Por Leandro do Carmo
Via Novos Horizontes – 3º IV E2 D1 110 metros
Local: Costão – Face Leste - Itacoatiara
Data: 05/05/2012
Participantes: Leandro do Carmo e Leonardo Carmo
DICAS: A trilha ate a base da via começa antes da grande árvore ao lado do caminho de água da chuva, antes de chegar ao bananal; treinar comunicação, por vezes o guia não vê o participante; segurança de corpo no final da via; apenas duas enfiadas; necessidade de moveis caso não queira exposição.
Relato
Tinha marcado com meu irmão que iríamos escalar nesse final de semana. Não tínhamos escolhido a via, estávamos em duvida se entraríamos em alguma via no Babilônia ou se ficaríamos aqui mesmo em Niterói. Marquei também com a Suzana, mas logo depois ele me passou uma mensagem, dizendo que sua sapatilha tinha ido para ressola e que ela não poderia ir. Aí, decidi que iríamos ficar aqui por Niterói mesmo. No sábado, as sete, meu irmão chegou aqui em casa e falei com ele que iríamos para Itacoatiara. Entraríamos na via Emil Mesquita, um 3º V E1 D2 215 metros.
E assim fomos. Quando já estávamos no caminho, lembrei que tinha esquecido nada menos que a corda!!!! Voltamos para pegar, o que foi bom, pois o parque só abre as oito. Mesmo com o contra tempo, chegamos as 07:50 e tivemos que esperar uns dez minutos ate a chegada do guarda. Autorizada a entrada, fomos subindo a trilha e o caminho estava muito molhado, apesar de não ter chovido.
Chegamos à base da via e a parede estava muito molhada. Falei com Leka que iríamos tentar assim mesmo. Nos arrumamos, passei algumas orientações e comecei a escalar. Os primeiros lances, apesar de fáceis, foram ficando difíceis... Consegui costurar o primeiro grampo. O pé escorregava de mais e não tinha muita firmeza nas mãos. Fui chegando para a direita para ver se estava mais seco e nada. Costurei o segundo grampo e depois o terceiro. Fui forçando a barra, escorregando de mais. Tentei chegar ao quarto grampo, mas não consegui. A sapatilha não segurava e as mãos também escorregavam. Fiquei numa posição que não dava para continuar. Olhei para cima e percebi que estava tão molhado quanto embaixo. Decidi abortar a escalada e descer. Tive que desescalar um pedaço e quando vi que dava, soltei o corpo para trás, ate a corda esticar. Parei no grampo, e rapelei dali.
Enquanto estava parado olhei para a Face Leste do Costão e vi que já estava com sol. Quando cheguei à base, falei com Leka que iríamos para outra via, pois achava que estaria seca. Fomos descendo e a entrada até a base da via não é tão obvia assim. Antes de chegar numa grande árvore, ao lado do caminho da água da chuva, tem que dobrar a direita e ir subindo ate chegar à parede. De cara você chega a base da via Novos Horizontes, o grampo esta a uns 5 ou 7 metros de altura. Nessa face eu já havia feito a via Entre Quatro paredes, que fica mais a esquerda dela. Mas eu não queria repeti-la, mas não tinha o croqui da Novos Horizontes.
Eu lembrava que era curta e que tinha um lance que poderia proteger com móvel, nada mais. Como estava bem seca, decidi fazê-la assim mesmo. Nos arrumamos e comecei a subir. O primeiro grampo é um pouco alto, mas cheguei nele rapidamente. Costurei-o e logo vi o segundo, um pouco mais acima. Fui subindo bem tranqüilo. Costurei o segundo e mais acima, avistei duas grandes lacas. Então percebi que estava no caminho certo. Como não tinha nenhum móvel, não protegi o lance e subi na exposição. Os lances foram fáceis, as grandes lacas ajudam bastante.
No grampo acima das lacas, montei a primeira parada e avisei ao Leka para subir. Ele veio devagar e chegou à parada. Batemos algumas fotos e me preparei para a segundo enfiada. Comei a subir e passei pelo crux. Passei, também, por uma vegetação e fui praticamente andando ate o próximo lance. Montei a parada num grampo mais acima. Vi uma parada dupla lá no alto, mais ou menos uns 15 metros. Comecei a recolher a corda para Leka subir e percebi que dava para chegar naqueles grampos. Devolvi toda a corda e avisei ao Leka para montar a segurança novamente. Comecei a subir e passei por alguns lances fáceis, mas interessantes. Cheguei aos grampos, montei a parada.
Leka subiu sem problemas e quando chegou à vegetação, bati algumas fotos dele e comecei a filmar. Pela altura que a gente estava, percebi que talvez fosse a ultima parada. Dali para cima, teve apenas um lance para sair da parada e depois foi uma subida pelo costão, até que encontrei um ponto com uma boa base para dar segurança de corpo. Avisei ao Leka para subir. Paramos para descansar e bater algumas fotos.
Essa não era a escalada que gostaríamos de fazer, mas foi muito boa. O improviso, às vezes dá excelentes resultados!!!!!
Fotos
Leka? Kkkk
ResponderExcluirEsqueceu só a corda! Muito bom!