quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Travessia da Neblina – Parque Nacional da Serra dos Órgãos

Atividade profissional feita em parceria PitBull Aventura x Templos de Rocha

Data: 17/09/2016

Guias: Leonardo Carmo / Taffarel Ramos / Monique Zajdenwerg


Percorremos aproximadamente 15 km em 8 hs. Trilha exigente.

Entramos no parque por volta das 7:30. Conseguimos estacionar o carro lá na barragem. Conseguimos economizar um bom pedaço. Na volta isso faz uma diferença danada.

No dia anterior tinha chovido um pouco na região, mas eu vinha monitorando o tempo durante toda a semana. E como eu confiava na minha intuição, mantive a programação. O dia simplesmente ficou espetacular. Uma luminosidade que nunca tinha visto. O céu estava com um azul diferente... algo inexplicável.

Começamos a nossa caminhada as 8 hs. Pegamos a trilha principal do Sino. Sobe, sobe, sobe, sobe... Chegamos o abrigo 1 e pausa para uma rápida conversa. E toca pra cima até chegarmos na cachoeira Véu da Noiva. Por conta da estiagem, o Véu não existia mais. Praticamente sem água alguma. Após uma rápida parada, continuamos tocando pra cima. Depois de um tempo, chegamos no Abrigo 3 onde paramos para lanchar.

Dali até a cota 2000 foi um pulo. A cota 2000 é o ponto onde inicia a trilha para a Travessia da Neblina e também para outros cumes.

Rapidamente chegamos no alto do Morro da Cruz. Lá tem um livro de cume. Depois, descemos um pouco até chegar no Queixo do Frade. A trilha é bem óbvia. Sem maiores problemas. Alguns pedaços expostos, mas nada assustador.

Passando do Queixo do Frade, a trilha vira um misto de trilha com vegetação baixa e lajes de pedra. Mais adiante já será possível ver a Verruga de Frade. Ali tem uns grampos onde pode montar um rapel e descer com segurança. Se o grupo for composto de pessoas experientes, da pra descer na aderência. Caso contrário, monte o rapel. Como nossa expedição era profissional, montamos todos os procedimentos de segurança para os participantes. Logo após terminar esse primeiro lance, vem uma horizontal para a direita seguindo a linha dos grampos. Nesse trecho, pode montar um corrimão com a corda para dar maior segurança. Acabando esse trecho, a trilha volta para a mata até chegar à base da Verruga do Frade. Ali paramos para lanchar novamente. 

Continuando a descida, mas a frente, tem um afloramento rochoso. Pode passar subindo ele ou contornar pela direita e mais a frente vem uma descida mais forte em meio a laje de pedra misturada com vegetação até chegar no início do Paredão Roy Roy. Ali tem um grampo para montar o rapel. Depois é pegar a trilha novamente até chegar em um ponto ótimo para apreciar a paisagem inclusive o Dedo de Deus. (cuidado quando for mais a frente um pouco pra tirar fotos. A vegetação está bem frágil e pode desabar a qualquer momento). A vista é incrível. Nesse ponto, é só dobrar a esquerda e começar a descer. A trilha começa a ficar bem íngreme e um pouco escorregadia. Daí pra baixo é só ficar ligado. Existem alguns totens. A vegetação pode dar uma confundida para quem não tem experiência. Nesse ponto, a trilha cruza alguns riachos. Em época de estiagem eles estarão secos. Vem um trecho com os bambus onde tem que ficar esperto. Depois de um tempinho, a trilha encontra novamente a trilha principal do Sino no ponto onde era o antigo Abrigo 2. 

Algumas dicas:

Se for entrar antes das 8 hs, é preciso comprar os ingressos do parque pela internet. Imprima todos os comprovantes e leve.

Levar lanterna.

Até a cota 2000 tem alguns pontos de captação de água. Se for em época de estiagem, melhor subir abastecido.

Levar equipamento básico para rapel. Corda de 30 m é o suficiente.

Aconselho a ter pelo menos uma pessoa experiente o grupo.






































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