Por Leandro do Carmo
Pico do Frade - Macaé RJ, uma missão quase cumprida!
Local: Macaé RJ
Data: 22/11/2014
Participantes: Leandro do Carmo, Leonardo Carmo, Ary Carlos, Michael Rogers, Andréa Vivas, Alexandre Rockert e Paulo Guerra.
Local do início da trilha - 22°12'13.7"S 42°05'17.0"W
Link para o GoogleMaps
Como Chegar: Saindo de Niterói, pegar a BR101 sentido norte
e dobrar a esquerda em direção à Região Serrana de Macaé, pegando a RJ162.
Seguir nela e quando chegar a Glicério e passar pela estátua de um canoísta, é
só marcar 10,7 km, até a entrada para uma estrada de terra. Tem uma Santa, num
recuo à esquerda e uma casa a direita, no início dessa estrada. Aí é o ponto!
Vídeo
Onde estacionar o carro: O melhor ponto para estacionar é na
entrada da estrada de terra, assim que sai da RJ 162. Não aconselho a seguir de
carro, a não ser que seja um 4X4.
Dicas: Não completei a escalada, logo não posso opinar
pela qualidade dos cabos/cordas; é uma trilha forte, não tem ponto de coleta de
água; quase toda abrigada do sol; fácil orientação; para encontrar o ponto da
entrada da trilha, será necessário subir a estrada de terra e assim que passar
a primeira casa, no alto da estrada, vai começar a descer, mais abaixo um pouco
terá um portão à sua esquerda e mais a frente, a direita, duas soqueiras de
bambu, ao lado de uma cerca, dividindo dois terrenos, o ponto é ali; seguir
subindo reto pelo pasto, chegará na trilha; se passar para a cerca do lado,
seguirá pelo pasto até mais em cima, sempre com a mata a sua esquerda, na
segunda entrada discreta, dobrar a esquerda, com isso cortará a pior parte
inicial da trilha, com muita erosão.
Relato
Essa seria a nossa quarta tentativa de subir o Pico do
Frade... E acabou ficando só na tentativa mesmo! Mas qual o problema, se a
montanha sempre estará lá? O fato é que nas últimas três vezes que marcamos de
ir lá, o tempo não ajudou e nem sequer pegamos a estrada, mas como já havíamos
preparado toda a logística, contou como tentativa!!! Dessa vez chegamos a pegar
a trilha, mas infelizmente não alçamos nosso objetivo... Veremos o porquê!
Como sair de Niterói e seguir direto para a trilha
resultaria em ter que sair de casa muito cedo, pois a viagem dura entre
3:30/04:00h, resolvemos sair na sexta feira e dormir em Rio das Ostras, na casa
do meu pai, assim não precisaríamos acordar tão cedo. Tudo certo e com a
atividade aberta no site do CNM, já tínhamos o grupo formado: Eu, Leonardo
Carmo, Andréa Vivas, Ary Carlos, Alexandre Rockert e o Michael Rogers. O Paulo
Guerra confirmou na sexta a noite, quando alguns já estavam lá e eu, já a
caminho.
No sábado de manhã, acordamos cedo e por volta das 06:30 da
manhã saímos de Rio das Ostras e encontramos o Alexandre em Rio Dourado, onde
completamos grupo. Dali, seguimos pela BR 101, sentido norte, onde pegamos a RJ
162, que leva à Região Serrana de Macaé. Passamos pelo Distrito de Glicério e
continuamos subindo em direção à Trajano de Moraes. Quando passamos da entrada
do Distrito do Frade, demos uma parada para tentarmos localizar as referências
que tínhamos. Foi a primeira dificuldade
do dia! Paramos em frente a uma estrada de chão e ficamos ali durante alguns
minutos. Fomos até única casa próxima que tinha, chamamos e ninguém respondeu.
Passou um cara de moto a quem perguntamos sobre a trilha e ele nos respondeu
que era por ali mesmo.
Seguimos subindo a estrada de chão, passamos por uma casa e
começamos a descer. Um trecho ruim, cheio de pedras. Já ficamos preocupados com
a volta, pois se a previsão do tempo acertasse, a chuva chegaria no final do
dia. Continuamos descendo e nada de um sinal para o início da trilha. As
referências eram muito vagas. Estacionamos os carros e fomos dar uma volta para
ver se encontrava alguém que pudesse nos ajudar. Naquele ponto já dava para ver
a face do Pico do Frade na qual teríamos que alcançar. Imaginávamos o caminho
que teríamos que fazer, mas nada de concreto. Chegamos a chamar em algumas
casas, mas todas estavam vazias...
Perdidos, paramos para descansar! |
No caminho de volta, encontramos uma alma iluminada!!! Sr.
Aristides, que o sobre nome esquecemos. Parece que foi enviado por Deus! Naquela altura o calor já estava forte, já
tínhamos perdido mais de uma hora. Ele nos indicou o local exato da entrada da
trilha, que era logo após o início da descida e nas duas soqueiras de bambu.
Não teve erro! E da mesma maneira que ele apareceu na estrada, ele sumiu...
Acesso a trilha |
O pessoal foi na frente e eu segui uns 15 minutos depois,
encontrando a galera no trecho inicial. Logo acima de onde começa a mata.
Consegui ir mais rápido, pois logo que atravessei a cerca de arame da estrada,
segui pelo pasto, a direita da cerca, facilitando a subida. Fui assim até bem
acima, na segunda saída discreta à esquerda. Na volta teria certeza que fizera
o melhor caminho. Entendi também como havia chegado no grupo tão rápido. É que
esse começo é bem íngreme e com bastante erosão. Como havia ido pelo pasto...
Continuamos subindo e chegamos numa pequena clareira, que
acho que foi aberta por incêndio, haviam vestígios de fogo. Não eram
recentes... Primeira pausa mais longa. Dali já avistávamos o Pico do Frade. A
subida é forte, principalmente esses lances iniciais. Fomos deixando parte do
equipamento no caminho, pois já havíamos decido que só faríamos a trilha,
devido ao tempo que perdemos para encontrar o caminho. Isso aliviou um pouco a
subida. A trilha é de fácil orientação, sem bifurcações ou pontos fechados. Só
o início dela é que não tem marcação, mas de resto...
Mais acima, o primeiro mirante. Ali, fizemos nossa segunda
parada e deu para termos uma ideia do que ainda faltava. Não ficamos muito
tempo, pois ali não tinha muita sombra. A partir dali, percebemos que a trilha
tem menos frequência. Talvez muita gente pare ali. Já sabíamos que não
chegaríamos ao cume, então queríamos chegar o mais perto possível dos lances
dos cabos. Descemos um pouquinho e depois mais subida. Algumas árvores caídas
dificultavam a nossa passagem, nos obrigando a praticar contorcionismo!
Ao longo da trilha, passamos por dois pequenos pontos de
acampamento, um até com vestígio de fogueira. Seguimos e chegamos a mais um
mirante: uma pedra no meio da trilha. Contornamo-la e paramos para algumas
fotos. Continuei, enquanto o pessoal batia as fotos. Mais acima, o ponto final
do dia. Estávamos de frente ao último trecho da subida. Já dava para ver os
cabos na parede. Desci e fui até o início dos cabos, ainda extasiado pela
beleza do local. Nesse primeiro lance, é uma corda que não inspirava a menor
confiança... Ainda subi uns cinco metros até um platô.
Ali, parei para tirar algumas fotos e ali sentado, foi
difícil tomar a decisão de abortar a escalada... Mas por todos os atrasos que
tivemos, tenho certeza de que fizemos a escolha certa. Tínhamos montado um
cronograma e não conseguimos cumpri-lo. Não encontrei relatos da subida pelos
cabos. Não sabíamos o verdadeiro estado deles, mas sabíamos que não era uma
subida simples. E como falei no começo desse relato: “E acabou ficando só na
tentativa mesmo! Mas qual o problema, se a montanha sempre estará lá?”.
Te garanto que voltaremos!
Passado o estado de êxtase, voltei a realidade: tínhamos o
caminho de volta! Mas tem a parte boa da história: Eram 95% de descida! E assim
voltamos na parte final da trilha, passei pelo ponto onde havia encontrado o
grupo e percebi que havia feito o melhor caminho na subida. Chegamos e voltamos
para o carro. Agora sim vimos gente! E foram várias! Batemos algumas fotos do
local para servir como referência e demos uma parada em Glicério para beber
algo. Uns almoçaram, outros lancharam, o importante foi que todos saíram
satisfeitos! De volta à Rio das Ostras, fomos dar um mergulho na praia e, por
incrível que pareça, passei frio!
Missão cumprida! Ou melhor quase cumprida!!! Até a próxima!
Estátua do canoísta em Glicério |
Lance dos cabos de aço |
Visual da represa |
Analisando... |
Ary tentando achar o caminho |
Vista da escalada |
Galera reunida |
Leonardo tentando se encontrar! |
No mirante |
Visual |
Paulo Guerra e Alexandre Rockert |
Visual do Pico do Frade em algum ponto da trilha |
Muito Bom o relato Leandro !!! (até livrou minha barra não mencionando os cortes que tive perto dos olhos rsss)
ResponderExcluirsds Alexandre Rockert
Excelentes dicas!!!
ResponderExcluirShowwwwwww PitBull, isso é o que chamo de " bater " trilha ! Sempre respeitando a montanha e não subestimar a trilha. Showwwwww, boas dicas e na próxima com certeza vocês conseguem !!!!
ResponderExcluirTomara que dê para o Rala-Bota véio ir junto !!! rsrsrsrsrsrsrs
Abração
Rala-Bota
SergioBoss: Estive aqui nos seus relatos pela primeira vez, passei la no local do inicio da trilha esta semana, fiz o caminho inverso vindo descendo a serra, de Trajano - Represa - Tapera - Frade - Glicerio, realmente fiquei também extasiado pelo visual, e com intuito de um dia alcançar o cume da pedra do Frade... Gostei de ler os relatos aqui e muito boas fotos... Abraçao!
ResponderExcluirAs imagens estão lindas, parabéns ao grupo. Realmente uma montanha linda. Gostaria muito de ir no cume. Att: Marcos Antonio.
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