela que é normalmente utilizada como descida quando da realização da Travessia Longitudinal das Agulhas Negras, não sendo a única e obrigatória opção de término dessa Travessia
Fiz um relatório completo do trabalho de manutenção com fotos e descrição detalhada, mas como não sei se a lista aceita anexos, estou encaminhando também ao Waldecy, presidente do CERJ, e peço a ele para encaminhar aos moderadores da Lista.
Participaram do trabalho eu, Rogério Costa e Márcio Oliveira. Peço a todos ajuda para divulgar nas listas.
Saudações montanhísticas a todos!
Igor Spanner"

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