Local: Morro das Andorinhas – Itaipu, Niterói – Rj.
Participantes: Leonardo Carmo e Marcos Lima.
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A via foi conquistada em 28/07/2013 por Leandro do Carmo, Ary Carlos e Guilherme Belém. A segunda investida na qual eu participei também foi em 2013. Depois desse dia, a via só foi escalada mais uma vez pelo Ary e a Alê, sua parceira de escalada.
Na ocasião tínhamos meio que marcado uma trilha que levava até a trilha principal mas com o passar do tempo aquela marcação se perdeu. Tudo que tínhamos era uma orientação guardada na memória rsrsrs.
No dia 15/01/2015, resolvi fazer essa via. Sabia que o sol estaria rachando o coco. Estava pensando em quem chamar. Não queria colocar a Mariana em outra furada rsrs. Já tínhamos feito a Leila Diniz debaixo de um calor de 40º. Não queria que ela sofresse de novo rsrs. Mas eu estava querendo mais rsrs. Até que eu chamei o Marcos Lima e ele sem pensar direito, aceitou.
Marcamos as 17:00 hs na entrada da trilha do Morro das Andorinhas. O calor estava animal. Mas PitBull não arrega. Sem perder tempo, começamos a nossa missão. Depois de uns 40 min chegamos até a Casa de Pedra, base da via. Começamos a nos equipar e por volta das 18:00 hs começamos a escalada. Quando eu coloquei o primeiro pé na pedra eu falei para o Marcos Lima: “... hoje a escalada é pra curtir...”. Só esqueci de dizer que era pra curtir o perrengue rsrsrsrs.
Começamos a escalada. A saída é tranquila mas vale ficar atendo. Uma queda nessa hora, pode levar os dois pra água rsrs.
Até a primeira parada foi tranquilo. A partir dali o bicho começou a pegar. As agarras de mão estavam quebrando. A via começou a ficar ensaboada rs. A brincadeira começou a ficar boa. A cada metro as agarras pioravam. Logo depois da segunda parada já não existiam mais agarras de mão. Então pensamos: “...pelo menos tem as de pé...”. Só que elas não estavam quebrando, estavam esfarelando. O perrengue começou a ficar gostoso.
Enfim, chegamos no crux. O sol já tinha ido dormir. Começou a escurecer. Olhamos pra cima e vimos só mais 2 grampos. Resolvemos continuar sem lanterna, mesmo já anoitecendo. O Crux foi tenso. Levamos uns 20 minutos pra completar essa parte. Depois do último grampo, no lance de IV SUP, vi uma laca e não pensei duas vezes... ufa, que bom rs. A laca saiu inteira na minha mão. Devia pesar uns 15 kg. Se eu caio com ela, era um abraço. Ia sobrar até pro Marcos. Grudei a laca novamente, mirei o cacto que estava no final da via e parti. Em seguida veio Marcos. Também passou perrengue no crux. Mas aqui é PitBull, quanto mais perrengue, melhor.
O perrengue não tinha terminado, só estava na metade.
Partimos pra dentro varando mato, cipó, arranha gatos, etc. Ficamos mais de 3 horas varando mato tentando encontrar a trilha principal. A gente já tinha até encontrado um lugar pra fazer um bivaque e esperar amanhecer.
Nessa hora, a gente avisou o Leandro e o Ary. Eles estavam de backup. Leandro resolveu ir até lá pra ver se encontrava com a gente ou se pelo menos com um apito a gente fazia algum contato.
Nesse momento a gente decidiu continuar a andar. Sabíamos que estávamos paralelos à trilha principal e partimos. Achar a saída era questão de tempo. Depois de mais um tempinho varando mato e brigando com os arranha gatos, chegamos na trilha que vai pra Casa de Pedra. Aí, velho, a brincadeira tinha acabado. A Missão estava cumprida.
Quando a gente chegou no mirante que da vista pra Itacoatiara, o Leandro do Carmo apareceu. Ali ficamos por alguns minutos curtindo o visual e descemos.
Sei que a nossa aventura acabou por volta de meia noite.
Se eu soubesse antes como seria a aventura, teria feito tudo exatamente igual rsrsrs.
Valeu cada arranhão.
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