quarta-feira, 2 de novembro de 2022

Trilha da Base das Prateleiras

Por Leandro do Carmo

Trilha da Base das Prateleiras

Trilha das Prateleiras


Dia: 29/08/2022
Local: Parque Nacional do Itatiaia
Participantes: Leandro do Carmo, Thiago Wentzl, e Thayane Amaral  

Como chegar  

Partindo do Rio de Janeiro, pegar a Dutra até Resende e pegar a BR 354 (Rio x Caxambu). Seguir até a Garganta do Registro e pegar a estrada para a portaria do parque.  

Início da trilha

A trilha se inicia no Abrigo Rebouças

Dicas  

É uma trilha curta, exposta ao sol, sem grandes dificuldades técnicas.  Parte do Abrigo Abrigo Rebouças e segue por um antigo e abandonado trecho da estrada. Já no final, tem uma saída para a direita, onde a trilha se inicia de verdade. O caminho é bem marcado e nas bifurcações há sinalizações. Uma ótima opção para iniciantes e família.

Vídeo

Relato  

Depois de termos feito a Pedra do Sino, estávamos no Abrigo Rebouças e conversando e foi difícil acreditar que o dia seguinte seria de chuva. Todos os sites de previsão davam como certo o tempo ruim. Apesar das poucas nuvens, fomos dormir na expectativa de que amanhecesse bom, ou pelo menos sem chuva. Foi uma noite fria, mas dentro do Abrigo foi bem mais tranquilo do que se estivéssemos acampando. A noite já foi chuvosa e a manhã não foi diferente. Na madrugada, já havia ouvido o barulho da chuva e acordei certo de que não teria muita opção. Tomei café e a chuva havia dado uma trégua, mas estava tudo bem molhado. Sem chance de sair para algum lugar.  

A previsão era de que o dia seguinte o tempo abrisse. Assim como fechou, abriria. Tínhamos que confiar. Mas para fazer a Travessia Longitudinal das Agulhas Negras, atividade na qual havíamos programado, seria difícil. Havia ainda, um grupo saindo de Niterói para fazermos juntos no dia seguinte, mas esse tempo também colocava em dúvida a vinda deles. Sem muito o que fazer, resolvi fazer a caminhada até a base das Prateleiras.  

Só quem resolveu ir foram o Thiago e a Thaiany, mais ninguém animou de caminhar. Nessas condições, a preguiça foi mais forte. Arrumamos as coisas e seguimos debaixo de uma garoa. Pegamos a antiga e precária estradinha que segue paralela ao rio. Estava tudo bem molhado e a forte neblina impedia que tivéssemos algum visual. No caminho, ainda paramos para tirar algumas fotos da Cachoeira das Flores. Continuamos caminhando, passando por algumas vias de escalada na margem da estrada.  

Notei que há vários trechos de asfalto na estrada, devia de ser do período em que ela ainda era transitável para veículos. Essa estradinha é a BR-485, também chamada de Rodovia das Flores e Estrada dos Lírios. A título de curiosidade, na BR-485 está localizado o ponto mais alto de todas as rodovias federais do Brasil, a 2460 metros acima do nível do mar. Este ponto fica situado logo após o acesso para o morro da Antena, entre a portaria 3 (conhecida como "Posto Marcão") e o abrigo Rebouças. A partir deste ponto, há uma pequena estrada vicinal de 1,4 km que leva até o topo do morro da Antena, onde há uma estação de rádio da Eletrobrás Furnas, a 2662 m. Assim, este pequeno acesso que sai da BR-485 leva ao ponto mais alto que é possível atingir no Brasil utilizando-se um veículo comum. A rodovia foi inicialmente projetada para ligar a Via Dutra à Garganta do Registro atravessando todo o Parque Nacional de Itatiaia. Porém, um trecho intermediário de 13,9 km entre o local chamado Barro Branco (na parte baixa do parque) e o início da trilha do maciço das Prateleiras (na parte alta), que passaria ainda pelos abrigos Macieiras e Massena, nunca foi construído. Esse trecho só pode ser percorrido a pé, por uma trilha de clássica do montanhismo brasileiro, conhecida como a travessia Rui Braga.  

Depois de andarmos mais um pouco, subimos um trecho até chegarmos a um largo, onde fica o início das trilhas. Esse trecho é em comum com algumas do local, como a Travessia Ruy Braga, Pedra Assentada, final da Couto x Prateleiras, etc. Continuávamos não vendo muita coisa. A chuva havia dado uma parada, ficando apenas uma garoa. Como estávamos andando bem rápido, não sentíamos tanto frio. Após caminhar mais alguns minutos, enfim chegamos ao trecho mais complicado. Descemos até uma grande pedra, onde ficamos abrigados. Nessa hora, a chuva apertou um pouco. Desse ponto em diante, havia muito “trepa pedras” e achamos melhor ficar por ali, estava tudo molhado.  

Fizemos algumas fotos e assim que o frio foi apertando, pegamos o caminho de volta. Mesmo chovendo, valia mais a pena seguir andando do que ficar parado. A vista nesse trecho seria fantástica, mas precisaríamos esperar mais um pouco para contemplar as Prateleiras. A volta pareceu mais rápida. Rapidamente estávamos de volta à Cachoeira das Flores. Ouvi alguém falar que daria um mergulho. Ah, só imaginação mesmo! Chegamos de volta ao Rebouças, já torcendo para termos um tempo melhor no dia seguinte.  

Trilha das Prateleiras

Trilha das Prateleiras

Trilha das Prateleiras

Trilha das Prateleiras

Trilha das Prateleiras

Trilha das Prateleiras

Trilha das Prateleiras


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