quinta-feira, 11 de agosto de 2022

Remada: Charitas x Urca x Gragoatá x Charitas

Por Leandro do Carmo

Data: 02/06/2022
Local: Niterói/Rio de Janeiro
Participantes: Leandro do Carmo

Praia do Gragoatá





Relato  

Mais um dia de remada. Hoje, já saí com a vontade de atravessar novamente até a Urca. Como passei a deixar meu caiaque na praia de Charitas, numa vaga bem próxima a água, estava bem mais fácil remar. Acordei cedo e mandei uma mensagem para o Gustavo, do Clube Carioca de Canoagem, perguntando se ele iria remar. Ele deu o positivo e falei que estava saindo de Charitas e que iríamos nos encontrar em algum ponto. Tirar o caiaque da vaga sozinho requer um pouco de força e jeito. Mas devagar consegui colocá-lo próximo ao mar. Me equipei e fui para a água.  

A manhã estava agradável, tempo firme e sem vento. As primeiras remadas foram intercaladas com um alongamento dos braços e troncos, até que imprimi um ritmo constante. Estava tendo uma competição e haviam várias pessoas remando. Passei pela Praia do Morcego e segui costeando o Morro do Morcego até ver o Forte da Laje na proa do caiaque. Segui rumando em direção a ele. Já próximo ao canal de entrada da Baía de Guanabara, vinha cruzando um grande navio. Tive que diminuir o ritmo para esperá-lo passar. Era algo assustador de tão grande. Assim que ele passou, aumentei o ritmo e mesmo ele já estando bem longe a água estava bem mexida, como se estivesse num liquidificador. Aumentei um pouco a força da remada para passar por esse trecho.  

Passe pela boia limitadora do canal e fui cruzando o Forte da Laje por fora. Senti que a água corria bem mais forte nesse trecho, me jogando para fora. Fui me aproximando o Morro Cara de Cão numa diagonal para aproveitar melhor as vagas que entravam. O mar ali estava bem mexido. Alguns barcos de pesca estavam apoitados bem próximos. Segui remando, até consegui passar por esse trecho. Na próxima, tentarei vir mais por dentro. Dei uma descansada, remando mais devagar até estar mais abrigado pela enseada. Mais adiante, consegui ver alguns caiaques e quando me aproximei vi que era o Gustavo. Com ele, estavam o Mauro e sua esposa, num caiaque duplo.

Nos cumprimentamos e perguntei para onde eles iriam. Falaram que queriam ir o Gragoatá. Falei de uma praia que havia ao lado do Forte que eles ainda não conheciam. Toparam a ideia e iniciamos a remanda, rumando em direção à Ilha da Boa Viagem. Voltamos por dentro, assim não passamos pelo trecho mais mexido da parte de fora do Forte da Laje. A remada de volta bem tranquila, sem vento e com mar liso. Fomos conversando até chegar bem próximo à Ilha da Boa Viagem. Avisei que para chegar à Praia do Gragoatá, teríamos que ir em direção ao Forte do Gragoatá. A praia estava bem ao lado dele e dali não conseguíamos vê-la.  

O cheiro de óleo estava forte. A Baía de Guanabara sofre. Seguimos até contornar o forte e dali já podíamos ver a praia. Mais algumas remadas e estávamos desembarcando nas areias grossas do Gragoatá. Algumas pessoas vieram perguntar sobre o caiaque, não é todo dia que aparecem caiaques oceânicos por ali. Ficamos ali durante um tempo. Fizemos algumas fotos e resolvemos pegar o caminho de volta. Na água novamente, seguimos remando de volta. Eles foram se aproximando de uma plataforma e eu resolvi seguir embora dali mesmo. Me despedi, já pensando numa próxima. Segui remando tranquilo. Passei pela Ilha da Boa Viagem novamente e coloquei a proa do caiaque na direção da estação do Catamarã de Charitas. Uma boa remada.  


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